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MinC estabelece regras para as ações afirmativas e acessibilidades na Lei Paulo Gustavo

Instrução Normativa foi publicada no dia 11 de agosto

MinC estabelece regras para as ações afirmativas e acessibilidades na Lei Paulo Gustavo

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Foto: Filipe Araújo/ MinC

Todos os editais de fomento realizados com recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG) devem garantir cotas étnicas e raciais, sendo, no mínimo, 20% das vagas para pessoas negras e 10% para pessoas indígenas. A medida consta na Instrução Normativa (IN) Nº 5, publicada no dia 11 de agosto, pelo Ministério da Cultura (MinC), no Diário Oficial da União (DOU). O documento dispõe sobre regras e procedimentos para implementação de ações afirmativas e medidas de acessibilidade previstas no artigo 17 da LPG.

“Hoje é um dia de muita celebração. É um grande avanço ter esta IN para explicar e tirar as dúvidas que muita gente traz acerca de como efetivar o que diz a LPG sobre ações afirmativas e acessibilidade”, afirma a assessora de Participação Social e Diversidade do MinC, Mariana Braga.

O documento apresenta mecanismos de estímulo, pelos entes federativos, à participação e protagonismo de agentes culturais e equipes, compostas por pessoas e grupos minorizados socialmente, como mulheres, pessoas negras, pessoas indígenas, comunidades tradicionais, inclusive de terreiro e quilombolas, populações nômades e povos ciganos, pessoas LGBTQIAP+, pessoas com deficiência, pessoas idosas, em situação de rua e outros – regras já estabelecidas na Lei e no Decreto nº 11.525/2023.

Prevê ainda cotas para outros grupos sociais e outras ações afirmativas, como editais voltados a segmentos específicos e critérios diferenciados de pontuação, com o objetivo de valorizar e induzir propostas que contemplem ou tenham associação às políticas afirmativas, podendo ser aplicadas a pessoas físicas, jurídicas ou grupos e coletivos sem constituição jurídica.

De acordo com Mariana Braga, o mecanismo é fundamental para que os recursos da LPG alcancem grupos que, historicamente, têm menos acesso aos recursos públicos para desenvolver as suas ações e manifestações culturais.

“A Lei Paulo Gustavo tem essa atenção de estabelecer medidas que visam estimular o protagonismo, a criação e, principalmente, garantir que esses recursos sejam  acessados por fazedores de artes e cultura  pertencentes a  grupos que foram vulnerabilizados ao longo da história”, afirma Mariana.

Com isso, acredita, será estabelecida uma igualdade de fato, para neutralizar os efeitos negativos já vistos em outras iniciativas culturais.

Medidas

Os entes federativos podem publicar editais destinados, especificamente, a determinados territórios, povos, comunidades, grupos ou populações, em consonância com a realidade local. Bem como, os entes federativos podem estabelecer categorias específicas a determinados territórios, povos, comunidades, grupos ou populações, dentro dos editais de caráter geral.

Para as medidas de acessibilidade, a IN determina que os recursos necessários para sua implementação devem estar previstos nos custos do projeto desde a sua concepção, assegurados no mínimo 10% do valor do projeto. O texto também aponta procedimentos com relação às acessibilidades arquitetônicas, comunicacionais e atitudinais.

A IN também aponta medidas de descentralização, desconcentração territorial e regionalização, com a garantia de recursos para as cidades de menor porte e aos territórios e regiões de maior vulnerabilidade econômica ou social; como as periféricas; com menor Índice de Desenvolvimento Humano; com conjuntos e empreendimentos e programas habitacionais de interesse social promovidos pelo Governo Federal; assentamentos e acampamentos; com menor presença de espaços e equipamentos culturais públicos.

E para áreas com menor histórico de acesso aos recursos da política pública de cultura; zonas especiais de interesse social; territórios quilombolas, indígenas rurais; espaços comunitários de convivência, acolhimento e alimentação e, habitadas por pessoas em situação de vulnerabilidade econômica ou social.

Acesse aqui a íntegra da IN.

 Fonte: MinC

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ANCINE divulga investimentos de mais de R$ 1 bilhão para o setor audiovisual e anuncia novas ações para 2023

Medidas incluem a renovação da Cota de Tela

Em evento realizado no dia 23 de março, no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, para o lançamento do novo decreto de fomento à cultura, a Ministra da Cultura, Margareth Menezes anunciou investimentos no setor audiovisual brasileiro: “O campo cultural é muito diverso, abrigando desde dinâmicas comunitárias até empreendimentos econômicos de alta complexidade como o setor audiovisual. E hoje aqui, com o Presidente Lula, nós anunciamos R$ 1 bilhão para o audiovisual brasileiro e suas produções”.

