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ANCINE divulga investimentos de mais de R$ 1 bilhão para o setor audiovisual e anuncia novas ações para 2023

Medidas incluem a renovação da Cota de Tela

Em evento realizado no dia 23 de março, no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, para o lançamento do novo decreto de fomento à cultura, a Ministra da Cultura, Margareth Menezes anunciou investimentos no setor audiovisual brasileiro: “O campo cultural é muito diverso, abrigando desde dinâmicas comunitárias até empreendimentos econômicos de alta complexidade como o setor audiovisual. E hoje aqui, com o Presidente Lula, nós anunciamos R$ 1 bilhão para o audiovisual brasileiro e suas produções”.

A Ministra se referia a um conjunto de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA, gerenciados pela ANCINE, que estão prestes a ser aplicados no mercado audiovisual nos próximos meses, na forma de investimentos em projetos de filmes e em infraestrutura para as empresas brasileiras do setor.

A ANCINE deu início à contratação de mais de 250 projetos cinematográficos, de todas as regiões do Brasil, que chegarão às telas de cinema por conta de investimentos públicos superiores a R$ 450 milhões na atividade audiovisual brasileira. Ao todo foram avaliados mais de 1.400 projetos, apresentados nas seis Chamadas Públicas voltadas ao mercado de salas de cinema do FSA.

Com o objetivo de contemplar uma grande diversidade de projetos audiovisuais, empresas produtoras, e arranjos de negócio entre produtoras e distribuidoras, as seleções das Chamadas Públicas foram realizadas com objetivos específicos:

  • Complementação: seleção de propostas de longas-metragens para complementação do orçamento do projeto de produção e investimento na sua comercialização. O principal objetivo foi contemplar projetos que já estavam em processo avançado de captação, mas que ainda careciam de recursos para serem concluídos. As propostas contempladas irão receber recursos também para cobertura das despesas de comercialização, e com essa iniciativa espera-se acelerar a conclusão de filmes brasileiros para ocupação das salas de cinema num contexto pós pandemia.
  • Produção: seleção ampla de propostas para produção de longas-metragens, destacando a concorrência específica para projetos regionais. O principal objetivo foi acolher novos projetos voltados para cinema. Uma primeira etapa de avaliação envolveu os currículos (gerencial e desempenho comercial) das produtoras, diretores e distribuidoras envolvidos no projeto. Em seguida, a Comissão de Seleção avaliou os roteiros, o plano de negócios e o potencial para participação em mostras e festivais.
  • Coprodução Internacional: seleção de propostas para produção de longas-metragens que envolvam acordos de coprodução com diversos Países, estimulando parcerias internacionais e contribuindo para a difusão do filme brasileiro no exterior.
  • Via Distribuidora: seleção de propostas para produção de longas-metragens cujas proponentes são empresas distribuidoras brasileiras, com destinação de recursos específicos para produção e comercialização de filmes. Essa Chamada Pública objetiva ampliar a distribuição de filmes brasileiros a partir do fortalecimento das empresas distribuidoras, que podem utilizar os recursos recebidos para investir e adquirir direitos de distribuição de filmes brasileiros de produção independente, aumentando sua competitividade.
  • Novos Realizadores: seleção de propostas de longas-metragens que sejam produzidos por novos realizadores: diretores que tenham até uma obra de longa-metragem em seu currículo, e produtoras classificadas como nível 1 (um) ou 2 (dois) na ANCINE. Como resultado, espera-se estimular o surgimento e o desenvolvimento de novos profissionais na cadeia produtiva do audiovisual.
  • Desempenho Comercial: concessão de aporte financeiro às empresas distribuidoras brasileiras independentes, a partir do desempenho comercial de filmes nacionais lançados no período de 2019 a 2021. Nesse sentido, objetiva-se fortalecer as empresas distribuidoras, prestigiando sua performance comercial, e garantindo recursos para a produção e distribuição de novos filmes brasileiros. As empresas distribuidoras contempladas têm o prazo de 12 meses para destinar os recursos a projetos de produção de longas-metragens.

