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ANCINE divulga investimentos de mais de R$ 1 bilhão para o setor audiovisual e anuncia novas ações para 2023

Medidas incluem a renovação da Cota de Tela

Em evento realizado no dia 23 de março, no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, para o lançamento do novo decreto de fomento à cultura, a Ministra da Cultura, Margareth Menezes anunciou investimentos no setor audiovisual brasileiro: “O campo cultural é muito diverso, abrigando desde dinâmicas comunitárias até empreendimentos econômicos de alta complexidade como o setor audiovisual. E hoje aqui, com o Presidente Lula, nós anunciamos R$ 1 bilhão para o audiovisual brasileiro e suas produções”.

A Ministra se referia a um conjunto de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA, gerenciados pela ANCINE, que estão prestes a ser aplicados no mercado audiovisual nos próximos meses, na forma de investimentos em projetos de filmes e em infraestrutura para as empresas brasileiras do setor.

A ANCINE deu início à contratação de mais de 250 projetos cinematográficos, de todas as regiões do Brasil, que chegarão às telas de cinema por conta de investimentos públicos superiores a R$ 450 milhões na atividade audiovisual brasileira. Ao todo foram avaliados mais de 1.400 projetos, apresentados nas seis Chamadas Públicas voltadas ao mercado de salas de cinema do FSA.

Com o objetivo de contemplar uma grande diversidade de projetos audiovisuais, empresas produtoras, e arranjos de negócio entre produtoras e distribuidoras, as seleções das Chamadas Públicas foram realizadas com objetivos específicos:

  • Complementação: seleção de propostas de longas-metragens para complementação do orçamento do projeto de produção e investimento na sua comercialização. O principal objetivo foi contemplar projetos que já estavam em processo avançado de captação, mas que ainda careciam de recursos para serem concluídos. As propostas contempladas irão receber recursos também para cobertura das despesas de comercialização, e com essa iniciativa espera-se acelerar a conclusão de filmes brasileiros para ocupação das salas de cinema num contexto pós pandemia.
  • Produção: seleção ampla de propostas para produção de longas-metragens, destacando a concorrência específica para projetos regionais. O principal objetivo foi acolher novos projetos voltados para cinema. Uma primeira etapa de avaliação envolveu os currículos (gerencial e desempenho comercial) das produtoras, diretores e distribuidoras envolvidos no projeto. Em seguida, a Comissão de Seleção avaliou os roteiros, o plano de negócios e o potencial para participação em mostras e festivais.
  • Coprodução Internacional: seleção de propostas para produção de longas-metragens que envolvam acordos de coprodução com diversos Países, estimulando parcerias internacionais e contribuindo para a difusão do filme brasileiro no exterior.
  • Via Distribuidora: seleção de propostas para produção de longas-metragens cujas proponentes são empresas distribuidoras brasileiras, com destinação de recursos específicos para produção e comercialização de filmes. Essa Chamada Pública objetiva ampliar a distribuição de filmes brasileiros a partir do fortalecimento das empresas distribuidoras, que podem utilizar os recursos recebidos para investir e adquirir direitos de distribuição de filmes brasileiros de produção independente, aumentando sua competitividade.
  • Novos Realizadores: seleção de propostas de longas-metragens que sejam produzidos por novos realizadores: diretores que tenham até uma obra de longa-metragem em seu currículo, e produtoras classificadas como nível 1 (um) ou 2 (dois) na ANCINE. Como resultado, espera-se estimular o surgimento e o desenvolvimento de novos profissionais na cadeia produtiva do audiovisual.
  • Desempenho Comercial: concessão de aporte financeiro às empresas distribuidoras brasileiras independentes, a partir do desempenho comercial de filmes nacionais lançados no período de 2019 a 2021. Nesse sentido, objetiva-se fortalecer as empresas distribuidoras, prestigiando sua performance comercial, e garantindo recursos para a produção e distribuição de novos filmes brasileiros. As empresas distribuidoras contempladas têm o prazo de 12 meses para destinar os recursos a projetos de produção de longas-metragens.

Para conhecer a lista de projetos contemplados e as análises por diversos recortes sobre a distribuição dos recursos, como por unidades e regiões federativas, por faixas de aporte e por tipos das obras, acesse o Informe dos Resultados das Chamadas Públicas de Cinema lançadas em 2022 produzido pela Secretaria de Financiamento da ANCINE.