A Ministra se referia a um conjunto de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA, gerenciados pela ANCINE, que estão prestes a ser aplicados no mercado audiovisual nos próximos meses, na forma de investimentos em projetos de filmes e em infraestrutura para as empresas brasileiras do setor.

A ANCINE deu início à contratação de mais de 250 projetos cinematográficos, de todas as regiões do Brasil, que chegarão às telas de cinema por conta de investimentos públicos superiores a R$ 450 milhões na atividade audiovisual brasileira. Ao todo foram avaliados mais de 1.400 projetos, apresentados nas seis Chamadas Públicas voltadas ao mercado de salas de cinema do FSA.

Com o objetivo de contemplar uma grande diversidade de projetos audiovisuais, empresas produtoras, e arranjos de negócio entre produtoras e distribuidoras, as seleções das Chamadas Públicas foram realizadas com objetivos específicos:

  • Complementação: seleção de propostas de longas-metragens para complementação do orçamento do projeto de produção e investimento na sua comercialização. O principal objetivo foi contemplar projetos que já estavam em processo avançado de captação, mas que ainda careciam de recursos para serem concluídos. As propostas contempladas irão receber recursos também para cobertura das despesas de comercialização, e com essa iniciativa espera-se acelerar a conclusão de filmes brasileiros para ocupação das salas de cinema num contexto pós pandemia.
  • Produção: seleção ampla de propostas para produção de longas-metragens, destacando a concorrência específica para projetos regionais. O principal objetivo foi acolher novos projetos voltados para cinema. Uma primeira etapa de avaliação envolveu os currículos (gerencial e desempenho comercial) das produtoras, diretores e distribuidoras envolvidos no projeto. Em seguida, a Comissão de Seleção avaliou os roteiros, o plano de negócios e o potencial para participação em mostras e festivais.
  • Coprodução Internacional: seleção de propostas para produção de longas-metragens que envolvam acordos de coprodução com diversos Países, estimulando parcerias internacionais e contribuindo para a difusão do filme brasileiro no exterior.
  • Via Distribuidora: seleção de propostas para produção de longas-metragens cujas proponentes são empresas distribuidoras brasileiras, com destinação de recursos específicos para produção e comercialização de filmes. Essa Chamada Pública objetiva ampliar a distribuição de filmes brasileiros a partir do fortalecimento das empresas distribuidoras, que podem utilizar os recursos recebidos para investir e adquirir direitos de distribuição de filmes brasileiros de produção independente, aumentando sua competitividade.
  • Novos Realizadores: seleção de propostas de longas-metragens que sejam produzidos por novos realizadores: diretores que tenham até uma obra de longa-metragem em seu currículo, e produtoras classificadas como nível 1 (um) ou 2 (dois) na ANCINE. Como resultado, espera-se estimular o surgimento e o desenvolvimento de novos profissionais na cadeia produtiva do audiovisual.
  • Desempenho Comercial: concessão de aporte financeiro às empresas distribuidoras brasileiras independentes, a partir do desempenho comercial de filmes nacionais lançados no período de 2019 a 2021. Nesse sentido, objetiva-se fortalecer as empresas distribuidoras, prestigiando sua performance comercial, e garantindo recursos para a produção e distribuição de novos filmes brasileiros. As empresas distribuidoras contempladas têm o prazo de 12 meses para destinar os recursos a projetos de produção de longas-metragens.

Para conhecer a lista de projetos contemplados e as análises por diversos recortes sobre a distribuição dos recursos, como por unidades e regiões federativas, por faixas de aporte e por tipos das obras, acesse o Informe dos Resultados das Chamadas Públicas de Cinema lançadas em 2022 produzido pela Secretaria de Financiamento da ANCINE.