Para conhecer a lista de projetos contemplados e as análises por diversos recortes sobre a distribuição dos recursos, como por unidades e regiões federativas, por faixas de aporte e por tipos das obras, acesse o Informe dos Resultados das Chamadas Públicas de Cinema lançadas em 2022 produzido pela Secretaria de Financiamento da ANCINE.

Duas novas Chamadas Públicas serão lançadas no início do mês de abril

Mais R$ 163 milhões para filmes brasileiros independentes

Em reunião realizada no dia 24 de março, a Diretoria Colegiada da ANCINE aprovou o lançamento de duas novas Chamadas Públicas que, juntas, disponibilizam mais R$ 163 milhões em investimentos. A Chamada Pública Cinema – Produção vai destinar R$ 88 milhões para a seleção de propostas divididas em duas categorias (Nacional e Regional). Em paralelo, a Chamada Pública Cinema – Via Distribuidora, que recebe propostas de empresas do setor de distribuição, terá o montante de R$ 75 milhões, sendo R$ 50 milhões para investimento na produção das obras e R$ 25 milhões para investimentos na fase de comercialização.

A formulação das Chamadas levou em conta a experiência adquirida na execução das últimas Chamadas Públicas e contribuições apresentadas pelas entidades representativas da produção brasileira independente e pelos membros da Câmara Técnica de Produção. As duas novas Chamadas trazem aperfeiçoamentos, como a dispensa da exigência de aprovação para captação dos projetos inscritos, bastando o ato de solicitação no início do procedimento de contratação; a exclusão da nota mínima para classificação e da quantidade máxima de projetos classificados; e uma salvaguarda da classificação de projetos por região geográfica, de forma a garantir a ampla participação de interessados e o efetivo acesso à política pública de financiamento da atividade audiovisual.

A Diretoria Colegiada também decidiu que as Comissões de Seleção serão formadas por profissionais credenciados e remunerados, ampliando-se assim as possibilidades de participação setorial.

A ANCINE se comprometeu ainda a levar outras sugestões apresentadas pelos agentes do setor para a deliberação do Comitê Gestor do FSA, que se reunirá em maio para a definição dos parâmetros dos seus Plano de Investimento e Ação para 2023.

Investimentos em Infraestrutura e apoio aos pequenos exibidores

Novos estúdios, infraestrutura técnica e salas de cinema, além da preservação dos pequenos exibidores

Estão em fase de análise diversos projetos de impacto na infraestrutura do setor audiovisual. São resultado das linhas de crédito do Fundo Setorial do Audiovisual, no valor total de R$ 387 milhões, lançadas para estimular o crescimento da atividade audiovisual brasileira.

A iniciativa faz parte da estratégia do FSA, cujo foco são investimentos na cadeia produtiva do audiovisual, para geração de emprego, renda e inclusão, especialmente no momento de retomada das atividades após a pandemia de COVID-19. São investimentos em produções independentes para cinema, televisão e plataformas de streaming e, de forma inovadora, o financiamento de novas tecnologias, infraestrutura e capital de giro das empresas.

O objetivo é estimular o empreendedorismo e o desenvolvimento das atividades audiovisuais, ampliando as possibilidades de criação e produção de conteúdo. Os novos investimentos ainda previnem a escassez de equipamentos e de mão-de-obra especializada, garantindo um ambiente favorável à produção brasileira.

As linhas estão estruturadas em três modalidades, cada uma com diferentes condições de enquadramento, custos financeiros e limites de aporte, conforme resumido abaixo.

