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Ministério da Cultura lança Programa Olhos D’água na Fundação Bienal de SP

Serão investidos R$ 20 milhões no primeiro Edital para Formação em Arte e Cultura

O Ministério da Cultura (Minc), por meio da Secretaria de Formação Cultural, Livro e Leitura (SEFLI), lança no dia 9 de agosto, na Fundação Bienal de São Paulo, o Programa Olhos d’água – Edital Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura. A iniciativa tem o objetivo de firmar parcerias com organizações da sociedade civil (OSCs). Serão selecionados 70 projetos de formação continuada em arte, cultura e pensamento com investimento total de R$ 20 milhões.

O chamamento irá escolher 60 organizações com, no mínimo, um ano de experiência em atividades de formação no campo cultural, em que o valor do incentivo é de 250 mil, e 10 organizações com, no mínimo, cinco anos de experiência com valor de R$ 500 mil. As inscrições ficam abertas de 10 de agosto até 11 de setembro e devem ser feitas na página do Transferegov. A previsão é de que o resultado definitivo seja divulgado em outubro.

Podem participar OSCs definidas como entidades privadas sem fins lucrativos (associação ou fundação), sociedades cooperativas e organizações religiosas que tenham como base a democratização do acesso aos processos educativos em artes e cultura, como dimensões vitais para inserção social, acessibilidade, promoção da cidadania e diversidade cultural e estejam habilitadas no Transferegov.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, que estará no lançamento, ressaltou que o edital visa reconhecer as iniciativas de organizações da sociedade e potencializar o que elas já realizam no campo da formação, através do fomento e da criação de uma Rede Nacional de Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura. que visa reconhecer, fomentar e apoiar iniciativas de formação artística e cultural em distintos territórios e experiências formativas da sociedade civil.

Programa Olhos D’Água

O Programa Olhos D’Água visa estimular e promover a descentralização dos processos de formação no campo artístico-cultural no território nacional e vai fomentar atividades formativas realizadas por espaços de educação não formais e aquelas propostas por artistas independentes, coletivos e grupos da sociedade civil,  considerando a possibilidade de ampliação de repertórios e oferta de formação no campo artístico-cultural.

O secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura, Fabiano Piúba, explica que não existe modelo único e totalizante para formação e para a formação artística e cultural. “Compreendemos que existe em nosso país um número expressivo de instituições culturais da sociedade civil que atuam com formação nas mais diversas linguagens e segmentos culturais. São instituições que desenvolvem tecnologias socioculturais e educativas com conceitos, metodologias, experiências e práticas que atuam diretamente na vida de crianças e jovens com artes, criando repertórios culturais, estéticos, técnicos, gerando impactos sociais nos territórios que atuam. São companhias, grupos e coletivos de teatro, dança, circo, literatura, audiovisual e de culturas indígenas e afro-brasileiras, instituições vitais para a cultura brasileira. Esta rede será uma instância que fará conexões entre essas experiências e instituições de nosso país, realizadoras também de políticas públicas”, detalhou.

O edital também prevê a atuação em rede, por duas ou mais organizações, o que, segundo a diretora de Educação e Formação artística, Naine Terena, possibilita que instituições que não atendam todos os pré-requisitos possam se juntar em propostas apresentadas por OSCs habilitadas no Sistema de Convênios (Siconv) e assim desenvolvam ações conjuntas de fortalecimento coletivo. Ainda dentro do Programa, está previsto o lançamento de um edital específico para Pessoas Físicas e Microempreendedor Individual (MEI), de forma que diferentes agentes de produção cultural sejam beneficiados com os recursos do Programa.

Seleção

De acordo com o chamamento, espaços educativos de formação em arte e cultura são aqueles em que se promovem ambientes plurais de convivências, de encontros e trocas de saberes em torno da construção de conhecimentos, ofícios, técnicas e competências profissionais, bem como espaços de criação, fruição, reflexão artística e sociocultural em rede, com relevância na elaboração de pensamento, produção estética, promoção de cidadania cultural e direitos humanos.

As linhas de atuação incluem artes visuais, teatro, dança, circo, literatura, música, audiovisual, jogos eletrônicos, artesanato, culturas afro-brasileiras, culturas populares, cultura indígenas, cultura do campo, design, moda, gastronomia/alimentação. Também estão previstas áreas técnicas (cenografia, figuração, iluminação, sonorização, expografia, montagem, contra-regra e outras) e integradas.