Duas novas Chamadas Públicas serão lançadas no início do mês de abril

Mais R$ 163 milhões para filmes brasileiros independentes

Em reunião realizada no dia 24 de março, a Diretoria Colegiada da ANCINE aprovou o lançamento de duas novas Chamadas Públicas que, juntas, disponibilizam mais R$ 163 milhões em investimentos. A Chamada Pública Cinema – Produção vai destinar R$ 88 milhões para a seleção de propostas divididas em duas categorias (Nacional e Regional). Em paralelo, a Chamada Pública Cinema – Via Distribuidora, que recebe propostas de empresas do setor de distribuição, terá o montante de R$ 75 milhões, sendo R$ 50 milhões para investimento na produção das obras e R$ 25 milhões para investimentos na fase de comercialização.

A formulação das Chamadas levou em conta a experiência adquirida na execução das últimas Chamadas Públicas e contribuições apresentadas pelas entidades representativas da produção brasileira independente e pelos membros da Câmara Técnica de Produção. As duas novas Chamadas trazem aperfeiçoamentos, como a dispensa da exigência de aprovação para captação dos projetos inscritos, bastando o ato de solicitação no início do procedimento de contratação; a exclusão da nota mínima para classificação e da quantidade máxima de projetos classificados; e uma salvaguarda da classificação de projetos por região geográfica, de forma a garantir a ampla participação de interessados e o efetivo acesso à política pública de financiamento da atividade audiovisual.

A Diretoria Colegiada também decidiu que as Comissões de Seleção serão formadas por profissionais credenciados e remunerados, ampliando-se assim as possibilidades de participação setorial.

A ANCINE se comprometeu ainda a levar outras sugestões apresentadas pelos agentes do setor para a deliberação do Comitê Gestor do FSA, que se reunirá em maio para a definição dos parâmetros dos seus Plano de Investimento e Ação para 2023.

Investimentos em Infraestrutura e apoio aos pequenos exibidores

Novos estúdios, infraestrutura técnica e salas de cinema, além da preservação dos pequenos exibidores

Estão em fase de análise diversos projetos de impacto na infraestrutura do setor audiovisual. São resultado das linhas de crédito do Fundo Setorial do Audiovisual, no valor total de R$ 387 milhões, lançadas para estimular o crescimento da atividade audiovisual brasileira.

A iniciativa faz parte da estratégia do FSA, cujo foco são investimentos na cadeia produtiva do audiovisual, para geração de emprego, renda e inclusão, especialmente no momento de retomada das atividades após a pandemia de COVID-19. São investimentos em produções independentes para cinema, televisão e plataformas de streaming e, de forma inovadora, o financiamento de novas tecnologias, infraestrutura e capital de giro das empresas.

O objetivo é estimular o empreendedorismo e o desenvolvimento das atividades audiovisuais, ampliando as possibilidades de criação e produção de conteúdo. Os novos investimentos ainda previnem a escassez de equipamentos e de mão-de-obra especializada, garantindo um ambiente favorável à produção brasileira.

As linhas estão estruturadas em três modalidades, cada uma com diferentes condições de enquadramento, custos financeiros e limites de aporte, conforme resumido abaixo.

  • Infraestrutura: Esta modalidade tem como itens financiáveis a implementação, modernização e expansão de ativos necessários à produção, pós-produção, distribuição, programação, exibição e comercialização de conteúdo audiovisual no Brasil. Serão concedidos aportes no valor mínimo de R$ 500 mil, com custo financeiro equivalente à Taxa Referencial acrescido de 4% ao ano, e prazo para pagamento de até 10 anos, com carência de até 24 meses.
  • Novas Tecnologias, Inovação e Acessibilidade: Nesta modalidade são itens financiáveis os investimentos necessários para a implementação de projetos de modernização e expansão de ativos que representem desenvolvimento e atualização tecnológica, podendo incluir a aquisição de equipamentos importados e a contratação de serviços. Também são financiáveis os investimentos para o desenvolvimento de soluções de acessibilidade. Serão concedidos aportes em valores entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões, com custo financeiro equivalente à Taxa Referencial acrescido de 0,5% ao ano, e prazo para pagamento de até 10 anos, com carência de até 24 meses.
  • Capital de Giro: Esta modalidade considera como itens financiáveis as despesas com folha de pagamento, fornecedores e demais despesas operacionais para a manutenção da atividade fim das empresas, bem como o desenvolvimento e a produção de conteúdo audiovisual brasileiro; a adaptação de obras audiovisuais brasileiras a novos formatos; o desenvolvimento de jogos eletrônicos; a comercialização de obras audiovisuais em salas de exibição e canais de distribuição; a programação, inclusive o licenciamento de conteúdo, e o empacotamento de conteúdo audiovisual. Serão efetuados aportes no valor mínimo de R$ 500 mil, com custo financeiro equivalente à Taxa Referencial acrescido de 8% ao ano, e prazo para pagamento de até 5 anos, com carência de até 12 meses.

