Você está aqui:

Mostra “1808 – 1818: A construção do reino do Brasil” recebeu número recorde de visitação e segue até 12 de fevereiro

(publicado: 05/02/2019 10h35, última modificação: 07/02/2019 17h38)

Gravura do porto do Rio de Janeiro( RJ), de Jean-Baptiste Debret

Mais de 6.800 visitantes já puderam ver e aprender um pouco mais sobre a história nacional desde 12 de dezembro do ano passado, quando foi aberta a exposição 1808 – 1818: A construção do reino do Brasil, na Fundação Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. O evento integra a programação especial do governo federal para celebrar os 200 anos de independência do Brasil, que serão completados em 2022. A visitação da mostra, aberta de segunda a sexta-feira, é recorde, segundo a instituição, ligada ao Ministério da Cidadania. Outras exposições no local tiveram um público médio de 4 mil e ficaram abertas aos sábados.

“Conhecendo a própria história, a gente conhece a nossa identidade. Por mais que ela possa estar adormecida em alguns momentos, mas é uma herança muito forte, que forma a identidade brasileira”, avaliou o curador da exposição, Júlio Bandeira.

De acordo com Bandeira, a exposição mostra que, até 1808, com a chegada da corte, o Brasil era um país fechado e, a partir deste período, artistas europeus tiveram oportunidade de vir ao País e retratar a fauna, a flora e a construção das cidades brasileiras.

Entre os destaques da exposição estão gravuras de Jean-Baptiste Debret (1768-1848) e uma carta original de D. João VI, de 1808, sobre a abertura dos portos brasileiros, endereçada às Nações Amigas. Com isso, o Brasil passa a fazer comércio com todas as nações com as quais Portugal mantinha relações cordiais, em especial a Inglaterra. Antes dessa decisão, o Brasil só tinha comércio com Portugal e suas colônias.

História

Fugindo das tropas francesas encabeçadas por Napoleão Bonaparte que invadiam Portugal, a coroa portuguesa mudou-se para o Brasil em 1808. Trouxeram mais de 10 mil cortesões (funcionários), além de 60 mil livros, mapas e gravuras da Biblioteca Real Portuguesa, que dariam origem ao acervo inicial da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.

A criação do Banco do Brasil, da Imprensa Régia, do Jardim Botânico, da Biblioteca Real, atual Biblioteca Nacional, as reais academias das Guardas Marinhas e Militar, e a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios são apenas alguns exemplos do que a família real deixou como legado para o País, em especial para o Rio de Janeiro.

O bancário aposentado Atila Franco foi conhecer de perto esta história na Biblioteca Nacional, e fez questão de tirar fotos e recomendar a amigos e familiares que fossem conhecer a exposição. “Achei tudo muito criativo. Não é cansativo, nem repetitivo”, avaliou.

Quem também aproveitou para descobrir mais detalhes da História do Brasil foi o professor Rogério Santos. Ele leciona Geografia no Ensino Fundamental e faz pós-graduação em História do Rio de Janeiro. Para ele, a visita foi bastante útil. “Serviu como uma ferramenta de ampliação dos conhecimentos que eu tenho na pós-graduação. Muito do que vi ali, posso falar com meus alunos. Pra mim, como professor, foi um grande aprendizado”, afirmou.

A exposição segue aberta para a população até 12 de fevereiro, de segunda à sexta, das 9h às 16h30, com entrada gratuita. Aqueles que não podem ir pessoalmente conseguem ter acesso a fotos no site da BN Digital e no canal da Biblioteca Nacional no YouTube, no qual o curador Júlio Bandeira faz um tour por entre as obras destacando alguns dos trabalhos expostos.

Serviço

Exposição 1808 – 1818: A construção do reino do Brasil
Local: Fundação Biblioteca Nacional – Av. Rio Branco, 219 – Centro, Rio de Janeiro (RJ)
Visitação: de segunda à sexta, das 9h às 16h30
Entrada gratuita

 

Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial da Cultura Ministério da Cidadania
Com informações da Fundação Biblioteca Nacional