  • Infraestrutura: Esta modalidade tem como itens financiáveis a implementação, modernização e expansão de ativos necessários à produção, pós-produção, distribuição, programação, exibição e comercialização de conteúdo audiovisual no Brasil. Serão concedidos aportes no valor mínimo de R$ 500 mil, com custo financeiro equivalente à Taxa Referencial acrescido de 4% ao ano, e prazo para pagamento de até 10 anos, com carência de até 24 meses.
  • Novas Tecnologias, Inovação e Acessibilidade: Nesta modalidade são itens financiáveis os investimentos necessários para a implementação de projetos de modernização e expansão de ativos que representem desenvolvimento e atualização tecnológica, podendo incluir a aquisição de equipamentos importados e a contratação de serviços. Também são financiáveis os investimentos para o desenvolvimento de soluções de acessibilidade. Serão concedidos aportes em valores entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões, com custo financeiro equivalente à Taxa Referencial acrescido de 0,5% ao ano, e prazo para pagamento de até 10 anos, com carência de até 24 meses.
  • Capital de Giro: Esta modalidade considera como itens financiáveis as despesas com folha de pagamento, fornecedores e demais despesas operacionais para a manutenção da atividade fim das empresas, bem como o desenvolvimento e a produção de conteúdo audiovisual brasileiro; a adaptação de obras audiovisuais brasileiras a novos formatos; o desenvolvimento de jogos eletrônicos; a comercialização de obras audiovisuais em salas de exibição e canais de distribuição; a programação, inclusive o licenciamento de conteúdo, e o empacotamento de conteúdo audiovisual. Serão efetuados aportes no valor mínimo de R$ 500 mil, com custo financeiro equivalente à Taxa Referencial acrescido de 8% ao ano, e prazo para pagamento de até 5 anos, com carência de até 12 meses.

Para que mais obras brasileiras ocupem as salas de cinema, é preciso que o setor de exibição cinematográfica, notadamente um dos mais afetados pela pandemia, também esteja fortalecido. As projeções apontam para uma constante e progressiva recuperação das salas de cinema.

Com o objetivo de amenizar as dívidas das salas de cinema de pequeno porte, garantindo a manutenção destes empreendimentos, o Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual aprovou o lançamento da 2ª edição do PEAPE – Programa Especial de Apoio ao Pequeno Exibidor. Serão destinados R$ 6 milhões do FSA, na modalidade de apoio financeiro não reembolsável para empresas com até 10 salas de exibição. Os recursos deverão abater despesas realizadas ou adquiridas no processo de digitalização e a expectativa é de que pelo menos 150 empresas sejam contempladas em todas as regiões do País.

O Chamamento público está programado para a segunda quinzena do mês de abril.

Cota de Tela

Regulação para ampliação da participação do conteúdo brasileiro

Anunciados os investimentos na produção independente e na infraestrutura do setor, tornam-se imprescindíveis os instrumentos regulatórios para garantia da circulação das obras audiovisuais independentes, e para que haja um aumento do Market Share das produções brasileiras no mercado.

De acordo com Informe divulgado pela ANCINE em 2022, o market share do cinema nacional foi abaixo da média histórica. Sem lançamentos com mais de um milhão de público, a participação relativa dos filmes brasileiros total foi de 4,2% do público e 3,9% da renda, com o mercado mais uma vez dominado pelos blockbusters internacionais.

Em 75% das semanas de 2018 e 2019 o percentual de sessões nacionais era de cerca de 20%. Em 2022, esse mesmo percentual de semanas não teve mais de 14% das sessões dedicadas a filmes nacionais. Paralelamente, ainda em 2022, 25% das semanas contaram com mais de 98% das sessões dedicadas a filmes estrangeiros e em metade das semanas do ano essa ocupação foi de mais de 90% das sessões. Se em 2018 e 2019 as 20 obras estrangeiras de maior público responderam por 42,6% e 46,4% das sessões programadas, em 2021 e 2022 esses patamares saltaram para próximo de 60%.