As propostas devem trazer informações sobre objetivo, ações, metas e indicadores de execução, prazos, valor global, plano de curso e formulário de acessibilidade, aspectos que também serão avaliados pela Comissão Julgadora.  Também serão levados em conta itens como o potencial de impacto nos campos artístico e cultural e efeito multiplicador, capacidade técnico-operacional da instituição, qualidade, relevância e inovação do projeto.

O edital prevê ainda pontuação para projetos que promovam a acessibilidade e acesso, que tenham estratégias para beneficiar segmentos submetidos a processos históricos de vulnerabilização, desproteção social e desfavorecimento em torno de marcadores sociais como renda/classe, raça/cor/etnia e gênero.

Olhos D’Água

A diretora de Educação e Formação artística, Naine Terena, explica de onde parte o nome do Programa. “Olho d´agua é onde nasce a água e as Escolas de Cultura são olhos d ‘água espalhados pelo Brasil, que brotam do fundo do chão dessa terra e se espalham. Crescem. Multiplicam. Com gotículas de pessoas e essas pessoas são pequenos olhinhos d´água”.

Serviço

Lançamento do Edital Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura

Dia: 9 de agosto (quarta-feira)

Hora: 9h

Local: Fundação Bienal de São Paulo – Auditório do Lounge

Pavilhão Ciccillo Matarazzo

Parque Ibirapuera, portão 3

Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, São Paulo, SP

Credenciamento de público: https://bit.ly/programaolhosdagua

Credenciamento de imprensa: https://bit.ly/imprensaolhosdagua

Fonte: Ministério da Cultura

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1º Emuse apresenta pesquisa que norteará políticas públicas para museus

Evento realizado entre os dias 6 e 8 de julho é resultado de parceria entre o MinC e universidades

Quais políticas públicas podem nortear ações de desenvolvimento e abrangência de museus em todo o território nacional? A partir do diagnóstico traçado pela Pesquisa Educação Museal Brasil (PEM), lançada nesta sexta (07), durante o 1º Encontro Nacional de Educação Museal (Emuse), na cidade de Cachoeira, Bahia, estudiosos e especialista do setor pretendem responder a essa questão.

Representantes de 23 estados brasileiros participam do evento, realizado entre 6 e 8 de julho, e fruto de uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), e o Observatório da Economia Criativa (OEC), da Bahia.

“A Pesquisa Educação Museal Brasil (PEM Brasil) alcançou abrangência nacional e validade estatística. O levantamento de dados contou com a participação de 19,2% de todos os museus brasileiros em funcionamento, de todos os estados, e o percentual dos museus respondentes por região assemelha-se, com pequenas variações, à proporção real dos museus nas regiões brasileiras”, destaca a conclusão do documento.

A PEM envolveu 1.118 respondentes, dos 27 estados e Distrito Federal. Ao todo, foram 669 museus participantes.

A presidente do Ibram, Fernanda Castro, comemorou a inscrição de mais de 400 pessoas no 1º Emuse e convocou a população para participar do desenvolvimento de políticas públicas. “Não é necessária apenas uma política de fomento, mas de reconhecimento. Convido a todos, que se sentem na mesma cadeira que eu e que a gente faça uma gestão compartilhada.”

O secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura (MinC), Fabiano Piúba, traçou um paralelo, durante mesa de debate no evento. “Quando dizemos que uma pessoa velha é guardiã da história devemos perceber nossa responsabilidade em relação ao passado, em relação à memória”, disse.

A prefeita de Cachoeira, Eliana Gonzaga, nomeou o evento na cidade como uma “conquista de muitas mãos”. E emendou: “É uma oportunidade salutar de discutir, alinhar e fortalecer estratégias a serem implementadas nos âmbitos federal, estadual e municipal”.

1º Emuse

A abertura do 1º Emuse, na quinta-feira (06), foi apresentada pelas coordenadoras gerais do evento: Marielle Costa, do IBRAM, e Daniele Canedo, do OBEC.

A mesa inaugural foi formada por Fernanda Castro, presidenta do IBRAM; Roberta Martins, secretária dos Comitês de Cultura do Ministério da Cultura (MinC); Fabiano Piúba, secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC; João Gustavo Andrade, chefe do Escritório Técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Cachoeira; Luciana Mandelli, diretora geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC); Fábio Josué dos Santos, reitor da UFRB; Dyane Reis, diretora do CAHL/UFRB; e Eliana Gonzaga, prefeita de Cachoeira.

O YouTube da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) disponibiliza a programação gravada e ao vivo.