Duas novas Chamadas Públicas serão lançadas no início do mês de abril

Mais R$ 163 milhões para filmes brasileiros independentes

Em reunião realizada no dia 24 de março, a Diretoria Colegiada da ANCINE aprovou o lançamento de duas novas Chamadas Públicas que, juntas, disponibilizam mais R$ 163 milhões em investimentos. A Chamada Pública Cinema – Produção vai destinar R$ 88 milhões para a seleção de propostas divididas em duas categorias (Nacional e Regional). Em paralelo, a Chamada Pública Cinema – Via Distribuidora, que recebe propostas de empresas do setor de distribuição, terá o montante de R$ 75 milhões, sendo R$ 50 milhões para investimento na produção das obras e R$ 25 milhões para investimentos na fase de comercialização.

A formulação das Chamadas levou em conta a experiência adquirida na execução das últimas Chamadas Públicas e contribuições apresentadas pelas entidades representativas da produção brasileira independente e pelos membros da Câmara Técnica de Produção. As duas novas Chamadas trazem aperfeiçoamentos, como a dispensa da exigência de aprovação para captação dos projetos inscritos, bastando o ato de solicitação no início do procedimento de contratação; a exclusão da nota mínima para classificação e da quantidade máxima de projetos classificados; e uma salvaguarda da classificação de projetos por região geográfica, de forma a garantir a ampla participação de interessados e o efetivo acesso à política pública de financiamento da atividade audiovisual.

A Diretoria Colegiada também decidiu que as Comissões de Seleção serão formadas por profissionais credenciados e remunerados, ampliando-se assim as possibilidades de participação setorial.

A ANCINE se comprometeu ainda a levar outras sugestões apresentadas pelos agentes do setor para a deliberação do Comitê Gestor do FSA, que se reunirá em maio para a definição dos parâmetros dos seus Plano de Investimento e Ação para 2023.

Investimentos em Infraestrutura e apoio aos pequenos exibidores

Novos estúdios, infraestrutura técnica e salas de cinema, além da preservação dos pequenos exibidores

Estão em fase de análise diversos projetos de impacto na infraestrutura do setor audiovisual. São resultado das linhas de crédito do Fundo Setorial do Audiovisual, no valor total de R$ 387 milhões, lançadas para estimular o crescimento da atividade audiovisual brasileira.

A iniciativa faz parte da estratégia do FSA, cujo foco são investimentos na cadeia produtiva do audiovisual, para geração de emprego, renda e inclusão, especialmente no momento de retomada das atividades após a pandemia de COVID-19. São investimentos em produções independentes para cinema, televisão e plataformas de streaming e, de forma inovadora, o financiamento de novas tecnologias, infraestrutura e capital de giro das empresas.

O objetivo é estimular o empreendedorismo e o desenvolvimento das atividades audiovisuais, ampliando as possibilidades de criação e produção de conteúdo. Os novos investimentos ainda previnem a escassez de equipamentos e de mão-de-obra especializada, garantindo um ambiente favorável à produção brasileira.

As linhas estão estruturadas em três modalidades, cada uma com diferentes condições de enquadramento, custos financeiros e limites de aporte, conforme resumido abaixo.

  • Infraestrutura: Esta modalidade tem como itens financiáveis a implementação, modernização e expansão de ativos necessários à produção, pós-produção, distribuição, programação, exibição e comercialização de conteúdo audiovisual no Brasil. Serão concedidos aportes no valor mínimo de R$ 500 mil, com custo financeiro equivalente à Taxa Referencial acrescido de 4% ao ano, e prazo para pagamento de até 10 anos, com carência de até 24 meses.
  • Novas Tecnologias, Inovação e Acessibilidade: Nesta modalidade são itens financiáveis os investimentos necessários para a implementação de projetos de modernização e expansão de ativos que representem desenvolvimento e atualização tecnológica, podendo incluir a aquisição de equipamentos importados e a contratação de serviços. Também são financiáveis os investimentos para o desenvolvimento de soluções de acessibilidade. Serão concedidos aportes em valores entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões, com custo financeiro equivalente à Taxa Referencial acrescido de 0,5% ao ano, e prazo para pagamento de até 10 anos, com carência de até 24 meses.
  • Capital de Giro: Esta modalidade considera como itens financiáveis as despesas com folha de pagamento, fornecedores e demais despesas operacionais para a manutenção da atividade fim das empresas, bem como o desenvolvimento e a produção de conteúdo audiovisual brasileiro; a adaptação de obras audiovisuais brasileiras a novos formatos; o desenvolvimento de jogos eletrônicos; a comercialização de obras audiovisuais em salas de exibição e canais de distribuição; a programação, inclusive o licenciamento de conteúdo, e o empacotamento de conteúdo audiovisual. Serão efetuados aportes no valor mínimo de R$ 500 mil, com custo financeiro equivalente à Taxa Referencial acrescido de 8% ao ano, e prazo para pagamento de até 5 anos, com carência de até 12 meses.

