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14.8.2018 – 19:02

Preservar a memória do audiovisual brasileiro. Essa é uma das propostas do Grupo de Trabalho (GT) sobre Preservação, Digitalização e Difusão de Conteúdo Audiovisual, que se reuniu pela primeira vez nesta terça-feira (14), na sede do Ministério da Cultura (MinC), em Brasília. A criação do Grupo é uma resolução do Conselho Superior de Cinema (CSC) destinada a preparar uma proposta de política pública que concilie formação profissional, preservação e difusão no setor.

“O resultado final desse trabalho é tornar os acervos de audiovisual produtos ativos para a exibição. É da nossa memória, da nossa história que estamos tratando”, declarou o secretário do Audiovisual do MinC, Frederico Mascarenhas. Segundo ele, alguns produtos serão mantidos no original, outros terão transferência de tecnologia.

O GT é formado por conselheiros do CSC e por especialistas convidados. O grupo fará um diagnóstico do setor, de acervos públicos e privados dispersos pelo país, e estabelecerá as ações de médio, curto e longo prazo em uma perspectiva de trabalho para os próximos dez anos. Também definirá as prioridades de trabalho, isto é, quais acervos serão atendidos primeiro, de acordo com o grau de risco e importância histórica dos produtos. Vinculados às propostas, os representantes do GT elencarão os provedores dos recursos financeiros, sejam eles públicos ou privados.

“Desde 2014 estamos tentando criar uma instância para a construção desse plano que trate também da capacitação especializada em processos de preservação, catalogação, laudos e outras atividades. Existe uma cadeia produtiva grande, que envolve diferentes profissionais com habilidades bem distintas e específicas. Estamos falando de preservação, mas de formação, capacitação profissional e de emprego e renda. Estou animado, a reunião de hoje foi positiva e produtiva”, disse Mascarenhas.

 

Integrantes

O GT é formado por representantes dos ministérios da Cultura, da Justiça e da Agência Nacional de Cinema (Ancine). Também integram o grupo três representantes da sociedade civil e três especialistas da área que serão definidos a cada reunião. A expectativa é que o plano seja entregue ao CSC em dezembro deste ano.

Na atividade desta terça-feira, participaram como convidados a diretora da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, Ester Eiko Duarte Kimura; e a gerente de Acervo da Cinemateca Brasileira, Olga Toshiko Futemma, que colocou à disposição do GT toda a expertise da instituição – a Cinemateca, que integra a estrutura do MinC, passou recentemente pelo processo de digitalização de seu conteúdo. “Temos uma vasta experiência, baseada em erros e acertos, estamos muito dispostos a ajudar a construir essa política”, afirmou.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação / Ministério da Cultura