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O projeto busca manter vivo o boi do sotaque de costa de mão, que possui poucos grupos no estado do Maranhão.

Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade desde 2019, o bumba-meu-boi inspira as aventuras contadas no kit de Educação Patrimonial para crianças, elaborado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Maranhão (Iphan-MA), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo. Lançado nesta terça-feira (08), em São Luís (MA), o kit educativo conta com filme de animação, livro de histórias, revista em quadrinhos, cartilha e caderno de passatempo.

Os materiais são direcionados a estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e fazem parte do projeto O Boi vai à Escola, que integra ações de Educação Patrimonial e de salvaguarda do Complexo Cultural do Bumba-meu-boi. A ação teve início em 2014 e tem realizado minicursos e oficinas envolvendo alunos, professores e gestores de escola. O objetivo é promover os bois de costa de mão, utilizando o processo ensino/aprendizagem como aliado na preservação desse sotaque e buscando manter viva a tradição.

Para desenvolver o projeto, o Iphan-MA contou com a parceria de grupos de bois de costa de mão e da Unidade de Educação Básica Honório Odorico Ferreira, da rede pública municipal de ensino de São Luís (MA).

“Nós escolhemos falar do boi de costa de mão porque é um sotaque que tem menor número de grupos no estado todo, é um estilo que está em vulnerabilidade”, explica a idealizadora do projeto, cientista social do Iphan-MA, Izaurina Nunes. “Buscamos aproximar a comunidade escolar desses bois, fazendo um trabalho de base com as crianças, que poderão reverberar os conhecimentos adquiridos dentro de suas famílias”, acrescenta.

O kit de material paradidático será distribuído na escola onde o projeto foi executado, nas bibliotecas e escolas da rede municipal de São Luís, em órgãos de cultura e patrimônio, assim como nas unidades do Iphan pelo país. O lançamento do kit representa a penúltima etapa do projeto O Boi vai à Escola. Na primeira etapa, as crianças participaram de oficinas de desenho, colagem, contação de histórias e confecção de indumentárias. Também foram promovidas formações de Educação Patrimonial com professores, debatendo sobre Patrimônio Cultural e aspectos do bumba-meu-boi.

Patrimônio Cultural para crianças

O kit de material paradidático do projeto O Boi vai à Escola inclui o filme de animação O boizinho de São João, que conta o nascimento e vida do boi encantado Odorico, estrela das festas de São João da Fazenda Tajipuru. A produção apresenta toadas do grupo de bumba-meu-boi Brilho de Areia Branca, do sotaque costa de mão. A animação é direcionada a crianças do 1º ano do Ensino Fundamental. O filme está disponível no canal do Iphan no Youtube.

Outra peça de destaque do kit de Educação Patrimonial é o livro As aventuras do boizinho Odorico, que conta histórias sobre o bumba-meu-boi e fala da sua importância para a comunidade. Também apresenta a lenda de Dom Sebastião e trechos de toada de Humberto de Maracanã. Algumas das histórias que compõem o livro são adaptações de textos produzidos por alunos do 2º ano da Escola Honório Odorico Ferreira, localizada no bairro Tajipuru, na zona rural de São Luís.

Dentre as publicações, também está a revista em quadrinhos O sonho de Belinho, que apresenta o bumba-meu-boi como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Por meio de uma viagem no tempo, os personagens conhecem a importância do boi para diferentes culturas, passeando pela Grécia Antiga, Egito Antigo, Índia, cavernas pré-históricas e muitos outros lugares. O kit também conta com uma cartilha e caderno de passatempo que tratam sobre patrimônio, cultura e identidade.

Bumba-meu-boi

Em 2011, o Complexo Cultural do Bumba-meu-boi do Maranhão foi reconhecido pelo Iphan como Patrimônio Cultural do Brasil. Em 2019, o bem recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Uma das principais manifestações culturais do estado do Maranhão, o bumba-meu-boi envolve música, dança, teatralidade, artesanato, religiosidade e um universo de saberes. Comporta vários estilos de brincar, chamados de “sotaques”, dentre os quais se destacam o de baixada, matraca, zabumba, costa de mão e orquestra. Nesta grande celebração cultural se articulam infinitas formas de expressão, entrelaçando fé, festa e arte.