De outro lado, de 2021 para 2022 registrou-se um aumento significativo de 263% no total de sessões realizadas com obras brasileiras, que responderam por 8,6% do total, ficando evidente o potencial de recuperação do cinema brasileiro.

Monitorando esse cenário, a ANCINE estabeleceu como uma das iniciativas prioritárias, na Agenda Regulatória 2023/2024, a renovação da Cota de Tela para filmes brasileiros nas salas de cinema.

A partir de estudos que mostram os bons resultados do instrumento regulatório, e pelo reconhecimento de sua constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, a Agência propõe que as questões relativas à Cota de Tela sejam tratadas por meio da formulação de nova propositura legislativa.

A proposta da ANCINE, elaborada a partir de debates com o setor e avaliações técnicas, foi apresentada pela Secretaria de Regulação e discutida pelos membros da Câmara Técnica de Exibição na reunião de fevereiro deste ano. Acesse aqui a apresentação.

Na apresentação a ANCINE resumiu os argumentos e as proposições de melhorias para o instrumento regulatório, que incluiriam ainda o estabelecimento de instrumentos adicionais que inibam a concentração e a ocupação predatória de salas, garantindo a diversidade de títulos e a exposição de obras nacionais.

A expectativa da Agência é que a renovação da Cota de Tela seja também uma oportunidade de reiterar a importância do instrumento, aperfeiçoando-o e atualizando-o em consonância com as mudanças vivenciadas no setor audiovisual.

A ANCINE defende a previsão do cumprimento da obrigação por sessões cinematográficas e não por dias, adaptando-se ao modelo de multiprogramação, legado do processo de digitalização do parque exibidor brasileiro, como apontado por Análise de Impacto Regulatório – AIR realizada pela Agência em 2017. Com esta alteração, a Agência espera que lançamentos menores conquistem mais espaço nas salas de exibição, alcançando mais espectadores, e elevando o market share dos filmes brasileiros.

Também avaliados positivamente na AIR, a ANCINE entende como necessário o tratamento regulatório dos estímulos à programação de filmes brasileiros nas sessões de horário nobre; de possíveis limitações no número de sessões que podem ser ocupadas por uma mesma obra audiovisual num dado complexo; da possibilidade da fixação de um número mínimo de títulos diferentes por complexos para cumprimento da obrigação; e da regra da dobra.

A ANCINE defende ainda uma maior autonomia para a definição dos parâmetros anuais para o cumprimento das obrigações, com base na experiência acumulada desde a sua criação.

Outras ações

Regulação e novos investimentos para TV/VoD

Além da proposta legislativa para a renovação da Cota de Tela, buscando a ampliação e a maior participação do conteúdo brasileiro independente nas diversas janelas de exibição, a ANCINE estabeleceu, dentre as ações prioritárias previstas em sua Agenda Regulatória, a elaboração de proposta de tratamento legislativo para renovação da “Cota de Programação”, prevista na Lei n° 12.485/2011; e a regulamentação da obrigatoriedade da prestação de informações à ANCINE pelos agentes econômicos do segmento de Vídeo por Demanda, para aferição da presença de conteúdo brasileiro e do volume de investimentos na produção brasileira e brasileira independente.

Em paralelo, dando continuidade aos investimentos na produção audiovisual brasileira independente, os resultados de três Chamadas Públicas para TV/VoD estão em fase final para divulgação, representando um investimento de R$ 200 milhões no segmento. Concluídos os resultados, a ANCINE lança a nova Chamada Pública Produção TV/VoD, aprovada no Plano de Ação 2022 pelo Comitê Gestor do FSA, no valor de R$ 90 milhões, totalizando R$ 290 milhões em investimentos na produção independente para televisão.

Novo Plano de Ação de Chamadas Públicas para 2023

Mais investimentos para o setor

No início de maio o Comitê Gestor do FSA deve se reunir para a definição dos parâmetros dos seus Plano de Investimento e Ação para 2023, tendo em conta o orçamento para o ano e as novas disponibilidades financeiras para investimento no setor audiovisual.