Para que mais obras brasileiras ocupem as salas de cinema, é preciso que o setor de exibição cinematográfica, notadamente um dos mais afetados pela pandemia, também esteja fortalecido. As projeções apontam para uma constante e progressiva recuperação das salas de cinema.

Com o objetivo de amenizar as dívidas das salas de cinema de pequeno porte, garantindo a manutenção destes empreendimentos, o Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual aprovou o lançamento da 2ª edição do PEAPE – Programa Especial de Apoio ao Pequeno Exibidor. Serão destinados R$ 6 milhões do FSA, na modalidade de apoio financeiro não reembolsável para empresas com até 10 salas de exibição. Os recursos deverão abater despesas realizadas ou adquiridas no processo de digitalização e a expectativa é de que pelo menos 150 empresas sejam contempladas em todas as regiões do País.

O Chamamento público está programado para a segunda quinzena do mês de abril.

Cota de Tela

Regulação para ampliação da participação do conteúdo brasileiro

Anunciados os investimentos na produção independente e na infraestrutura do setor, tornam-se imprescindíveis os instrumentos regulatórios para garantia da circulação das obras audiovisuais independentes, e para que haja um aumento do Market Share das produções brasileiras no mercado.

De acordo com Informe divulgado pela ANCINE em 2022, o market share do cinema nacional foi abaixo da média histórica. Sem lançamentos com mais de um milhão de público, a participação relativa dos filmes brasileiros total foi de 4,2% do público e 3,9% da renda, com o mercado mais uma vez dominado pelos blockbusters internacionais.

Em 75% das semanas de 2018 e 2019 o percentual de sessões nacionais era de cerca de 20%. Em 2022, esse mesmo percentual de semanas não teve mais de 14% das sessões dedicadas a filmes nacionais. Paralelamente, ainda em 2022, 25% das semanas contaram com mais de 98% das sessões dedicadas a filmes estrangeiros e em metade das semanas do ano essa ocupação foi de mais de 90% das sessões. Se em 2018 e 2019 as 20 obras estrangeiras de maior público responderam por 42,6% e 46,4% das sessões programadas, em 2021 e 2022 esses patamares saltaram para próximo de 60%.

De outro lado, de 2021 para 2022 registrou-se um aumento significativo de 263% no total de sessões realizadas com obras brasileiras, que responderam por 8,6% do total, ficando evidente o potencial de recuperação do cinema brasileiro.

Monitorando esse cenário, a ANCINE estabeleceu como uma das iniciativas prioritárias, na Agenda Regulatória 2023/2024, a renovação da Cota de Tela para filmes brasileiros nas salas de cinema.

A partir de estudos que mostram os bons resultados do instrumento regulatório, e pelo reconhecimento de sua constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, a Agência propõe que as questões relativas à Cota de Tela sejam tratadas por meio da formulação de nova propositura legislativa.

A proposta da ANCINE, elaborada a partir de debates com o setor e avaliações técnicas, foi apresentada pela Secretaria de Regulação e discutida pelos membros da Câmara Técnica de Exibição na reunião de fevereiro deste ano. Acesse aqui a apresentação.

Na apresentação a ANCINE resumiu os argumentos e as proposições de melhorias para o instrumento regulatório, que incluiriam ainda o estabelecimento de instrumentos adicionais que inibam a concentração e a ocupação predatória de salas, garantindo a diversidade de títulos e a exposição de obras nacionais.

A expectativa da Agência é que a renovação da Cota de Tela seja também uma oportunidade de reiterar a importância do instrumento, aperfeiçoando-o e atualizando-o em consonância com as mudanças vivenciadas no setor audiovisual.

A ANCINE defende a previsão do cumprimento da obrigação por sessões cinematográficas e não por dias, adaptando-se ao modelo de multiprogramação, legado do processo de digitalização do parque exibidor brasileiro, como apontado por Análise de Impacto Regulatório – AIR realizada pela Agência em 2017. Com esta alteração, a Agência espera que lançamentos menores conquistem mais espaço nas salas de exibição, alcançando mais espectadores, e elevando o market share dos filmes brasileiros.