O sotaque de costa de mão surgiu em regiões com população majoritariamente negra, em áreas de quilombos. O nome faz referência aos pandeiros que são tocados com o dorso das mãos, principal característica do estilo. Atualmente, o sotaque apresenta apenas oito grupos em todo o Maranhão. São três em Cururupu, um em Bacuri, dois em Serrano do Maranhão e dois em São Luís.

Kit educativo do projeto O Boi vai à Escola:

Filme de animação O boizinho de São João – canal do Iphan no Youtube

Livro – As aventuras do boizinho Odorico

Revista em quadrinhos – O sonho de Belinho

Cartilha – Aprendendo sobre o nosso Patrimônio Cultural

Caderno de passatempo

Mais informações para a imprensa:

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(61) 2024-5516
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Funarte e Ballet Stagium promovem aulas gratuitas de dança para crianças e adolescentes de escolas públicas de SP

Inscrições abertas! Balé clássico, balé contemporâneo, street dance, capoeira, danças circulares e sapateado, estão entre as ações oferecidas

A Fundação Nacional de Artes – Funarte e o renomado Ballet Stagium, por meio do seu Projeto Joaninha, vão atender, gratuitamente, crianças e adolescentes que estudam em escolas públicas. Os menores, com idades entre 7 e 14 anos, terão acesso a aulas de balé clássico, dança contemporânea, capoeira, danças circulares, sapateado e cultura em geral. A Funarte disponibilizará salas de dança no Complexo Cultural Funarte SP, em Campos Elíseos, para as atividades da companhia pelo período de cinco anos. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas presencialmente na instituição, através do e-mail ciastagium@gmail.com ou pelo WhatsApp (11) 97390-1667.

Os ensaios do corpo permanente do balé e as oficinas do Projeto Joaninha, já podem ser realizados desde o dia 17 de janeiro, quando se iniciou a cessão de espaço e a parceria entre as duas instituições. Segundo os idealizadores e fundadores do Ballet Stagium, Marika Gidali e Décio Otero, o programa busca, não só formar profissionais e multiplicadores em dança, mas potencializar cidadãos atuantes na sociedade. “O Projeto Joaninha tem o objetivo, por meio da dança, de sensibilizar crianças e adolescentes para a descoberta de potencialidades inatas e contribuir na conscientização da identidade pessoal e na articulação em prol do coletivo”. O intuito da ação de parceria é atender, no mínimo, 100 estudantes durante o período de ocupação do espaço.

O programa Dança & Ação Social Ballet Stagium, que engloba o Projeto Joaninha, busca estabelecer uma associação duradoura com a Funarte e que propicie a execução de atividades artísticas e sociais. “Em tempos de mudanças, ampliar alianças é fundamental para fortalecer o diálogo entre arte, educação e sociedade. Atuar em parceria é um caminho para potencializar nossas ações diante dos desafios”. E a cia. ressalta: “O Stagium ao longo dos seus 50 anos de existência e resistência, vivencia a cada dia caminhos para ampliar a visão da realidade, alargar possibilidades de inclusão, reconhecer a diversidade e promover horizontes sustentáveis. Que venham os frutos desta parceria!”.

A cessão de espaço das salas do Complexo Cultural Funarte SP para a companhia de dança compreende ensaios de coreografias, realização de oficinas, aulas de balé clássico e contemporâneo para bailarinos em formação. Pelo Projeto Joaninha, o Stagium oferece cursos de dança e integração social para crianças e jovens de comunidades vulneráveis. Palestras com os diretores Décio Otero e Marika Gidali; oficinas de dança; ensaios abertos e espetáculos gratuitos para alunos, profissionais da dança e público em geral, também estão na agenda da ocupação.