Fonte: Ancine

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Salas de Cinema mostram forte recuperação do mercado em 2022

Público cresceu 82% em comparação a 2021

A ANCINE publicou, no Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual (OCA), dados do desempenho do mercado cinematográfico no Brasil em 2022. Além de permitir uma avaliação dos resultados de público e renda das produções exibidas nos cinemas após dois anos comprometidos pela pandemia, a publicação traz também dados sobre o processo de recuperação do parque exibidor.

O levantamento, realizado pela equipe da Coordenação de Estudos e Monitoramento de Mercado da Secretaria de Regulação, enfatiza o quadriênio 2019/2022: como 2019 foi o último ano antes da pandemia, os números daquele ano constituem um referencial para se dimensionar o impacto provocado pela COVID-19. Todos os dados do estudo devem ser contextualizados e considerados não isoladamente, mas em sua trajetória ascendente de recuperação.

Em relação a 2021, por exemplo, o público total (95,1 milhões) cresceu 82% em 2022, enquanto a renda total (R$ 1,8 bilhão) aumentou 98,8%. Já o parque exibidor encerrou 2022 com 3.401 salas abertas – um crescimento de 4,1% em relação a 2021, chegando a um patamar bem próximo ao de 2019 (3.507 salas).

        

Em comparação com 2019, por sua vez, os números de 2022 representam uma queda de 46,5% no público total e de 35,4% na renda total.

Acompanhando esse cenário, em 2022, o market share dos filmes brasileiros também foi abaixo da média histórica. No entanto, em comparação ao ano de 2021, em que a participação brasileira atingiu apenas 1,8% da bilheteria, o ano de 2022 apresentou uma evolução de 133% no market share, alcançando uma participação relativa de 4,2% do público e 3,9% da renda.

Os cinco filmes brasileiros de maior sucesso em 2022 tiveram um desempenho similar, com o público oscilando entre cerca de 390 mil e 540 mil: “Turma da Mônica: Lições”, “Tô ryca! 2”, “Detetives do Prédio Azul 3”, “Medida Provisória” e “Eduardo e Mônica”. São números ainda bastante distantes do último grande êxito nacional de bilheteria, “Minha mãe é uma peça 3”, lançado no final de 2019.

O mercado foi dominado mais uma vez pelos grandes lançamentos internacionais, destacando-se: “Doutor Estranho no multiverso da loucura” (público de 8,3 milhões); “Minions 2: A origem de Gru” (6,9 milhões); e “Avatar: “O caminho da água” (6,7 milhões).

Outras informações relevantes apresentadas na publicação:

  • Em 2022, foram exibidos 652 longas-metragens nas salas de cinema: 244 brasileiros e 408 estrangeiros;
  • Em 2022, foram lançados 385 longas-metragens: 173 brasileiros e 212 estrangeiros;
  • Sete filmes tiveram lançamento em mais de 2 mil salas – em 2021, foram apenas dois;
  • As distribuidoras Warner e Disney ocuparam o topo do ranking de público das distribuidoras, com mais de 30 milhões de público acumulado cada uma;
  • Considerando-se apenas a distribuição de filmes brasileiros, a protagonista foi a Downtown, com um público acumulado de 1,4 milhão (e renda de R$ 24,3 milhões).

Expectativas para 2023

A expectativa para 2023 é o aumento da participação relativa dos filmes brasileiros no mercado, com a retomada dos grandes lançamentos nacionais, e o retorno do crescimento do parque exibidor, que se manteve em trajetória ascendente por 10 anos, até a eclosão da pandemia em 2020.