Também avaliados positivamente na AIR, a ANCINE entende como necessário o tratamento regulatório dos estímulos à programação de filmes brasileiros nas sessões de horário nobre; de possíveis limitações no número de sessões que podem ser ocupadas por uma mesma obra audiovisual num dado complexo; da possibilidade da fixação de um número mínimo de títulos diferentes por complexos para cumprimento da obrigação; e da regra da dobra.

A ANCINE defende ainda uma maior autonomia para a definição dos parâmetros anuais para o cumprimento das obrigações, com base na experiência acumulada desde a sua criação.

Outras ações

Regulação e novos investimentos para TV/VoD

Além da proposta legislativa para a renovação da Cota de Tela, buscando a ampliação e a maior participação do conteúdo brasileiro independente nas diversas janelas de exibição, a ANCINE estabeleceu, dentre as ações prioritárias previstas em sua Agenda Regulatória, a elaboração de proposta de tratamento legislativo para renovação da “Cota de Programação”, prevista na Lei n° 12.485/2011; e a regulamentação da obrigatoriedade da prestação de informações à ANCINE pelos agentes econômicos do segmento de Vídeo por Demanda, para aferição da presença de conteúdo brasileiro e do volume de investimentos na produção brasileira e brasileira independente.

Em paralelo, dando continuidade aos investimentos na produção audiovisual brasileira independente, os resultados de três Chamadas Públicas para TV/VoD estão em fase final para divulgação, representando um investimento de R$ 200 milhões no segmento. Concluídos os resultados, a ANCINE lança a nova Chamada Pública Produção TV/VoD, aprovada no Plano de Ação 2022 pelo Comitê Gestor do FSA, no valor de R$ 90 milhões, totalizando R$ 290 milhões em investimentos na produção independente para televisão.

Novo Plano de Ação de Chamadas Públicas para 2023

Mais investimentos para o setor

No início de maio o Comitê Gestor do FSA deve se reunir para a definição dos parâmetros dos seus Plano de Investimento e Ação para 2023, tendo em conta o orçamento para o ano e as novas disponibilidades financeiras para investimento no setor audiovisual.

Fonte: Ancine

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MinC lança maior edital literário do país para mulheres e homenageia Carolina Maria de Jesus

Serão premiadas 40 obras inéditas com um montante de R$ 2 milhões

Homenageando uma das mais importantes escritoras brasileiras, o Ministério da Cultura (MinC) lança nesta quarta-feira (5) o Prêmio Carolina Maria de Jesus de Literatura Produzida por Mulheres 2023. A iniciativa irá agraciar 40 obras inéditas escritas por mulheres com um valor total de R$ 2 milhões, sendo R$ 50 mil para cada escritora, o que torna a premiação literária a maior do país.

O evento de lançamento acontece a partir de 10h no Salão Oeste do Palácio do Planalto e contará com a presença da filha de Carolina Maria de Jesus, Vera Eunice de Jesus, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e do Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macêdo.

O Edital Prêmio, anunciado no dia 8 de março, foi publicado hoje no Diário Oficial da União e as inscrições serão abertas no dia 12 de abril. Poderão concorrer contos, crônicas, poesias, histórias em quadrinhos, romances e roteiros de teatro redigidos em português do Brasil e a intenção é fomentar atividades relacionadas à promoção da literatura brasileira produzida por mulheres, valorizar autoras nacionais e incentivar a qualidade literária por meio da realização de concurso.

“Esse Edital é estratégico, pois incentiva a produção literária feminina, amplia a diversidade na literatura e, consequentemente, a diversidade cultural. Além disso, o apoio a escritoras é fundamental para o fortalecimento da cadeia produtiva do livro e o fomento da leitura a partir da seleção de obras de qualidade chancelada pelo Ministério da Cultura”, destacou a ministra Margareth Menezes.

Das 40 obras a serem premiadas, 20% (8) deverão ser de mulheres negras, 10% (4) para mulheres indígenas, 10% (4) para mulheres com deficiência, 5% (2) para mulheres ciganas e 5% (2) para mulheres quilombolas. A Comissão de Seleção também será composta apenas por mulheres, seis no total.

“O Edital é importante porque ele se orienta pelas diretrizes do governo Lula de promoção da diversidade de gênero e étnica, bem como da cidadania e acessibilidade cultural. Ele celebra o nome de Carolina Maria de Jesus para promover a literatura brasileira escrita por mulheres, fomenta os processos de criação e difusão literária numa perspectiva de políticas afirmativas. Além disso, será o primeiro edital do MinC em linguagem simples, direito visual e design editorial, podendo ser um elemento orientador para outros editais”, destaca o secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba.