Para que mais obras brasileiras ocupem as salas de cinema, é preciso que o setor de exibição cinematográfica, notadamente um dos mais afetados pela pandemia, também esteja fortalecido. As projeções apontam para uma constante e progressiva recuperação das salas de cinema.

Com o objetivo de amenizar as dívidas das salas de cinema de pequeno porte, garantindo a manutenção destes empreendimentos, o Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual aprovou o lançamento da 2ª edição do PEAPE – Programa Especial de Apoio ao Pequeno Exibidor. Serão destinados R$ 6 milhões do FSA, na modalidade de apoio financeiro não reembolsável para empresas com até 10 salas de exibição. Os recursos deverão abater despesas realizadas ou adquiridas no processo de digitalização e a expectativa é de que pelo menos 150 empresas sejam contempladas em todas as regiões do País.

O Chamamento público está programado para a segunda quinzena do mês de abril.

Cota de Tela

Regulação para ampliação da participação do conteúdo brasileiro

Anunciados os investimentos na produção independente e na infraestrutura do setor, tornam-se imprescindíveis os instrumentos regulatórios para garantia da circulação das obras audiovisuais independentes, e para que haja um aumento do Market Share das produções brasileiras no mercado.

De acordo com Informe divulgado pela ANCINE em 2022, o market share do cinema nacional foi abaixo da média histórica. Sem lançamentos com mais de um milhão de público, a participação relativa dos filmes brasileiros total foi de 4,2% do público e 3,9% da renda, com o mercado mais uma vez dominado pelos blockbusters internacionais.

Em 75% das semanas de 2018 e 2019 o percentual de sessões nacionais era de cerca de 20%. Em 2022, esse mesmo percentual de semanas não teve mais de 14% das sessões dedicadas a filmes nacionais. Paralelamente, ainda em 2022, 25% das semanas contaram com mais de 98% das sessões dedicadas a filmes estrangeiros e em metade das semanas do ano essa ocupação foi de mais de 90% das sessões. Se em 2018 e 2019 as 20 obras estrangeiras de maior público responderam por 42,6% e 46,4% das sessões programadas, em 2021 e 2022 esses patamares saltaram para próximo de 60%.

De outro lado, de 2021 para 2022 registrou-se um aumento significativo de 263% no total de sessões realizadas com obras brasileiras, que responderam por 8,6% do total, ficando evidente o potencial de recuperação do cinema brasileiro.

Monitorando esse cenário, a ANCINE estabeleceu como uma das iniciativas prioritárias, na Agenda Regulatória 2023/2024, a renovação da Cota de Tela para filmes brasileiros nas salas de cinema.

A partir de estudos que mostram os bons resultados do instrumento regulatório, e pelo reconhecimento de sua constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, a Agência propõe que as questões relativas à Cota de Tela sejam tratadas por meio da formulação de nova propositura legislativa.

A proposta da ANCINE, elaborada a partir de debates com o setor e avaliações técnicas, foi apresentada pela Secretaria de Regulação e discutida pelos membros da Câmara Técnica de Exibição na reunião de fevereiro deste ano. Acesse aqui a apresentação.

Na apresentação a ANCINE resumiu os argumentos e as proposições de melhorias para o instrumento regulatório, que incluiriam ainda o estabelecimento de instrumentos adicionais que inibam a concentração e a ocupação predatória de salas, garantindo a diversidade de títulos e a exposição de obras nacionais.

A expectativa da Agência é que a renovação da Cota de Tela seja também uma oportunidade de reiterar a importância do instrumento, aperfeiçoando-o e atualizando-o em consonância com as mudanças vivenciadas no setor audiovisual.

A ANCINE defende a previsão do cumprimento da obrigação por sessões cinematográficas e não por dias, adaptando-se ao modelo de multiprogramação, legado do processo de digitalização do parque exibidor brasileiro, como apontado por Análise de Impacto Regulatório – AIR realizada pela Agência em 2017. Com esta alteração, a Agência espera que lançamentos menores conquistem mais espaço nas salas de exibição, alcançando mais espectadores, e elevando o market share dos filmes brasileiros.