A programação segue até amanhã. Veja mais aqui https://emusemuseus.org/programacao/

Serviço

1º Encontro Nacional de Educação Museal – Emuse 

Data: 6 a 8 de julho

Acesse: https://emusemuseus.org/

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MinC e Casa de Rui Barbosa anunciam retomada do Seminário Internacional de Políticas Culturais

As propostas de trabalhos serão recebidas entre os dias 05 de junho e 14 de julho de 2023

Foto: Fundação Casa de Rui Barbosa

O Ministério da Cultura (MinC) e a Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) retomam o Seminário Internacional de Políticas Culturais após três anos de interrupção devido à pandemia. Gestores, professores, pesquisadores e estudantes interessados devem enviar as propostas de trabalhos entre os dias 5 de junho e 14 de julho de 2023. A 12° edição do evento, referência nacional e internacional no campo dos estudos e pesquisas relacionadas às políticas culturais, será entre os dias 16 e 20 de outubro de 2023.

“A retomada do Seminário Internacional de Políticas Culturais da Casa de Rui Barbosa vem sendo aguardada com ansiedade pelo setor cultural, pois trata-se de um evento de grande prestígio e que consolidou-se ao longo de mais de uma década em uma referência dentro e fora do  país. Sua realização se inscreve como mais um marco importante neste ano de reconstrução do Ministério da Cultura. A expectativa é de um grande número de inscrições de trabalhos de pesquisadores e gestores culturais”, disse Alexandre Santini, presidente da Casa de Rui Barbosa.

Como participar

Estudantes de mestrado e doutorado, mestres e doutores, gestores e professores de instituições de nível superior podem submeter, gratuitamente, estudos que tenham como foco central a área de políticas culturais.

O Setor de Pesquisa de Políticas Culturais da Fundação Casa de Rui Barbosa e a Cátedra Unesco de Políticas Culturais e Gestão aceitarão somente trabalhos em português e em espanhol. O envio deverá ser feito exclusivamente por e-mail, para o endereço: seminariopoliticasculturais@gmail.com, constando no assunto “Submissão de artigo”. Cada pesquisador poderá ser autor de um trabalho, podendo ser coautor em apenas mais um. O número máximo de autores por artigo é de três.

Formatação

  1. Os trabalhos completos deverão ter entre 8 e 12 laudas, incluindo bibliografia. Os textos deverão ser enviados de acordo com as normas da ABNT, em Times New Roman, tamanho 12, espaçamento 1,5 e estar no formato doc. O arquivo deverá conter o nome do autor (ou do 1º autor, quando houver mais de um)
  2. Na primeira página do texto, devem constar os seguintes itens: título do artigo centralizado, em caixa-alta e em negrito; nome completo do (s) autor (es), alinhados à direita, indicando em nota de rodapé o grau de formação, os vínculos profissionais e o e-mail (máximo de 3 linhas para cada autor), resumo de 5 a 10 linhas, com espaçamento simples; e 3 a 5 palavras-chave.

Observações

  1. Os artigos completos deverão ser entregues no prazo acima estabelecido e só serão publicados nos anais se forem apresentados presencialmente durante o Seminário.
  2. O conteúdo dos artigos e a revisão dos mesmos é de responsabilidades do(s) autores(s)

Fonte: Ministério da Cultura

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MinC lança maior edital literário do país para mulheres e homenageia Carolina Maria de Jesus

Serão premiadas 40 obras inéditas com um montante de R$ 2 milhões

Homenageando uma das mais importantes escritoras brasileiras, o Ministério da Cultura (MinC) lança nesta quarta-feira (5) o Prêmio Carolina Maria de Jesus de Literatura Produzida por Mulheres 2023. A iniciativa irá agraciar 40 obras inéditas escritas por mulheres com um valor total de R$ 2 milhões, sendo R$ 50 mil para cada escritora, o que torna a premiação literária a maior do país.

O evento de lançamento acontece a partir de 10h no Salão Oeste do Palácio do Planalto e contará com a presença da filha de Carolina Maria de Jesus, Vera Eunice de Jesus, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e do Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macêdo.

O Edital Prêmio, anunciado no dia 8 de março, foi publicado hoje no Diário Oficial da União e as inscrições serão abertas no dia 12 de abril. Poderão concorrer contos, crônicas, poesias, histórias em quadrinhos, romances e roteiros de teatro redigidos em português do Brasil e a intenção é fomentar atividades relacionadas à promoção da literatura brasileira produzida por mulheres, valorizar autoras nacionais e incentivar a qualidade literária por meio da realização de concurso.

“Esse Edital é estratégico, pois incentiva a produção literária feminina, amplia a diversidade na literatura e, consequentemente, a diversidade cultural. Além disso, o apoio a escritoras é fundamental para o fortalecimento da cadeia produtiva do livro e o fomento da leitura a partir da seleção de obras de qualidade chancelada pelo Ministério da Cultura”, destacou a ministra Margareth Menezes.