De acordo com pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, coletivo de pesquisadores vinculado à Universidade de Brasília (UnB), mais de 70% dos livros publicados por grandes editoras brasileiras entre os anos de 1965 e 2014 foram escritos por homens. Os dados também mostram que 90% das obras literárias foram escritas por brancos e pelo menos a metade dos autores é originária do eixo Rio de Janeiro/São Paulo.

O prêmio é uma ação da Secretaria de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, por meio da  Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas. Ele atende aos princípios e às diretrizes do Plano Nacional do Livro e Leitura e da Política Nacional de Leitura e Escrita.

Edital inovador

O Edital do Prêmio Carolina Maria de Jesus é o primeiro a ser construído com aplicação de linguagem simples, direito visual e design editorial, o que o torna mais acessível e inclusivo. O documento em formato inovador é resultado de uma parceria do Ministério da Cultura (MinC) com o ÍRIS | Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará.

As técnicas utilizadas têm o objetivo de facilitar o acesso às informações para cidadãs e cidadãos, com recursos para melhorar a experiência de leitura dos usuários, a exemplo de uma página de abertura convidativa e que conversa diretamente com o público-alvo; de tópicos clicáveis na versão digital; do uso de recursos visuais; e de uma página com o fluxo de todo o processo, desde o período de inscrição até o resultado final. O edital parte dos princípios da acessibilidade, do direito ao atendimento e da facilidade de compreensão como inovações e nova abordagem na entrega do valor público.

Será veiculada uma versão que evita termos técnicos, jargões jurídicos, estrangeirismos e siglas sem explicar o significado. Com tudo isso, o Ministério pretende democratizar o acesso do público às informações e às oportunidades, além de facilitar o entendimento da comunicação escrita do governo como um diálogo para o exercício da cidadania.

Inscrições

As inscrições são gratuitas e deverão ser realizadas no período de 12 de abril a 10 de junho de 2023, exclusivamente por meio do sistema Mapas Culturais, pelo link: https://mapas.cultura.gov.br/oportunidade/2017. A candidata deverá inscrever apenas uma obra inédita em apenas uma categoria. Não poderá haver, em nenhuma parte do texto, a indicação da autora, o que será motivo de desclassificação.

Carolina Maria de Jesus

O título do Prêmio homenageia uma das mais importantes escritoras brasileiras do século 20: Carolina Maria de Jesus. Mulher negra, periférica, mãe solteira, catadora de material reciclável e autora de obras reconhecidas dentro e fora do País. Em seu primeiro livro, Quarto de despejo: o diário de uma favelada, publicado em 1960, Carolina demarca questões sociais, resistência e a paixão por escrever. A obra foi traduzida em 13 línguas e vendida em mais de 40 países.

Carolina também foi cantora e compositora, revelou em sambas e marchinhas a sua luta política e cultural. Sua arte também mostrava o cuidado, o amor e a garra para criar seus três filhos: João José de Jesus, José Carlos de Jesus e Vera Eunice de Jesus Lima, que estará presente no lançamento da premiação.

Nascida em Sacramento, Minas Gerais, em 14 de março de 1914, Carolina é autora, dentre outras publicações, dos livros Casa de alvenaria: diário de uma ex-favelada; Provérbios; Pedaços da fome e Diário de Bitita. Faleceu aos 62 anos, em 13 de fevereiro de 1977.

Fonte: Ministério da Cultura

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Iberescena convida profissionais de artes cênicas para responder pesquisa on-line

Registro do espetáculo ‘TA – Sobre ser Grande’, do Amazonas, que participou do 2º do Festival Acessibilidança Virtual (Fotografia: Michael Dantas / Divulgação – Edição: CCOM Funarte)

Consulta fica aberta até 14 de abril, com o objetivo de definir necessidades e desafios de mobilidade e internacionalização

O Iberescena – Fundo de Apoio para as Artes Cênicas Ibero-americanas está realizando uma pesquisa on-line direcionada a artistas, gestores e organizações profissionais das artes cênicas (teatro, dança, circo, artes da presença e/ou disciplinas derivadas). Intitulada O futuro da mobilidade das Artes Cênicas na Ibero-américa, a consulta fica aberta até o dia 14 de abril e está disponível aqui, neste link. O objetivo é levantar a situação e os desafios de mobilidade e internacionalização ibero-americana das artes cênicas.