Também avaliados positivamente na AIR, a ANCINE entende como necessário o tratamento regulatório dos estímulos à programação de filmes brasileiros nas sessões de horário nobre; de possíveis limitações no número de sessões que podem ser ocupadas por uma mesma obra audiovisual num dado complexo; da possibilidade da fixação de um número mínimo de títulos diferentes por complexos para cumprimento da obrigação; e da regra da dobra.

A ANCINE defende ainda uma maior autonomia para a definição dos parâmetros anuais para o cumprimento das obrigações, com base na experiência acumulada desde a sua criação.

Outras ações

Regulação e novos investimentos para TV/VoD

Além da proposta legislativa para a renovação da Cota de Tela, buscando a ampliação e a maior participação do conteúdo brasileiro independente nas diversas janelas de exibição, a ANCINE estabeleceu, dentre as ações prioritárias previstas em sua Agenda Regulatória, a elaboração de proposta de tratamento legislativo para renovação da “Cota de Programação”, prevista na Lei n° 12.485/2011; e a regulamentação da obrigatoriedade da prestação de informações à ANCINE pelos agentes econômicos do segmento de Vídeo por Demanda, para aferição da presença de conteúdo brasileiro e do volume de investimentos na produção brasileira e brasileira independente.

Em paralelo, dando continuidade aos investimentos na produção audiovisual brasileira independente, os resultados de três Chamadas Públicas para TV/VoD estão em fase final para divulgação, representando um investimento de R$ 200 milhões no segmento. Concluídos os resultados, a ANCINE lança a nova Chamada Pública Produção TV/VoD, aprovada no Plano de Ação 2022 pelo Comitê Gestor do FSA, no valor de R$ 90 milhões, totalizando R$ 290 milhões em investimentos na produção independente para televisão.

Novo Plano de Ação de Chamadas Públicas para 2023

Mais investimentos para o setor

No início de maio o Comitê Gestor do FSA deve se reunir para a definição dos parâmetros dos seus Plano de Investimento e Ação para 2023, tendo em conta o orçamento para o ano e as novas disponibilidades financeiras para investimento no setor audiovisual.

Fonte: Ancine

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ANCINE define ações regulatórias prioritárias

Agenda Regulatória 2023-2024 passará por Consulta Pública

A Diretoria Colegiada da ANCINE aprovou em reunião nesta terça-feira, 17 de janeiro, a proposta de Agenda Regulatória da Agência para os anos de 2023 e 2024. O documento apresenta um conjunto de temas considerados estratégicos e torna públicas as principais ações regulatórias que a ANCINE pretende pôr em prática para o audiovisual.

A Agenda Regulatória vai passar por um processo de Consulta Pública por 45 dias, período no qual agentes do setor e a sociedade civil poderão opinar sobre as ações propostas e contribuir com a pauta estratégica.

Entre os temas listados na Agenda, merecem destaque as iniciativas consideradas prioritárias, com cronograma de início neste primeiro trimestre de 2023, como a elaboração de propostas de tratamento legislativo para a renovação da Cota de Tela para filmes brasileiros nas salas de cinema, a renovação das Cotas de Programação nacional da Lei da TV Paga, e o aumento de limites para os aportes de recursos incentivados previstos na Lei do Audiovisual.

Ancorada por estudos que mostram os bons resultados dos instrumentos regulatórios, e pelo reconhecimento de sua constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, a Agência propõe que as questões relativas às cotas de tela e de programação sejam tratadas por meio de Medida Provisória, o que permitiria o retorno da adoção da Cota de Tela ainda no segundo semestre e afastaria o risco de vencimento da obrigatoriedade da Cota de Programação na TV Paga em setembro.

Em relação ao aumento dos limites de financiamento pela Lei do Audiovisual, a ANCINE se baseia em uma Análise de Impacto Regulatório realizada em 2020, que demonstrou a importância destes mecanismos de incentivo e a defasagem nos limites de aporte, inalterados desde 1996.

Há a compreensão de que a ampliação dos limites teria o potencial de aumentar a competitividade das obras brasileiras no mercado, possibilitando ainda a realização de filmes e séries de gêneros que demandam maior orçamento de produção. A ideia é que as propostas de tratamento legislativo sejam debatidas no âmbito das Câmaras Técnicas de Produção e Exibição, e posteriormente encaminhadas ao Ministério da Cultura.

Uma outra ação prioritária da Agência é a regulamentação do setor de Vídeo por Demanda. Foram incluídas medidas para efetivar o registro dos agentes econômicos do setor e das obras brasileiras exibidas nas plataformas de streaming, além da prestação de informações sobre contratação, licenciamento e comercialização de obras brasileiras à Agência pelos agentes econômicos. O objetivo é a obtenção de dados primários sobre a atividade para qualificar o auxílio técnico da ANCINE aos Poderes Executivo e Legislativo na regulamentação do segmento.