Com objetivo de acelerar a retomada do cinema brasileiro, destacam-se, para o ano de 2023, dentre as ações da ANCINE, os resultados das seis chamadas públicas do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA)  para investimento em filmes brasileiros para cinema, o lançamento de duas novas chamadas do FSA, também para produção de filmes, a aprovação de um novo plano de ação de investimentos do FSA para 2023 e, conforme previsto em sua Agenda Regulatória, a elaboração de propostas de tratamento legislativo para a renovação da Cota de Tela para filmes brasileiros nas salas de cinema, e o aumento de limites para os aportes de recursos incentivados previstos na Lei do Audiovisual.

Como vem sendo realizado nos últimos anos, o trabalho apresenta os resultados preliminares de 2022, que serão ampliados, consolidados e divulgados ao longo de 2023.

Veja aqui o Informe.

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ANCINE define ações regulatórias prioritárias

Agenda Regulatória 2023-2024 passará por Consulta Pública

A Diretoria Colegiada da ANCINE aprovou em reunião nesta terça-feira, 17 de janeiro, a proposta de Agenda Regulatória da Agência para os anos de 2023 e 2024. O documento apresenta um conjunto de temas considerados estratégicos e torna públicas as principais ações regulatórias que a ANCINE pretende pôr em prática para o audiovisual.

A Agenda Regulatória vai passar por um processo de Consulta Pública por 45 dias, período no qual agentes do setor e a sociedade civil poderão opinar sobre as ações propostas e contribuir com a pauta estratégica.

Entre os temas listados na Agenda, merecem destaque as iniciativas consideradas prioritárias, com cronograma de início neste primeiro trimestre de 2023, como a elaboração de propostas de tratamento legislativo para a renovação da Cota de Tela para filmes brasileiros nas salas de cinema, a renovação das Cotas de Programação nacional da Lei da TV Paga, e o aumento de limites para os aportes de recursos incentivados previstos na Lei do Audiovisual.

Ancorada por estudos que mostram os bons resultados dos instrumentos regulatórios, e pelo reconhecimento de sua constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, a Agência propõe que as questões relativas às cotas de tela e de programação sejam tratadas por meio de Medida Provisória, o que permitiria o retorno da adoção da Cota de Tela ainda no segundo semestre e afastaria o risco de vencimento da obrigatoriedade da Cota de Programação na TV Paga em setembro.

Em relação ao aumento dos limites de financiamento pela Lei do Audiovisual, a ANCINE se baseia em uma Análise de Impacto Regulatório realizada em 2020, que demonstrou a importância destes mecanismos de incentivo e a defasagem nos limites de aporte, inalterados desde 1996.

Há a compreensão de que a ampliação dos limites teria o potencial de aumentar a competitividade das obras brasileiras no mercado, possibilitando ainda a realização de filmes e séries de gêneros que demandam maior orçamento de produção. A ideia é que as propostas de tratamento legislativo sejam debatidas no âmbito das Câmaras Técnicas de Produção e Exibição, e posteriormente encaminhadas ao Ministério da Cultura.

Uma outra ação prioritária da Agência é a regulamentação do setor de Vídeo por Demanda. Foram incluídas medidas para efetivar o registro dos agentes econômicos do setor e das obras brasileiras exibidas nas plataformas de streaming, além da prestação de informações sobre contratação, licenciamento e comercialização de obras brasileiras à Agência pelos agentes econômicos. O objetivo é a obtenção de dados primários sobre a atividade para qualificar o auxílio técnico da ANCINE aos Poderes Executivo e Legislativo na regulamentação do segmento.

Clique aqui para acessar a Agenda Regulatória 2023-2024.

Para participar da Consulta Pública acesse o Participa + Brasil.

Plano Anual de Regulação – PAREG

O PAREG tem como objetivo organizar e monitorar as atividades regulatórias da ANCINE, por meio de um planejamento estruturado, com a definição de projetos, prioridades, entregas e prazos, visando uma maior eficiência das atividades desempenhadas. As iniciativas previstas no Plano buscam gerar conhecimento e subsidiar estudos do setor, proporcionando a participação da sociedade e dos agentes de mercado na avaliação das políticas públicas.