Das 40 obras a serem premiadas, 20% (8) deverão ser de mulheres negras, 10% (4) para mulheres indígenas, 10% (4) para mulheres com deficiência, 5% (2) para mulheres ciganas e 5% (2) para mulheres quilombolas. A Comissão de Seleção também será composta apenas por mulheres, seis no total.

“O Edital é importante porque ele se orienta pelas diretrizes do governo Lula de promoção da diversidade de gênero e étnica, bem como da cidadania e acessibilidade cultural. Ele celebra o nome de Carolina Maria de Jesus para promover a literatura brasileira escrita por mulheres, fomenta os processos de criação e difusão literária numa perspectiva de políticas afirmativas. Além disso, será o primeiro edital do MinC em linguagem simples, direito visual e design editorial, podendo ser um elemento orientador para outros editais”, destaca o secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba.

De acordo com pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, coletivo de pesquisadores vinculado à Universidade de Brasília (UnB), mais de 70% dos livros publicados por grandes editoras brasileiras entre os anos de 1965 e 2014 foram escritos por homens. Os dados também mostram que 90% das obras literárias foram escritas por brancos e pelo menos a metade dos autores é originária do eixo Rio de Janeiro/São Paulo.

O prêmio é uma ação da Secretaria de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, por meio da  Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas. Ele atende aos princípios e às diretrizes do Plano Nacional do Livro e Leitura e da Política Nacional de Leitura e Escrita.

Edital inovador

O Edital do Prêmio Carolina Maria de Jesus é o primeiro a ser construído com aplicação de linguagem simples, direito visual e design editorial, o que o torna mais acessível e inclusivo. O documento em formato inovador é resultado de uma parceria do Ministério da Cultura (MinC) com o ÍRIS | Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará.

As técnicas utilizadas têm o objetivo de facilitar o acesso às informações para cidadãs e cidadãos, com recursos para melhorar a experiência de leitura dos usuários, a exemplo de uma página de abertura convidativa e que conversa diretamente com o público-alvo; de tópicos clicáveis na versão digital; do uso de recursos visuais; e de uma página com o fluxo de todo o processo, desde o período de inscrição até o resultado final. O edital parte dos princípios da acessibilidade, do direito ao atendimento e da facilidade de compreensão como inovações e nova abordagem na entrega do valor público.

Será veiculada uma versão que evita termos técnicos, jargões jurídicos, estrangeirismos e siglas sem explicar o significado. Com tudo isso, o Ministério pretende democratizar o acesso do público às informações e às oportunidades, além de facilitar o entendimento da comunicação escrita do governo como um diálogo para o exercício da cidadania.

Inscrições

As inscrições são gratuitas e deverão ser realizadas no período de 12 de abril a 10 de junho de 2023, exclusivamente por meio do sistema Mapas Culturais, pelo link: https://mapas.cultura.gov.br/oportunidade/2017. A candidata deverá inscrever apenas uma obra inédita em apenas uma categoria. Não poderá haver, em nenhuma parte do texto, a indicação da autora, o que será motivo de desclassificação.

Carolina Maria de Jesus

O título do Prêmio homenageia uma das mais importantes escritoras brasileiras do século 20: Carolina Maria de Jesus. Mulher negra, periférica, mãe solteira, catadora de material reciclável e autora de obras reconhecidas dentro e fora do País. Em seu primeiro livro, Quarto de despejo: o diário de uma favelada, publicado em 1960, Carolina demarca questões sociais, resistência e a paixão por escrever. A obra foi traduzida em 13 línguas e vendida em mais de 40 países.

Carolina também foi cantora e compositora, revelou em sambas e marchinhas a sua luta política e cultural. Sua arte também mostrava o cuidado, o amor e a garra para criar seus três filhos: João José de Jesus, José Carlos de Jesus e Vera Eunice de Jesus Lima, que estará presente no lançamento da premiação.

Nascida em Sacramento, Minas Gerais, em 14 de março de 1914, Carolina é autora, dentre outras publicações, dos livros Casa de alvenaria: diário de uma ex-favelada; Provérbios; Pedaços da fome e Diário de Bitita. Faleceu aos 62 anos, em 13 de fevereiro de 1977.

Fonte: Ministério da Cultura

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Lançamento | FBN publica o número 38 da Revista do Livro

 

Dez anos após o último lançamento, a Fundação Biblioteca Nacional publica o número 38 da revista Poesia Sempre. Concebida pelo poeta, professor e ex-presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Affonso Romano de Sant’Anna, em 1991, a revista foi publicada pela primeira vez em 1993. Ao longo do tempo contou com a colaboração de personalidades e nomes de peso para a poesia brasileira como Ferreira Gullar, Antonio Carlos Secchin e Marco Lucchesi, entre tantos outros.