Saiba mais sobre o Ballet Stagium

O Ballet Stagium, fundado em 23 de outubro de 1971 por Marika Gidali e Décio Otero, completa, em 2022, 51 anos ininterruptos de defesa, desbravamento e exaltação da imensidão artística nacional pelo olhar transformador da dança. A companhia se apresenta em espaços diversificados, como hospitais, internatos, centros prisionais, igrejas, escolas, parques, reservas ambientais, barcas, praias, trens, ruas e em grandes teatros brasileiros. A arte-educação, entendimento singular da dança como agente-condição de transformação pessoal e social, tem sido o alicerce da elaboração das atividades e projetos da companhia. Muito antes da época das contrapartidas, o Stagium aumentou o alcance social de seu trabalho artístico, desenvolvendo projetos pedagógicos em todo o Brasil e, com isso, foi tecendo um novo perfil para a dança no país. Em seu processo de investigação, a pesquisa de um determinado momento conduz a outra pesquisa, distinto de um trabalho pontual, superando assim, as lacunas entre teoria e prática.

Sobre os diretores do Stagium

Marika Gidali

Bailarina húngara, radicada no Brasil. Iniciou seus estudos de dança em São Paulo, com o professor Serge Murchatovsky, na escola Carmem Brandão. Atuou como bailarina no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Ballet do Teatro Cultura Artística e no Ballet IV Centenário. Na área da educação e inclusão social, coordenou atividades de dança nas unidades da FEBEM e, atualmente, atua no Projeto Joaninha. Também é responsável pelos projetos Dança a Serviço da Educação; Stagium vai às Escolas; Escolas Vão ao Teatro e Professor Criativo – curso dirigido a professores da rede pública de ensino do estado de São Paulo. Gidali trabalhou em espetáculos teatrais como coreógrafa e assistente de direção, atuando ao lado de importantes nomes da cena brasileira, como Ademar Guerra, Flávio Rangel, Silney Siqueira e Oswaldo Mendes. É ganhadora do Prêmio Cultural Blue Life, como uma das mulheres de destaque; e da Medalha de Ordem do Rio Branco, por sua contribuição à cultura brasileira. Ganhou o Prêmio Nacional Jorge Amado de Literatura e Arte, edição 2005; o Ilanud-Unicef (Prêmio Sócio-Educando); o Prêmio UNESCO (Mérito Artístico) e o Mérito Cultural, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, entre outros.

Décio Otero

Bailarino, coreógrafo, diretor artístico e escritor. Nasceu na cidade de Ubá, Zona da Mata de Minas Gerais. No Ballet Stagium, coordena e dirige com Marika Gidali, além do elenco profissional, importantes trabalhos na área social e de educação, como os projetos Joaninha, Professor Criativo, Stagium vai às Escolas, Escolas vão ao Teatro, entre outros. Otero já recebeu diversos prêmios por seus trabalhos como bailarino e coreógrafo e por relevantes serviços prestados à sociedade por meio de sua proposta de dança como ação social, destacando-se no Prêmio Sócio-Educando, concedido pela Ilanud e a UNICEF, por seu trabalho junto a jovens infratores de todo o país. Como parte do prêmio, o artista viajou ao Canadá, com Marika Gidali, para pesquisar e conhecer o sistema judiciário e carcerário daquele país. Otero recebeu, ainda, a Medalha de Mérito Cultural outorgada pelo Conselho Nacional de Dança, Órgão vinculado ao Conselho Internacional da UNESCO. Em 2006, recebeu a comanda Ary Barroso, outorgada pela cidade de Ubá (sua cidade natal), pelos relevantes serviços prestados à dança brasileira.

 Ocupação do Complexo Cultural Funarte SP pelo Ballet Stagium

Tempo de cessão de espaço: cinco anos |início: 17 de janeiro de 2022

Atividades oferecidas pelo Dança & Ação Social Ballet Stagium, incluindo o Projeto Joaninha: ensaios de coreografias, realização de oficinas, aulas de balé clássico, balé contemporâneo, capoeira, sapateado, dança de rua, danças circulares, história da arte e cultura em geral. Palestras com os diretores Décio Otero e Marika Gidali, ensaios abertos e espetáculos gratuitos para alunos, profissionais da dança e público em geral.