O questionário é voltado a agentes da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai.

A iniciativa é um projeto especial da Comissão Estratégica de trabalho vinculada ao estudo de mobilidade e internacionalização, estabelecido pelo Programa Iberescena de forma permanente após a criação do seu Plano Estratégico Quadrienal 2022-2025. Considerando o contexto pandêmico, espera-se obter informação fundamental sobre o panorama em que vivem diferentes agentes das artes cênicas.

O projeto especial foi aprovado pelo Conselho Intergovernamental do Iberescena na última XXXIII Reunião de Montevidéu e compreende diversas fases de trabalho ao longo dos próximos anos, lideradas pelos representantes do Chile e Panamá e pela Unidade Técnica do Programa, bem como por um representante da Plataforma Ibero-americana de Dança (PID).

Dúvidas sobre a pesquisa on-line podem ser encaminhadas ao e-mail proyectosespeciales@iberescena.org.

Sobre o Iberescena 

O Iberescena completa 17 anos em 2023, buscando estimular o fomento e a integração das atividades de circo, dança, teatro e performance na região Ibero-Americana. O programa foi reconhecido na Cúpula de Montevidéu de 2006, “com o objetivo de potencializar a promoção da nossa diversidade cultural e o desenvolvimento das artes cênicas da região”. No Brasil, o programa é representado pela Fundação Nacional de Artes – Funarte.

Fonte: Funarte

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ATG traz o melhor da comida mineira, pega a estrada com a Caravana Sinos e continua com as oficinas do Acessibilifolia

Iniciativa da Funarte, em parceria com a UFRJ, apresenta atividades presenciais no Rio de Janeiro e em Florianópolis

ATG

Arte de Toda Gente: imagem divulgação.

Chegamos na terceira semana das atividades carnavalescas do Acessibilifolia, no Teatro Cacilda Becker, no Catete, Rio de Janeiro. Além disso, teremos vídeos do Bossa Criativa Belo Horizonte, com uma deliciosa receita de feijão tropeiro da cozinheira Maria da Consolação de Souza; e outro da oficina de Bonecos com o grupo Giramundo. No Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos), haverá concerto com Trio 3 por 8, no Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro. A “Caravana Sinos” vai até Florianópolis (SC) para realizar cursos de capacitação na Universidade do Estado de Santa Catarina. Ainda tem novidade na internet, com novos vídeos do projeto Grande EnCIRCOpédia.

O programa Arte de Toda Gente (ATG) é realizado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), que conta com a parceria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a curadoria de sua Escola de Música. Confira os detalhes da programação, a seguir:

Mostra Bossa Criativa

A Mostra Bossa Criativa permanece oferecendo atrações de artes integradas, sempre com entrada gratuita. A programação em Belo Horizonte está de dar água na boca. No dia 19 de abril (terça-feira), será exibido um vídeo da cozinheira Maria da Consolação de Souza, mais conhecida como Lia. Ela tem 52 anos e cozinha desde criança. No feriado de Tiradentes, em 21 de abril, a mostra também disponibiliza um vídeo de Oficina de Bonecos com o grupo Giramundo, às 18h. Ambos podem ser acompanhados pelo canal do Youtube do Arte de Toda Gente.

Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos)

No Rio de Janeiro, será a vez do Trio 3 por 8 se apresentar no palco do Teatro Dulcina, no dia 20 de abril, quarta-feira, às 19h. Formado pelos multi-instrumentistas Eduardo Antonello, Pedro Hasselmann e Roger Lagr, o trio compartilha um rico e exótico universo musical, que instiga a curiosidade do público por repertórios e timbres igualmente variados. Para o concerto, eles vão selecionar obras medievais, renascentistas e sonatas barrocas.  Para acompanhar de casa, tem a terceira temporada do Concerto Sinos, na sexta-feira (22/4), às 18h, com o Conjunto Sacra Vox e a Orquestra Sinfônica da UFRJ.

