Inscrições abertas! Balé clássico, balé contemporâneo, street dance, capoeira, danças circulares e sapateado, estão entre as ações oferecidas

A Fundação Nacional de Artes – Funarte e o renomado Ballet Stagium, por meio do seu Projeto Joaninha, vão atender, gratuitamente, crianças e adolescentes que estudam em escolas públicas. Os menores, com idades entre 7 e 14 anos, terão acesso a aulas de balé clássico, dança contemporânea, capoeira, danças circulares, sapateado e cultura em geral. A Funarte disponibilizará salas de dança no Complexo Cultural Funarte SP, em Campos Elíseos, para as atividades da companhia pelo período de cinco anos. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas presencialmente na instituição, através do e-mail ciastagium@gmail.com ou pelo WhatsApp (11) 97390-1667.
Os ensaios do corpo permanente do balé e as oficinas do Projeto Joaninha, já podem ser realizados desde o dia 17 de janeiro, quando se iniciou a cessão de espaço e a parceria entre as duas instituições. Segundo os idealizadores e fundadores do Ballet Stagium, Marika Gidali e Décio Otero, o programa busca, não só formar profissionais e multiplicadores em dança, mas potencializar cidadãos atuantes na sociedade. “O Projeto Joaninha tem o objetivo, por meio da dança, de sensibilizar crianças e adolescentes para a descoberta de potencialidades inatas e contribuir na conscientização da identidade pessoal e na articulação em prol do coletivo”. O intuito da ação de parceria é atender, no mínimo, 100 estudantes durante o período de ocupação do espaço.
O programa Dança & Ação Social Ballet Stagium, que engloba o Projeto Joaninha, busca estabelecer uma associação duradoura com a Funarte e que propicie a execução de atividades artísticas e sociais. “Em tempos de mudanças, ampliar alianças é fundamental para fortalecer o diálogo entre arte, educação e sociedade. Atuar em parceria é um caminho para potencializar nossas ações diante dos desafios”. E a cia. ressalta: “O Stagium ao longo dos seus 50 anos de existência e resistência, vivencia a cada dia caminhos para ampliar a visão da realidade, alargar possibilidades de inclusão, reconhecer a diversidade e promover horizontes sustentáveis. Que venham os frutos desta parceria!”.
A cessão de espaço das salas do Complexo Cultural Funarte SP para a companhia de dança compreende ensaios de coreografias, realização de oficinas, aulas de balé clássico e contemporâneo para bailarinos em formação. Pelo Projeto Joaninha, o Stagium oferece cursos de dança e integração social para crianças e jovens de comunidades vulneráveis. Palestras com os diretores Décio Otero e Marika Gidali; oficinas de dança; ensaios abertos e espetáculos gratuitos para alunos, profissionais da dança e público em geral, também estão na agenda da ocupação.
Saiba mais sobre o Ballet Stagium
O Ballet Stagium, fundado em 23 de outubro de 1971 por Marika Gidali e Décio Otero, completa, em 2022, 51 anos ininterruptos de defesa, desbravamento e exaltação da imensidão artística nacional pelo olhar transformador da dança. A companhia se apresenta em espaços diversificados, como hospitais, internatos, centros prisionais, igrejas, escolas, parques, reservas ambientais, barcas, praias, trens, ruas e em grandes teatros brasileiros. A arte-educação, entendimento singular da dança como agente-condição de transformação pessoal e social, tem sido o alicerce da elaboração das atividades e projetos da companhia. Muito antes da época das contrapartidas, o Stagium aumentou o alcance social de seu trabalho artístico, desenvolvendo projetos pedagógicos em todo o Brasil e, com isso, foi tecendo um novo perfil para a dança no país. Em seu processo de investigação, a pesquisa de um determinado momento conduz a outra pesquisa, distinto de um trabalho pontual, superando assim, as lacunas entre teoria e prática.