Clique aqui para acessar a Agenda Regulatória 2023-2024.

Para participar da Consulta Pública acesse o Participa + Brasil.

Plano Anual de Regulação – PAREG

O PAREG tem como objetivo organizar e monitorar as atividades regulatórias da ANCINE, por meio de um planejamento estruturado, com a definição de projetos, prioridades, entregas e prazos, visando uma maior eficiência das atividades desempenhadas. As iniciativas previstas no Plano buscam gerar conhecimento e subsidiar estudos do setor, proporcionando a participação da sociedade e dos agentes de mercado na avaliação das políticas públicas.

O segmento de Vídeo por Demanda também se faz presente nas iniciativas do Plano Anual de Regulação – PAREG 2023. O planejamento inclui ainda a divulgação, no mês de janeiro, do “Panorama do Mercado de Vídeo por Demanda no Brasil – Informe de Mercado”, produzido pela Secretaria de Regulação a partir da análise de dados secundários fornecidos por empresa especializada no monitoramento do segmento.

O documento também projeta a elaboração de Análises de Impacto Regulatório sobre temas como a acessibilidade na TV Paga; a regulamentação da comunicação pública de obras financiadas com recursos públicos federais em canais educativos, legislativos, universitários, judiciários, comunitários e em estabelecimentos públicos de ensino (art.27 da MP 2.228-1/01); e a regulamentação da celebração e acompanhamento de Termos de Ajuste de Conduta no âmbito da Agência.

Estudos a serem publicados no Observatório do Cinema e do Audiovisual – OCA relativos ao perfil dos empregos gerados pelo audiovisual e ao valor adicionado pelo setor à economia também estão na programação para o ano, assim como um estudo analítico sobre dados de audiência na Tv Paga.

Clique aqui para acessar o Plano Anual de Regulação – PAREG 2023.

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Avaliação do Plano Nacional de Cultura

Em 2021, a Secretaria Nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural (SECDEC) firmou uma parceria com a Fundação Escola Nacional de Administração Pública (Enap) junto as áreas de Assessoria para Avaliação de Políticas Públicas e Evidência Express, com o objetivo de elaborar uma avaliação ex-post do Plano Nacional de Cultura (PNC).

A avalição visa identificar os resultados obtidos pelo referido Plano em termos de objetivos, estratégias, metas e resultados comparando-os aos resultados almejados a época de sua elaboração.

Destaca-se que originalmente o artigo 1º da Lei nº 12.343, de 2010, definia uma duração de 10 (dez) para o PNC com sua vigência terminando em 2 de dezembro de 2020. No entanto, a Lei nº 14.156, de 1º de junho de 2021, alterou a Lei nº 12.343, de 2010, aumentado o prazo do PNC para 12 anos.

Apesar da expansão da vigência, a Secretaria Especial da Cultura trabalha para que, no ano de 2022, se inicie a discussão sobre o próximo Plano Nacional de Cultura. Em função desse fato, e como preconizam as boas práticas do monitoramento de políticas públicas, é importante que haja a elaboração de um estudo que analise a implementação do PNC, finalizando assim o ciclo da política pública e produzindo subsídios para as discussões de uma nova política para a área da cultura.

Diante deste cenário, é que surge a parceria com a Enap para avaliar os últimos 10 anos de implementação do PNC.

Esta avaliação fornecerá, com base em dados históricos, evidências que visam auxiliar na compreensão do problema e do contexto de política pública, seu público-alvo, causas e impactos das ações de forma a auxiliar a elaboração de futuras políticas para a área cultural.

O primeiro produto desta parceria, intitulado “Integração municipal ao Sistema Nacional de Cultura – Uma análise exploratória do período de 2012 a 2021”, traz um retrato da integração municipal ao Sistema Nacional de Cultura conforme a situação de implementação efetuada até setembro de 2021.

A escolha em se enfatizar o Sistema Nacional de Cultura em uma avaliação sobre o Plano Nacional de Cultura justifica-se uma vez que o SNC é a meta 01 do PNC, uma meta tida como estruturante para o desenvolvimento da cultura no Brasil.

Vale lembrar que o Sistema Nacional de Cultura (SNC) se configura como a ponte entre o Plano Nacional de Cultura (PNC), entre os entes da Federação (União, Estados, DF e Municípios) e a sociedade, pois estabelece mecanismos de gestão compartilhada entre os entes federados e a sociedade civil para a construção de políticas públicas de cultura.

