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01.11.2018 – 19:30

Quando se fala de bienal, grandes exemplos vêm à mente, como as do Livro e a de Arte de São Paulo. Na capital paranaense, temos mais um destaque: a Bienal de Quadrinhos de Curitiba. Criada em 2011, ainda com o nome de Convenção Internacional de Quadrinhos de Curitiba (Gibicon), o evento reúne, a cada dois anos, nomes consagrados das histórias em quadrinhos – nacionais e internacionais, além de estimular a leitura dessa mídia por diferentes gerações.

Em 2018, Bienal de Quadrinhos de Curitiba recebeu 25 mil visitantes (Foto: Flavio Rocha)

O Ministério da Cultura (MinC) contribui para essa formação de leitores por meio da Lei Rouanet, que permitiu a captação de R$ 175 mil para a edição de 2018. “O propósito do evento é o incentivo à leitura, o desenvolvimento da linguagem dos quadrinhos e a formação de público. Nosso maior intuito é ofertar a programação de forma gratuita, estimulando principalmente o público que tem pouco acesso a eventos culturais”, afirma Fabrizio Andriani, um dos idealizadores da Bienal.

Além das atividades típicas de um evento do porte – como estandes, palestras e debates – a Bienal de Quadrinhos desenvolveu ações em escolas da cidade com oficinas e bate-papo, para estímulo à visitação e contato com a linguagem dos quadrinhos. A Gibiteca de Curitiba costuma receber a doação de centenas de HQs, recolhidas durante as inscrições das oficinas de cada edição da Bienal.

A partir de 2012, o evento se tornou uma bienal e saltou de 10 mil visitantes para 25 mil, em 2018. Entre os artistas que participaram do evento estão nomes como o inglês David Lloyd (V de Vingança), o coreano Kim Jung Gi, o italiano Tanino Liberatore, o francês Jean David Morvan e o argentino Eduardo Risso. No time brasileiro, já marcaram presença a cartunista Laerte e Jaguar, do folhetim Pasquim.

 

Reconhecimento

Os louros do evento no meio quadrinístico vieram a partir de 2013, com o Troféu HQMix e o Prêmio Ângelo Agostini, duas das mais tradicionais premiações do gênero no país. Em 2017, a Bienal recebeu indicações em 7 categorias do HQMix. Mas é em Curitiba onde os quadrinistas recebem o devido destaque. Em 2014, foi instituído o Prêmio Cláudio Seto de Quadrinhos, dentro da programação do evento.

“A premiação é uma indicação da coordenação do evento para destacar a produção de um artista, principalmente de gerações mais antigas. Um reconhecimento aos mestres das HQs. A homenagem destaca a produção do artista com uma exposição de seus trabalhos e a entrega do Troféu Maria Erótica”, explica Andriani.

Outro espaço de destaque é o Palco Ocupa, voltado para os artistas participantes de cada edição. Nesse espaço, os artistas dispõem de uma estrutura de palco, plateia, luz, som e equipamento multimídia para fazer propostas de palestras, performances, debates, leituras ou qualquer ação que o artista queira.

“O objetivo é oferecer um espaço amplamente democrático para discussões pertinentes às HQs, sem a interferência dos temas propostos pela curadoria da edição.  É um espaço de integração dos artistas participantes da Feira de HQs e os artistas convidados do evento”, aponta o idealizador.

“Para além do desenvolvimento de um modelo de produção de projetos e também de incentivo à produção de HQs, nosso compromisso principal é a formação de base, com conteúdo de qualidade e excelência, envolvendo o estímulo a leitura e acesso a bens culturais que promovemos a todos os participantes do evento”, completa.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação / Ministério da Cultura