Sobre os diretores do Stagium
Marika Gidali
Bailarina húngara, radicada no Brasil. Iniciou seus estudos de dança em São Paulo, com o professor Serge Murchatovsky, na escola Carmem Brandão. Atuou como bailarina no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Ballet do Teatro Cultura Artística e no Ballet IV Centenário. Na área da educação e inclusão social, coordenou atividades de dança nas unidades da FEBEM e, atualmente, atua no Projeto Joaninha. Também é responsável pelos projetos Dança a Serviço da Educação; Stagium vai às Escolas; Escolas Vão ao Teatro e Professor Criativo – curso dirigido a professores da rede pública de ensino do estado de São Paulo. Gidali trabalhou em espetáculos teatrais como coreógrafa e assistente de direção, atuando ao lado de importantes nomes da cena brasileira, como Ademar Guerra, Flávio Rangel, Silney Siqueira e Oswaldo Mendes. É ganhadora do Prêmio Cultural Blue Life, como uma das mulheres de destaque; e da Medalha de Ordem do Rio Branco, por sua contribuição à cultura brasileira. Ganhou o Prêmio Nacional Jorge Amado de Literatura e Arte, edição 2005; o Ilanud-Unicef (Prêmio Sócio-Educando); o Prêmio UNESCO (Mérito Artístico) e o Mérito Cultural, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, entre outros.
Décio Otero
Bailarino, coreógrafo, diretor artístico e escritor. Nasceu na cidade de Ubá, Zona da Mata de Minas Gerais. No Ballet Stagium, coordena e dirige com Marika Gidali, além do elenco profissional, importantes trabalhos na área social e de educação, como os projetos Joaninha, Professor Criativo, Stagium vai às Escolas, Escolas vão ao Teatro, entre outros. Otero já recebeu diversos prêmios por seus trabalhos como bailarino e coreógrafo e por relevantes serviços prestados à sociedade por meio de sua proposta de dança como ação social, destacando-se no Prêmio Sócio-Educando, concedido pela Ilanud e a UNICEF, por seu trabalho junto a jovens infratores de todo o país. Como parte do prêmio, o artista viajou ao Canadá, com Marika Gidali, para pesquisar e conhecer o sistema judiciário e carcerário daquele país. Otero recebeu, ainda, a Medalha de Mérito Cultural outorgada pelo Conselho Nacional de Dança, Órgão vinculado ao Conselho Internacional da UNESCO. Em 2006, recebeu a comanda Ary Barroso, outorgada pela cidade de Ubá (sua cidade natal), pelos relevantes serviços prestados à dança brasileira.
Ocupação do Complexo Cultural Funarte SP pelo Ballet Stagium
Tempo de cessão de espaço: cinco anos |início: 17 de janeiro de 2022
Atividades oferecidas pelo Dança & Ação Social Ballet Stagium, incluindo o Projeto Joaninha: ensaios de coreografias, realização de oficinas, aulas de balé clássico, balé contemporâneo, capoeira, sapateado, dança de rua, danças circulares, história da arte e cultura em geral. Palestras com os diretores Décio Otero e Marika Gidali, ensaios abertos e espetáculos gratuitos para alunos, profissionais da dança e público em geral.
Inscrições abertas para o Projeto Joaninha
Requisitos: alunos de escolas públicas, com idades entre 7 e 14 anos
Como se inscrever: presencialmente na instituição, através do e-mail ciastagium@gmail.com ou pelo WhatsApp: (11) 97390-1667
Local: Complexo Cultural Funarte SP
Endereço: Alameda Nothmann, 1058
Campos Elíseos, São Paulo (SP)
Realização: Fundação Nacional de Artes | Secretaria Especial da Cultura | Ministério do Turismo | Governo Federal
Com informações da Funarte
Ascom/Secult
Temas da publicação Arte Iny Karajá Patrimônio Cultural do Brasil serão trabalhados

Professores de escolas indígenas Karajá presentes nos estados de Goiás, Tocantins, Pará e Mato Grosso participarão nesta terça-feira, 16, do lançamento das oficinas que abordarão formas lúdicas de apresentar temas da cultura das aldeias nas escolas indígenas, por meio da publicação Arte Iny Karajá Patrimônio Cultural do Brasil.