A programação continua, nos dias 22,23 e 24 de abril, com a “Caravana Sinos”, que pega a estrada e aporta em Florianópolis (SC) com cursos de capacitação de professores, monitores, alunos, instrumentistas e regentes das orquestras dos projetos sociais. Durante três dias, serão oferecidas oficinas do Curso de Pedagogia das Cordas. As atividades acontecem na sede da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e terão à frente do projeto, as professoras Carla Rincón e Simone dos Santos (pedagogia); os professores João Titton (violino); Leonardo Piermartini (viola); Hans Twichell (violoncelo) e Maurício Souza (contrabaixo). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site https://caravana.sinos.art.br

EnCIRCOpédia Virtual do Circo no Brasil, pelo projeto Bossa Criativa

Criado pela UFRJ, o projeto Bossa Criativa, contempla, entre outras linguagens artísticas, a arte circense. Integrando o projeto, mais de 80 circos distribuídos por vários estados do país que possuem o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Os circenses são os colaboradores da Grande EnCIRCOpédia Virtual do Circo no Brasil, inspirada no livro homônimo da pesquisadora e curadora Sula Mavrudis.  No dia 22 de abril, sexta-feira, teremos episódios novos do projeto, às 18h.

Um Novo Olhar (UNO)

No mês de abril, o projeto Um Novo Olhar (UNO) promove o  Festival Acessibilifolia no Teatro Cacilda Becker, no Rio.  A agenda contempla oficinas, rodas de conversa e apresentações musicais, tendo como tema a acessibilidade no carnaval carioca. As ações serão todas presenciais e gratuitas. Veja a programação desta semana:

19/4 (terça-feira) – Oficina de Adereços e Alegorias da Orquestra Voadora (oficinas com inscrições prévias, realizadas somente para inscritos), às 16h.

20/4 (quarta-feira) – Roda de Conversa Cultura, Folia e Loucura (roda de conversa aberta ao público), às 19h.

Para conhecer mais detalhes sobre esses e outros cursos que serão oferecidos pela Academia Arte de Toda Gente, acesse a página principal https://artedetodagente.com.br/

Programa Arte de Toda Gente 

Realização: Fundação Nacional de Artes – Funarte | Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Curadoria: Escola de Música da UFRJ

 

Cultura, Artes, História e Esportes

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Arte de Toda Gente recebe Mostra, oficinas de instrumentos e Acessibilifolia Evento conta com atividades online entre os dias 01 e 06 de fevereiro

Academia Virtual Arte de Toda Gente oferece cursos gratuito de instrumentos (Crédito: Divulgação)

Asemana do Arte de Toda Gente começa agitada! Entre os dias 01 e 06 de fevereiro de 2022 o programa da Fundação Nacional de Artes – Funarte em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ recebe mais uma leva de vídeos da Mostra Virtual Bossa Criativa – Ouro Preto, estreia os projetos Acessibilifolia e ainda, abre as inscrições da Academia Virtual Arte de Toda Gente que oferece oficinas de instrumentos. Vale lembrar que todos os eventos são gratuitos.

O programa Arte de Toda Gente é realizado em parceria entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Inclui os projetos Bossa Criativa, Um Novo Olhar (UNO) e Sistema Nacional de Orquestras Sociais (UNO).

Conheça a programação desta semana:

Mostra Virtual Bossa Criativa – Ouro Preto

Nos dias 01 e 02 de fevereiro de 2022, às 18h, acontece no canal do YouTube do Arte de Toda Gente a Mostra Virtual Bossa Criativa – Ouro Preto, que reúne em 12 vídeos mais de 50 artistas e agentes culturais que atuam nesta cidade histórica que é uma das mais conhecidas do Brasil. A estreia aconteceu no dia 25 de janeiro e seguirá ao longo das próximas semanas com conteúdos que buscam apresentar um panorama variado da arte e da cultura local por seus próprios criadores. A cada semana serão liberados dois novos documentários e o desta semana se intitula A palavra visual, dedicado à poesia, artes gráficas, literatura, performance e audiovisual com os artistas Guilherme Mansur e Julliano Mendes. A Curadoria da Mostra Virtual Bossa Criativa – Ouro Preto é realizada pela Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), e traz na equipe curatorial, Rachel Falcão e Ana Célia Teixeira. O registro em vídeo (1ª montagem e 1ª edição) foi feito por Ricardo Macêdo, enquanto a coordenação geral pela FAOP é de Rachel Falcão.

Mostra Virtual Bossa Criativa – Ouro Preto

Dias 01 e 02 de fevereiro de 2022 l Horário: 18h

Evento gratuito

Classificação etária: Livre

Disponível em: https://www.youtube.com/ArteDeTodaGente/

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