É importante mencionar que este estudo, em formato de relatório aqui disponibilizado, também teve como objetivo levantar informações para a realização da avaliação de impacto do Plano Nacional de Cultura, uma segunda etapa da parceria que está em andamento.

Partindo da análise da experiência de integração municipal ao sistema para, posteriormente, examinar de forma exploratória algumas possíveis características municipais determinantes da adesão ao SNC, o estudo levantou questões importantes para se discutir o funcionamento e os rumos do SNC.

Para consultar o estudo na íntegra, clique aqui.

Fonte: Ascom/Secult

 

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Lançada linha de crédito emergencial do Fundo Setorial do Audiovisual de R$ 400 milhões

Recursos executados por BNDES e BRDE serão destinados à manutenção de empregos e à preservação das atividades da cadeia produtiva do setor

publicado: 20/07/2020 16h06, última modificação: 20/07/2020 16h06

Recursos serão destinados a gastos com folha, fornecedores e custos operacionais fixos. Foto: Clara Angeleas/Secretaria Especial da Cultura

De forma a apoiar o setor audiovisual, mitigando os impactos da COVID-19, foi lançada nesta segunda-feira, 20 de julho, a linha de crédito emergencial do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), no valor de R$ 400 milhões. Os recursos serão destinados à manutenção dos empregos e à preservação de atividades da cadeia produtiva do setor. A iniciativa foi proposta pela Agência Nacional do Cinema (ANCINE), aprovada pelo Comitê Gestor do FSA e será executada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

A linha emergencial foi aprovada na primeira reunião do Comitê presidida pelo Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. “O setor audiovisual é estratégico para a economia, gerador de renda e de empregos, e por isso, deve ter toda a atenção do governo nesse momento. Esse auxílio chega para garantir que postos de trabalho sejam mantidos e que as atividades do setor possam, em breve, voltar com o vigor de sempre”, disse o Ministro.

A reunião contou com a participação do Secretário Especial da Cultura, Mário Frias, o diretor-presidente substituto da ANCINE, Alex Braga, dentre outros representantes do governo e do setor audiovisual.

O Secretário Especial da Cultura, Mário Frias, reforça a importância da agilidade na liberação dos recursos. “A liberação deste apoio para as pequenas, médias e grandes empresas é uma ação rápida e integrada do governo federal. A parceria com BNDES e BRDE para redução de tempo e burocracia fará com que o dinheiro chegue de forma mais ágil aos interessados, possibilitando a manutenção de centenas de empregos diretos. O Ministério do Turismo, a Secretaria Especial da Cultura e a ANCINE estão trabalhando em sinergia, que é uma marca do governo Bolsonaro, para minimizar os impactos do setor audiovisual, um dos mais afetados nesta pandemia”.

Para o diretor-presidente substituto da ANCINE, Alex Braga: “É um conjunto de medidas anticíclicas muito importante nesse momento para a preservação de empresas e empregos”.

Do total de recursos, R$ 250 milhões serão oferecidos, de forma direta, pelo BNDES, em financiamentos superiores a R$ 10 milhões.

O BNDES receberá pedidos entre 20 de julho e 30 de setembro. Empresas de capital nacional terão prioridade entre os pedidos de financiamento feitos nos primeiros quinze dias de protocolo no BNDES. Após esse prazo, as empresas brasileiras de capital estrangeiro do segmento de exibição cinematográfica também terão direito a acessar os recursos remanescentes da linha emergencial, para manter empregos e a cadeia de fornecedores no Brasil.

Os recursos serão exclusivamente destinados a financiar os gastos com folha, fornecedores e gastos operacionais fixos. Haverá, porém, algumas limitações, como o impedimento do uso para pagamento de verbas rescisórias devidas em caso de demissão de funcionários.

Conforme regulamento aprovado pela diretoria do BNDES na quinta-feira (16), os financiamentos contarão com a cláusula social que já vinha sendo incorporada pelo Banco em outras linhas emergenciais. A empresa que mantiver, repor ou ampliar postos de trabalho ao longo de um ano terá direito a um custo financeiro reduzido, de 0,5% ao ano, além da Taxa Referencial (TR, que atualmente está em zero). Se houver demissões sem reposição, esse custo permanece em TR mais 4% ao ano. O pagamento de empréstimo terá carência de 24 meses e prazo total para pagamento de até oito anos – o maior prazo de todas as linhas de crédito emergencial lançadas pelo BNDES desde o início da pandemia.