As oficinas seguem nos dias 17 a 19 de novembro e serão ministradas por historiadores, museólogos e antropólogos da Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Museu Antropológico, e conta com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo.
O encontro online visa trabalhar e levantar temas abordados no livro para que sejam aplicados junto aos alunos em sala de aula, visando o ensinamento, a transmissão e a propagação da cultura Karajá. Durante as oficinas, serão discutidas metodologias de ensino, dialogando com os temas sobre o patrimônio cultural, a importância do registro da cultura Karajá, expressões artísticas e culturais.
“O livro apresenta temas importantes da cultura Karajá. As narrativas contam mitologias, histórias e valores culturais dos indígenas. A publicação será trabalhada com os professores no sentido de construir dialogicamente meios didáticos para que a publicação seja utilizada junto aos alunos da comunidade Karajá”, explica a historiadora do Iphan-GO, Renata Galvão. “A participação dos professores das escolas indígenas é fundamental para pensar a partir de cada contexto escolar os métodos mais benéficos na abordagem do livro dentro do processo de ensino-aprendizagem em sala de aula.”
A ação faz parte do plano de salvaguarda de dois bens registrados como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2012 pelo Iphan. O primeiro é intitulado “Ritxoko, Expressão Artística e Cosmológica do Povo Karajá”, inscrito no livro das formas de Expressão; e o segundo são os “Saberes e Práticas Associados ao Modo de Fazer Bonecas Karajá”, inscrito no livro dos Saberes.
As ilustrações do livro foram desenhadas e pintadas por crianças karajá, acompanhadas de professores das escolas indígenas. “Quando os livros chegarem às mãos dos alunos no ambiente escolar, muitos deles vão reconhecer os desenhos que eles próprios pintaram, contribuindo com a promoção e valorização da cultura em que pertencem”, complementou Galvão.
“Com os saberes e tradições dos povos Karajá eternizados em livro, possibilita que a cultura indígena seja trabalhada com alunos de todas as escolas, fazendo com que os costumes passem de geração a geração. Além disso, a publicação é uma ferramenta de luta pelos direitos culturais dos povos originários”, destaca o superintendente do Iphan-GO, Allyson Cabral.
O Livro
Como um meio de valorizar e promover a cultura, a arte e os mitos do povo indígena Karajá, assim como sua língua materna, denominada Inyrybè, no mês de setembro, escolas indígenas localizadas nos municípios de Aruanã, em Goiás, bem como também nos estados do Tocantins, Pará e Mato Grosso, receberam das superintendências do Iphan exemplares da obra Arte Iny Karajá Patrimônio Cultural do Brasil.
Arte Iny Karajá Patrimônio Cultural do Brasil foi elaborado com o auxílio dos próprios indígenas e apresenta temas que abordam a divulgação da cultura indígena de sete aldeias karajá – as celebrações e rituais; os ofícios, saberes e modos de fazer ritxoko (bonecas karajá); e os seus locais de habitação. As aldeias se estendem pelos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Pará.
Produzida na língua materna karajá e em português, a obra é resultado do projeto “Bonecas de Cerâmica Karajá como Patrimônio Cultural do Brasil: Contribuições para a sua Salvaguarda”, que trabalhou ações de promoção da cultura indígena, seguido da formação de gestores nas comunidades, com o foco no gerenciamento dos bens culturais. Também buscou-se promover o intercâmbio e a troca de saberes entre as comunidades Karajá, com diversas atividades, como a realização de oficinas de capacitação e, por fim, o fortalecimento da língua Inyrybè, que resultou no livro bilíngue.
Serviço: Oficinas: Arte Iny Karajá Patrimônio Cultural do Brasil
Data: 16 a 19 de novembro de 2021
Horário: 19h
Online: Museu Antropológico UFG (https://www.youtube.com/museuantropologicoufg)