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Aulas com a OSC Mais Diferenças foram realizadas entre 6 e 8 de dezembro no Teatro Cacilda Becker, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

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Crédito: Funarte

Servidores e colaboradores dos mais diversos setores da Fundação Nacional de Artes – Funarte se reuniram entre 6 e 8 de dezembro no Teatro Cacilda Becker, na Zona Sul do Rio de Janeiro (RJ), para o curso Acessibilidade Cultural nos Espaços Públicos, da Organização da Sociedade Civil (OSC) Mais Diferenças – Educação e Cultura Inclusivas.  Além dos professores do curso e fundadores da Mais Diferenças, Carla Mauch e Luis Mauch, também esteve presente a cantora, compositora e atriz Sara Bentes, premiada internacionalmente, que compartilhou sua experiência como pessoa cega na área artística.

O curso abordou os principais marcos legais que norteiam os direitos das pessoas com deficiência; conceitos como capacitismo (atitude que hierarquiza pessoas em função da lógica e padrão de “normalidade”, tratando alguns como incapazes) e desenho universal (concepção de produtos, ambientes, programas e serviços para todas as pessoas, sem necessidade de adaptação); perspectivas históricas; comunicação acessível; recursos de acessibilidade, como audiodescrição e legenda descritiva; dicas de convivência com pessoas com deficiência (intelectual, visual, física ou auditiva); entre outras questões.

Termos utilizados frequentemente no cotidiano carregam capacitismo. Entre “deficiente” e “pessoa com deficiência”, por exemplo, há diferença. O primeiro reduz o sujeito à deficiência; no segundo, conforme indicado pela OSC Mais Diferenças, “a deficiência é entendida como o resultado da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras advindas de atitudes e dos ambientes”. “Essa nova perspectiva deixa de compreender a deficiência unicamente como limitação da pessoa e passa a corresponsabilizar o ambiente, o espaço, as pessoas e as práticas sociais pelas barreiras que inviabilizam a plena inclusão das pessoas com deficiência em diferentes âmbitos da vida, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas”, explica a Mais Diferenças.

Esses e outros pontos foram aprofundados e debatidos, com espaço para as questões específicas de cada setor da Funarte e também para conversar sobre as particularidades dos equipamentos culturais e projetos da instituição, como o Festival Funarte Acessibilidança, criado pela Coordenação de Dança do Centro de Artes Cênicas da Fundação, com foco na acessibilidade e na inclusão.

O coordenador de Dança da Funarte, Fabiano Carneiro, que também participou de todas as aulas do curso, comenta sobre a importância da iniciativa: “A realização desta capacitação inédita com foco na acessibilidade cultural é um importante passo da instituição para o aperfeiçoamento dos funcionários que trabalham diretamente nos espaços culturais e para, a partir desta ação, podermos cada vez mais tornar os nossos equipamentos inclusivos aos artistas e ao público em geral”.

Fonte: Funarte