Inscrições abertas para o Projeto Joaninha

Requisitos: alunos de escolas públicas, com idades entre 7 e 14 anos

Como se inscrever: presencialmente na instituição, através do e-mail ciastagium@gmail.com ou pelo WhatsApp: (11) 97390-1667

Local: Complexo Cultural Funarte SP
Endereço: Alameda Nothmann, 1058
Campos Elíseos, São Paulo (SP)

Realização: Fundação Nacional de Artes | Secretaria Especial da Cultura | Ministério do Turismo | Governo Federal

Com informações da Funarte

Ascom/Secult

 

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Programa Nossa História distribui leitores digitais para escolas de educação básica
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O Programa Nossa História da Secretaria Especial da Cultura – SECULT, órgão vinculado ao Ministério do Turismo selecionou escolas municipais de Educação Básica para receber os leitores digitais. Será distribuído 10 equipamentos por escola, independentemente da quantidade de alunos matriculados.

Os critérios para escolha das Escolas Municipais serão por meio de indicadores oficiais socioeconômico e de desenvolvimento do nível de educação, principalmente o IDH do Município.

“A literatura é a própria cultura encarnada, é vida humana em linguagem mística. Importante programa para resgatar a nossa história”, disse o Secretário Especial da Cultura Mario Frias.

Os leitores digitais são considerados uma ferramenta ecológica, considerando o menor consumo de livros físicos e, consequentemente, de papel. Deve-se considerar também a durabilidade deste equipamento, o qual demanda pouca manutenção. E mesmo na recarga ele é eficiente, pois a bateria dura semanas mesmo com leituras diárias.

Deste modo as escolas de ensino municipais poderão ter acesso a acervo de livros sem necessitar comprometer a sua estrutura física.

Para o Secretário Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciuncula, “A linguagem de uma cultura de um país é uma linguagem literária. Importante ferramenta para ajudar as nossas crianças a conhecer a história do nosso país”, afirmou.

Distribuição 

Foram atendidas 308 escolas e distribuídos 3080 leitores digitais, em 31 municípios, nas cinco regiões do país.

  • Região Norte

    • 6 Municípios Beneficiários

    • 4 estados contemplados

    • 99 Escolas atendidas

    • 990 equipamentos distribuídos

  • Região Nordeste

    • 5 Municípios Beneficiários

    • 2 estados contemplados

    • 82 Escolas atendidas

    • 820 equipamentos distribuídos

  • Região Centro Oeste

    • 6 Municípios Beneficiários

    • 2 estados contemplados

    • 35 Escolas atendidas

    • 350 equipamentos distribuídos

  • Região Sudeste

    • 7 Municípios Beneficiários

    • 2 estados contemplados

    • 59 Escolas atendidas

    • 590 equipamentos distribuídos

  • Região Sul

    • 7 Municípios Beneficiários

    • 2 estados contemplados

    • 33 Escolas atendidas

    • 330 equipamentos distribuídos

O Programa Nossa História contou com um aporte inicial de 2 milhões de reais, o objetivo é atender todas as escolas de educação básica do país.  O programa é mais uma ação da SECULT que comemora o Bicentenário da Independência.

 

Fonte: Ascom/Secult

 

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Abertas as inscrições para 2º edição do curso de Educação Patrimonial no DF

Curso Educação Patrimonial

A previsão é que os cursos sejam iniciados em abril

 A segunda edição do curso autoinstrucional “Educação Patrimonial, Diversidade e Meio Ambiente no Distrito Federal” já está com suas inscrições abertas a professores e demais interessados pela temática. O curso faz parte do plano de trabalho de um termo de cooperação assinado entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Distrito Federal (DF) e a Secretaria de Estado e Educação do DF (SEEDF). A primeira edição aconteceu em agosto de 2021.

Construído por muitos parceiros e especialistas, o material é ofertado pela Subsecretaria de Formação Continuada (EAPE), na plataforma de cursos a distância (EAD) da Secretaria de Educação. São nove módulos, realizados em formato online, que abarcam diversos temas em torno do Patrimônio Cultural e da Educação Patrimonial.

Em 2021, o curso foi realizado de agosto a dezembro, com 130 participantes, entre profissionais da rede pública de ensino do DF e demais interessados na proposta. Agora, em 2022, o curso será novamente lançado, no mesmo formato e na mesma plataforma. A previsão é que os cursos sejam iniciados em abril e prossigam até julho de 2022.

