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“Nós estamos colocando a agenda da igualdade racial e da valorização do povo negro brasileiro no centro da política de patrimônio cultural”, avalia Leandro Grass

Domingo, 16 de julho, é o último dia para as inscrições no Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio do Centro Nacional de Arqueologia (CNA). O foco neste ano são os “20 anos da Lei nº 10.639/2003: Educação, Democracia e Igualdade Racial”. Essa lei estabelece obrigatoriedade de ensino de história e cultura afro-brasileira dentro das disciplinas que já fazem parte das grades curriculares dos ensinos fundamental e médio.

Presidente do Iphan, Leandro Grass defende que o prêmio, em 2023, é um marco, “um divisor para nosso futuro de acolhimento e de combate às desigualdades”. “Nós estamos colocando a agenda da igualdade racial e da valorização do povo negro brasileiro no centro da política de patrimônio cultural”.

Promovido desde 1987, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade está em sua 36ª edição e busca fomentar ações de preservação e salvaguarda do Patrimônio Cultural Brasileiro. O secretário executivo do MinC, Márcio Tavares, defende o fortalecimento da democracia, com preservação da memória e enfrentamento de mazelas sociais, como o “legado trágico da escravidão, que faz com que esse país tenha uma desigualdade crônica e que precisa ser enfrentada através de políticas públicas transversais”.

Prêmios

Ao todo, serão premiadas 12 ações de excelência no campo do Patrimônio Cultural brasileiro que apresentem abordagem universal dos temas educação, democracia e igualdade racial – sendo R$ 25 mil para cada iniciativa. Essas ações se dividem em quatro categorias. A primeira: pessoas físicas ou grupos e coletivos não formalizados; Categoria 2: Cooperativas e associações, Microempreendedor Individual (MEI) ou Microempresa (ME); Categoria 3: Demais empresas e institutos privados; e Categoria 4: Entidades da administração pública direta e indireta municipal, estadual ou federal. O resultado deve sair até 11 de dezembro.

Nascido em Belo Horizonte, o advogado, jornalista e escritor Rodrigo Melo Franco de Andrade integrou o grupo de intelectuais em luta a favor do Patrimônio Cultural do Brasil, durante o período em que Gustavo Capanema era ministro da Educação (1934-1945).

O Iphan – hoje vinculado ao MinC – foi criado em 1937, sob o nome, à época, de Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan).

Mais informações na página do Prêmio Rodrigo 2023 aqui.

Assista ao lançamento do 36º Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade:

 

Fonte: Iphan