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09.11.2018 – 18:50

O Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, ganhará novos ritmos no próximo domingo (11). Como parte do encerramento do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MicBR), sobem ao palco a cantora de rock e pop argentina Fabiana Cantilo, o compositor e intérprete Jards Macalé e o bandolinista Hamilton de Holanda. Todas as apresentações são gratuitas e abertas ao público.

“O choro é a minha primeira língua”, Hamilton de Holanda (Foto: Roberto Filho)

Fabiana Cantilo abre o evento, às 13h. Com uma carreira dedicada à música e mais de seis milhões de discos vendidos, é conhecida como a grande voz feminina do rock argentino. E começou cedo. Aos oito, aprendeu a tocar guitarra, cursou Belas Artes e fazia apresentações no Viejo Café, em Buenos Aires. De lá para cá, formou seu próprio grupo, lançou diversos discos e acumulou premiações. Foi nominada aos Grammy Latino e recebeu prêmios MTV, Gardel, Martin Fierro e Konex, entre outros.

“Eu me sinto muito agradecida de poder estar em um evento multitudinário, onde posso me encontrar com pessoas de toda a América Latina”, afirma. “No Conjunto Nacional, no domingo, vou trazer um pouco de tango, de folclore e rock, que mostra o que sou. Estou muito feliz”, diz.

Às 15h, é a vez do compositor, intérprete, violonista, produtor, diretor musical, orquestrador e ator Jards Macalé se apresentar. Aluno do maestro Guerra-Peixe, Jards substituiu o violonista Roberto Nascimento no show Opinião, em 1965. Em pouco tempo, se tornou arranjador e músico dos baianos Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia. Em 1969, Macalé já tinha lançado seu primeiro compacto duplo Só Morto. Desde então, consolidou a carreira e lançou diversos sucessos.

“Vou trazer um roteiro com meus trabalhos realizados até agora, passando pelos principais discos”, adiantou Jards Macalé. “Eu gostei muito da ideia do MicBR porque abre espaço para a economia criativa, para a discussão e alimentação desse tipo de iniciativa. Acho maravilhoso também dividir o palco com Fabiana e Hamilton de Holanda, que é um grande amigo”, completa.

Às 17h, o público poderá conferir também, de perto, o show do bandolinista Hamilton de Holanda. Indicado ao Grammy e acostumado com o ambiente internacional, o bandolinista se considera um “cidadão do mundo”. “O choro é a minha primeira língua. Aprendi a falar inglês, espanhol, assim como aprendi a tocar flamenco e outros estilos. Mas o choro, o frevo, o baião são as minhas raízes, e minha música sempre vai ter isso”, reflete.

O músico ainda deixou uma dica para quem está pensando em transformar criatividade em profissão. Para ele, o primeiro passo é quebrar uma barreira psicológica e entender que a indústria criativa gera dinheiro e emprego. “E essa barreira deve ser transposta com trabalho, dedicação, boas parcerias. Isso nos leva aonde quisermos ir.”

 

Ainda mais música

Também no domingo, as festas Discopédia, dedicada ao vinil, e Batekoo, representando grande parte da juventude negra LGBT brasileira, prometem animar a Praça dos Arcos das 12h às 21h.

No Parque Mário Covas, a vibe será internacional. A partir das 12h, tem Nación Ekeko, da Argentina, o britânico Nicolson e os brasileiros Guilherme Kastrup, M. Takara, L_cio e Trava línguas, de Badsista e Linn da Quebrada.

Já a praça Alexandre Gusmão recebe um mix de festas das 12h às 21h. Fiebre en La Selva, Prato do Dia & Calefação Tropicaos convidam Ataw Allpa, do Equador, e Gop Tun para uma tarde de música no encerramento do evento.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação / Ministério da Cultura