“No BNDES, a linha de financiamento dos recursos do FSA incorporará as inovações das modalidades dos créditos emergenciais durante a pandemia. Por esse motivo, o prazo médio de liberação dos recursos de cerca de seis meses deverá cair para até dois meses, a partir da aprovação dos pedidos”, explicou Petrônio Cançado, diretor de Crédito e Garantia do BNDES. Dessa forma, as primeiras liberações são esperadas para setembro.

Já os R$ 150 milhões restantes da linha emergencial serão ofertados pelo BRDE para créditos entre R$ 50 mil e R$ 10 milhões, com compromisso de manutenção de emprego e do pagamento de fornecedores.

Segundo Wilson Bley Lipski, diretor de Operações do BRDE, a expectativa é de grande demanda. “Estamos preparados para atender todo o Brasil, especialmente as pequenas empresas do setor. Nossa equipe do BRDE está neste momento finalizando os detalhes dos processos para que todas as solicitações recebam resposta no menor tempo possível. Esperamos poder desembolsar todo recurso, mas atentos também à qualidade do crédito que estará sendo concedido. É imprescindível que o empreendedor atenda aos quesitos necessários para obtenção do crédito e, assim, manteremos a meta de liberar todo o montante estabelecido para as boas empresas do segmento, que vão manter suas atividades e empregos que geram”.

Pequenos Exibidores terão apoio não reembolsável

Adicionalmente, o pacote de medidas emergenciais aprovado pelo Comitê Gestor do FSA conta também com o Programa Especial de Apoio ao Pequeno Exibidor (PEAPE). Na modalidade não reembolsável, o Programa é destinado aos grupos exibidores de até 30 salas. Para esse segmento, foram reservados recursos do FSA no valor de R$ 8,5 milhões que poderão ser usados para custear folha de pagamento, serviços terceirizados, fornecedores de equipamentos e despesas correntes relativas ao funcionamento das salas. As inscrições para este Programa começam na próxima semana e serão oportunamente anunciadas.

De acordo com o Secretário Especial Mário Frias, conversas mostram a ansiedade do setor pelo PEAPE. “O retorno que estamos tendo de alguns exibidores mostra que seguimos o caminho esperado. É muito satisfatório saber que estamos levando um pouco de tranquilidade para aquele exibidor que, muitas vezes, tem como única fonte de renda uma sala de cinema, conhece os familiares de seus funcionários e está na luta para manter os empregos”.

Para mais informações e como participar das linhas de crédito acesse os links:
www.bndes.gov.br/fsaemergencial
https://www.brde.com.br/fsa/

Assessoria de Comunicação Social
Secretaria Especial da Cultura

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Notícia Regulatória: Ancine faz consulta pública sobre Serviço de Programação Linear via Internet

Objetivo é discutir o enquadramento regulatório do serviço e avaliar seus impactos na cadeia de valor do audiovisual

A ANCINE aprovou nesta terça-feira, 07/04, a colocação em consulta pública da Notícia Regulatória sobre o enquadramento dos serviços de Oferta de Conteúdo Audiovisual em Programação Linear via Internet, e seus impactos sobre as atividades de produção, programação e empacotamento.
O objetivo da Agência é promover o debate público e receber contribuições dos agentes envolvidos sobre o tema.
Os serviços de entrega de conteúdo audiovisual passam por significativas mudanças e inovações, caminhando, assim, sempre à frente da regulação. A entrega direta de conteúdo audiovisual linear fora dos canais de TV paga, e o com apoio de novas tecnologias, acaba por produzir novos e relevantes modelos de negócio.
Consequentemente, ao abrigo da legislação vigente, espera-se dos entes reguladores um tratamento regulatório que proteja a concorrência, que seja isonômico em relação aos demais serviços, que coíba possíveis práticas abusivas no mercado regulado e que corrija eventuais assimetrias regulatórias.
É de conhecimento público a oferta direta de conteúdo audiovisual pela Internet por agentes econômicos classificados como programadoras, o que cria a necessidade de avaliar se tal atividade deve ser enquadrada como Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) ou como Serviço de Valor Adicionado (SVA). O objetivo é garantir segurança jurídica aos agentes econômicos envolvidos, inclusive para efeito do estabelecimento de um regime regulatório que proteja a livre concorrência e não impeça as inovações tecnológicas, ao mesmo tempo em que assegure o desenvolvimento da indústria audiovisual brasileira.
Três fundamentos balizam a elaboração da Notícia Regulatória:
(i) O enquadramento regulatório do Serviço de Oferta de Conteúdo Audiovisual em Programação Linear via Internet ainda não está definido, mas repercute em matérias de competência da ANATEL e da ANCINE;
(ii) Os agentes do mercado audiovisual e de telecomunicações demandam segurança regulatória e jurídica sobre o tema; e
(iii) Há razoável dúvida sobre o tema, com possíveis repercussões no âmbito regulatório, legislativo e judicial.
A Consulta Pública ficará disponível no site da ANCINE pelo prazo de 45 dias, a contar da publicação. Para participar é preciso se cadastrar no Sistema de Consulta Pública. O documento pode ser consultado, sem necessidade de cadastro, na página Consulta Pública. Dúvidas sobre o funcionamento do sistema devem ser encaminhadas para ouvidoria.responde@ancine.gov.br.
Fonte: Ancine