O segmento de Vídeo por Demanda também se faz presente nas iniciativas do Plano Anual de Regulação – PAREG 2023. O planejamento inclui ainda a divulgação, no mês de janeiro, do “Panorama do Mercado de Vídeo por Demanda no Brasil – Informe de Mercado”, produzido pela Secretaria de Regulação a partir da análise de dados secundários fornecidos por empresa especializada no monitoramento do segmento.

O documento também projeta a elaboração de Análises de Impacto Regulatório sobre temas como a acessibilidade na TV Paga; a regulamentação da comunicação pública de obras financiadas com recursos públicos federais em canais educativos, legislativos, universitários, judiciários, comunitários e em estabelecimentos públicos de ensino (art.27 da MP 2.228-1/01); e a regulamentação da celebração e acompanhamento de Termos de Ajuste de Conduta no âmbito da Agência.

Estudos a serem publicados no Observatório do Cinema e do Audiovisual – OCA relativos ao perfil dos empregos gerados pelo audiovisual e ao valor adicionado pelo setor à economia também estão na programação para o ano, assim como um estudo analítico sobre dados de audiência na Tv Paga.

Clique aqui para acessar o Plano Anual de Regulação – PAREG 2023.

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FSA tem 6 editais com inscrições abertas

Desde a aprovação do Plano de Ação FSA 2021, a ANCINE vem anunciando o lançamento de Chamadas Públicas e intensificando o ritmo de investimentos do FSA.

Até o momento, seis editais de diferentes modalidades foram lançados para investimentos na produção de longas-metragens para o cinema.

Confira na tabela abaixo as principais características de cada edital e avalie qual é o mais indicado para inscrever seu projeto.

Linha do tempo

Descrição gerada automaticamente com confiança baixa

A ANCINE também publicou na última quinta-feira, 5 de maio, resolução do Comitê Gestor do FSA que autoriza o início da operação de nova linha de crédito no valor de R$ 215 milhões. Com o objetivo de acelerar o crescimento da cadeia audiovisual brasileira, estimulando a geração de empregos, a modernização da infraestrutura do setor e o apoio a iniciativas voltadas à inovação e promoção da acessibilidade, os recursos estão disponíveis em três modalidades. Confira os detalhes abaixo:

 Tabela

Descrição gerada automaticamente

Com os valores desta linha de crédito, somados aos recursos das seis Chamadas Públicas do PRODECINE, a ANCINE já disponibilizou no mercado mais de R$ 670 milhões em recursos do Fundo Setorial do Audiovisual para investimentos no audiovisual brasileiro em 2022.

Ainda neste mês de maio a ANCINE inicia o lançamento das Chamadas do PRODAV, voltadas à seleção de filmes e séries para TV e VoD.

Com informações da Ancine

Ascom/Secult

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ANCINE anuncia lançamento de edital do FSA para Novos Realizadores

A Diretoria Colegiada da ANCINE aprovou na última sexta-feira, 21 de janeiro, o lançamento de novo edital voltado a produtoras e realizadores iniciantes, no valor de R$ 35 milhões.

O objetivo é investir em obras audiovisuais que favoreçam a inserção de novos agentes no mercado, fortalecendo também a produção audiovisual regional e ampliando a participação do filme nacional nas salas de cinema.

Este é o segundo edital do Plano de Ação do Novo FSA, anunciado em dezembro de 2021, no valor total de R$ 651,2 milhões. O primeiro deles, com inscrições abertas a partir de 31 de janeiro, se destina à complementação do orçamento de produção de projetos de longas-metragens, com investimentos de R$ 111,6 milhões.