Para o número de reestreia, o tema são os cem anos da Semana de Arte Moderna, de São Paulo, acontecimento-símbolo que marcou oficialmente a introdução do modernismo no Brasil. Para o curador, Érico Nogueira, poeta, doutor em Letras Clássicas, professor de língua e literatura latinas e escritor, “celebrar não significa apenas festejar, mas enseja que se reavalie, repense, critique aquilo que se celebra”. Ainda segundo Nogueira, todo o conteúdo da revista, ao mesmo tempo em que destaca a importância capital da Semana de 1922 para a poesia brasileira, oferece um ponto de vista independente sobre o assunto, fugindo a quaisquer bairrismos e sectarismos redutores.

A edição 38 está disponível para download e consulta gratuitos no site da Biblioteca Nacional. A versão impressa será lançada em breve e estará disponível para venda exclusivamente na Loja do Livro da Biblioteca Nacional, situada no prédio-sede, no Rio de Janeiro.

Link para a publicação no portal aqui.

Fonte: Fundação Biblioteca Nacional

 

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Dia das Tradições de Matrizes Africanas e do Candomblé é celebrado no Museu da República

O Museu da República (Ibram) realizou na segunda-feira (20), um grande evento em comemoração ao Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, celebrado no dia 21 de março.

No evento, o ministro Silvio Almeida assinou o Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, a Defensoria Pública da União e o Instituto Brasileiro de Museus que trata de um convênio de recuperação e pesquisa sobre objetos sagrados de religiões de matriz africana, e visa a ampliação do acervo de objetos de religiões afro-brasileiras.

Em 21 de setembro de 2020, o Museu da República recebeu do Museu da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro uma coleção de 519 peças que haviam sido apreendidas entre 1890 e 1946. Conhecido como Nosso Sagrado, o acervo reúne objetos como instrumentos musicais, imagens de santos e roupas ritualísticas utilizados em cerimônias do Candomblé e da umbanda.

“Os objetos eram apreendidos em batidas policiais que aconteciam durante as cerimônias religiosas e permaneciam presos como prova documental de um crime que não existiu. O povo de axé era perseguido por cultuar o seu sagrado, seus orixás. Isso sim, um crime cometido pelo Estado contra as religiões de matriz afro-brasileira”, declarou o diretor do Museu da República, Mário Chagas.

Para o ministro Silvio Almeida, o acordo reforça o processo de reparação histórica aos candomblecistas e umbandistas. “Falar de perseguição às religiões de matriz africana, na verdade, é a gente falar de racismo. Naquilo que se classifica de racismo religioso. Essa discriminação sistemática contra pessoas que são de religiões africanas é porque estão relacionadas ao que representa ser negro no Brasil. É muito importante nós conhecermos essa dimensão da memória, da verdade e da justiça como ponto de partida para que a gente mude a sociedade brasileira”, ressaltou o ministro.

Catálogo Moda de Terreiro

Ainda no âmbito das comemorações do Dia Nacional das o Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, o Museu da República promoveu o lançamento do catálogo impresso “Moda de Terreiro”.

A publicação reúne fotografias de indumentárias sagradas confeccionadas pelas mulheres integrantes do Ateliê Obirim Odara, do Ilê Omolu Oxum, coordenado por Mãe Nilce de Iansã. As vestimentas religiosas apresentadas no catálogo seguem a tradição oral da Bahia, trazida por Iyá Davina (1880-1964), mãe de santo e avó materna de Mãe Meninazinha de Oxum, matriarca do Ilê Omolu Oxum, e as modelos são as próprias mães, filhas e filhos de santo do terreiro.

O catálogo é patrocinado pelo Fundo de Investimento Social (ELAS) e pela Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA Brasil).

 Exposição Marielle Marés

O Museu da República também realizou na tarde desta segunda-feira, 20 de março, a abertura da exposição “Marielle Marés”. Com curadoria coletiva da equipe do Museu da Maré e do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM), a exposição ocupa o terceiro andar do Palácio do Catete e traz obras de cinco artistas diferentes, que representam a memória da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018.

A mostra reúne 15 telas, dentre reproduções fotográficas e criações autorais, além da porta do gabinete da vereadora e outros artigos em sua referência. A exposição permanece aberta ao público até o dia 21 de maio.

Texto: Ascom Ibram com a colaboração da Ascom do Museu da República

Fotos: Oscar Liberal (Iphan)

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