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Ancine lança edital para projetos de coprodução internacional

Edital prevê investimentos de R$ 36,8 milhões para a seleção Coprodução Mundo, com inscrições a partir de 6 de fevereiro

(publicado: 23/01/2019 13h01, última modificação: 28/01/2019 10h01)

A Agência Nacional do Cinema (Ancine), entidade vinculada ao Ministério da Cidadania, e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) publicaram o Edital de Coprodução Mundo, linha de coprodução internacional para cinema e TV. Serão investidos R$ 36,8 milhões, sendo R$ 18, 15 milhões para cinema e R$ 18,65 milhões para TV.

O edital funcionará na modalidade de fluxo contínuo e atenderá a projetos cujas produtoras brasileiras sejam minoritárias ou majoritárias. Serão exigidos contratos de coprodução internacional para todos os projetos, de distribuição para os projetos de cinema e de pré-licenciamento para os projetos de TV. Confira aqui o regulamento na íntegra.

“Nos últimos anos, a Ancine tem colocado em média R$ 5 milhões por ano em coproduções internacionais. Foram investidos algo em torno de R$ 29 milhões nos editais minoritários. Este ano, no Plano Anual de Investimento foi aprovado aproximadamente R$ 42 milhões de recursos do FSA em coproduções internacionais. O objetivo é fazer com que o empreendedor do audiovisual brasileiro consiga ser mais competitivo no mercado internacional, para coproduzir mais e atrair mais investimento”, explica o diretor-presidente da agência, Christian de Castro.

Os projetos deverão ser inscritos em uma das 4 submodalidades do edital, conforme a participação brasileira na coprodução e a destinação do projeto:

Seleção de projetos

Os projetos serão avaliados conforme critérios estabelecidos no edital, cabendo a decisão final ao Comitê de Investimento. O limite de investimento por projeto será de R$ 3 milhões para coproduções majoritárias brasileiras e de R$ 1 milhão para minoritárias. Cada produtora e seu grupo econômico poderão receber até R$ 4 milhões. Em relação aos projetos de cinema, serão avaliados os aspectos artísticos da coprodução e a capacidade gerencial e desempenho da produtora/grupo econômico.

A avaliação de desempenho comercial e do desempenho artístico das produtoras será feita conforme critérios dispostos no Regulamento de Pontuação: Cinema e TV, já se utilizando do ciclo avaliativo de 2019. Os projetos de TV serão avaliados diretamente pelo Comitê de Investimento. A adimplência das empresas proponentes será condição de elegibilidade no edital de Coprodução Mundo. Ela será verificada logo após a inscrição dos projetos, já na etapa de Habilitação.

É fundamental que todos as empresas proponentes observem se estão adimplentes junto à Ancine, ao FSA e ao BRDE, bem como regulares em relação aos Créditos Tributários Federais e ao CEIS – Cadastro Nacional de Empresa Inidôneas e Suspensas, além de outras eventuais exigências de regularidade contidas nos respectivos editais. Projetos de empresas inadimplentes não serão contemplados.

Evolução da coprodução

No período de 2009 a 2017, foram 116 obras em coprodução lançadas em cinema, sendo 22 apenas em 2017 – recorde da série histórica – um aumento de 69% em relação a 2016. Esse crescimento foi impulsionado por editais específicos destinados à coprodução, especialmente com países da América Latina. Tal política de estímulo resultou em coproduções premiadas com a Argentina (“Zama”), Paraguai (“As herdeiras”), Chile (“Violeta foi para o céu”) e Colômbia (“La Playa”), por exemplo.

A conjugação destas ações se traduz numa cinematografia diversa e plural que tem alcançado excelentes resultados também no exterior, estando cada vez mais presente nos principais festivais e mercados internacionais.

 

Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial da Cultura
Ministério da Cidadania

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