O edital para Novos Realizadores, a ser publicado na próxima terça-feira, dia 25, terá inscrições abertas entre 14 de março e 13 de maio de 2022. São elegíveis projetos de longa-metragem de ficção, documentário ou animação em qualquer etapa de produção, e cujo diretor tenha até uma obra de longa-metragem lançada comercialmente. As proponentes devem estar classificadas na ANCINE como produtora brasileira independente de nível 1 (um) ou 2 (dois), na data de publicação do edital. Será permitido o investimento de, no máximo, R$ 2 milhões em cada projeto.

No mínimo 40% dos recursos disponíveis serão para produtoras independentes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e no mínimo 20% para produtoras da região Sul ou dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

A decisão de investimento será realizada por uma comissão de seleção, composta dentre servidores da ANCINE e especialistas do setor audiovisual.

Acesse o link do edital.

Com informações da Ancine

Fonte: Ascom/Secult

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Avaliação do Plano Nacional de Cultura

Em 2021, a Secretaria Nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural (SECDEC) firmou uma parceria com a Fundação Escola Nacional de Administração Pública (Enap) junto as áreas de Assessoria para Avaliação de Políticas Públicas e Evidência Express, com o objetivo de elaborar uma avaliação ex-post do Plano Nacional de Cultura (PNC).

A avalição visa identificar os resultados obtidos pelo referido Plano em termos de objetivos, estratégias, metas e resultados comparando-os aos resultados almejados a época de sua elaboração.

Destaca-se que originalmente o artigo 1º da Lei nº 12.343, de 2010, definia uma duração de 10 (dez) para o PNC com sua vigência terminando em 2 de dezembro de 2020. No entanto, a Lei nº 14.156, de 1º de junho de 2021, alterou a Lei nº 12.343, de 2010, aumentado o prazo do PNC para 12 anos.

Apesar da expansão da vigência, a Secretaria Especial da Cultura trabalha para que, no ano de 2022, se inicie a discussão sobre o próximo Plano Nacional de Cultura. Em função desse fato, e como preconizam as boas práticas do monitoramento de políticas públicas, é importante que haja a elaboração de um estudo que analise a implementação do PNC, finalizando assim o ciclo da política pública e produzindo subsídios para as discussões de uma nova política para a área da cultura.

Diante deste cenário, é que surge a parceria com a Enap para avaliar os últimos 10 anos de implementação do PNC.

Esta avaliação fornecerá, com base em dados históricos, evidências que visam auxiliar na compreensão do problema e do contexto de política pública, seu público-alvo, causas e impactos das ações de forma a auxiliar a elaboração de futuras políticas para a área cultural.

O primeiro produto desta parceria, intitulado “Integração municipal ao Sistema Nacional de Cultura – Uma análise exploratória do período de 2012 a 2021”, traz um retrato da integração municipal ao Sistema Nacional de Cultura conforme a situação de implementação efetuada até setembro de 2021.

A escolha em se enfatizar o Sistema Nacional de Cultura em uma avaliação sobre o Plano Nacional de Cultura justifica-se uma vez que o SNC é a meta 01 do PNC, uma meta tida como estruturante para o desenvolvimento da cultura no Brasil.

Vale lembrar que o Sistema Nacional de Cultura (SNC) se configura como a ponte entre o Plano Nacional de Cultura (PNC), entre os entes da Federação (União, Estados, DF e Municípios) e a sociedade, pois estabelece mecanismos de gestão compartilhada entre os entes federados e a sociedade civil para a construção de políticas públicas de cultura.

É importante mencionar que este estudo, em formato de relatório aqui disponibilizado, também teve como objetivo levantar informações para a realização da avaliação de impacto do Plano Nacional de Cultura, uma segunda etapa da parceria que está em andamento.

Partindo da análise da experiência de integração municipal ao sistema para, posteriormente, examinar de forma exploratória algumas possíveis características municipais determinantes da adesão ao SNC, o estudo levantou questões importantes para se discutir o funcionamento e os rumos do SNC.

Para consultar o estudo na íntegra, clique aqui.

Fonte: Ascom/Secult

 

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