Além de envolver professores da rede pública de ensino do DF, o objetivo do curso é atingir outros públicos, como técnicos da cultura, gestores culturais, profissionais de outras áreas da educação e outros interessados no conteúdo.

“Este é um trabalho pioneiro sobre a importância da conscientização da preservação e valorização do patrimônio cultural de Brasília. Acreditamos que a origem da preservação se dá por meio da educação”, disse o superintendente do Iphan-DF, Saulo Santos Diniz.

O Termo de Cooperação

O Termo de Cooperação 001/2020 formaliza a parceria entre o Iphan e a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDEF). Foi assinado em 2020, com o objetivo de promover ações de Educação Patrimonial, por meio de publicações, oficinas, seminários e cursos. Possui um plano de trabalho dividido por semestres e as ações seguem adaptadas ao cenário de pandemia.

Clique aqui para mais informações e para se inscrever no curso de Educação Patrimonial, Diversidade e Meio Ambiente no Distrito Federal. As inscrições se encerram neste domingo (13/02).

Mais informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação Iphan
comunicacao@iphan.gov.br
Juliana Brascher – juliana.brascher@iphan.gov.br
www.iphan.gov.br
www.facebook.com/IphanGovBr  |  www.twitter.com/IphanGovBr
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Avaliação do Plano Nacional de Cultura

Em 2021, a Secretaria Nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural (SECDEC) firmou uma parceria com a Fundação Escola Nacional de Administração Pública (Enap) junto as áreas de Assessoria para Avaliação de Políticas Públicas e Evidência Express, com o objetivo de elaborar uma avaliação ex-post do Plano Nacional de Cultura (PNC).

A avalição visa identificar os resultados obtidos pelo referido Plano em termos de objetivos, estratégias, metas e resultados comparando-os aos resultados almejados a época de sua elaboração.

Destaca-se que originalmente o artigo 1º da Lei nº 12.343, de 2010, definia uma duração de 10 (dez) para o PNC com sua vigência terminando em 2 de dezembro de 2020. No entanto, a Lei nº 14.156, de 1º de junho de 2021, alterou a Lei nº 12.343, de 2010, aumentado o prazo do PNC para 12 anos.

Apesar da expansão da vigência, a Secretaria Especial da Cultura trabalha para que, no ano de 2022, se inicie a discussão sobre o próximo Plano Nacional de Cultura. Em função desse fato, e como preconizam as boas práticas do monitoramento de políticas públicas, é importante que haja a elaboração de um estudo que analise a implementação do PNC, finalizando assim o ciclo da política pública e produzindo subsídios para as discussões de uma nova política para a área da cultura.

Diante deste cenário, é que surge a parceria com a Enap para avaliar os últimos 10 anos de implementação do PNC.

Esta avaliação fornecerá, com base em dados históricos, evidências que visam auxiliar na compreensão do problema e do contexto de política pública, seu público-alvo, causas e impactos das ações de forma a auxiliar a elaboração de futuras políticas para a área cultural.

O primeiro produto desta parceria, intitulado “Integração municipal ao Sistema Nacional de Cultura – Uma análise exploratória do período de 2012 a 2021”, traz um retrato da integração municipal ao Sistema Nacional de Cultura conforme a situação de implementação efetuada até setembro de 2021.

A escolha em se enfatizar o Sistema Nacional de Cultura em uma avaliação sobre o Plano Nacional de Cultura justifica-se uma vez que o SNC é a meta 01 do PNC, uma meta tida como estruturante para o desenvolvimento da cultura no Brasil.

Vale lembrar que o Sistema Nacional de Cultura (SNC) se configura como a ponte entre o Plano Nacional de Cultura (PNC), entre os entes da Federação (União, Estados, DF e Municípios) e a sociedade, pois estabelece mecanismos de gestão compartilhada entre os entes federados e a sociedade civil para a construção de políticas públicas de cultura.

É importante mencionar que este estudo, em formato de relatório aqui disponibilizado, também teve como objetivo levantar informações para a realização da avaliação de impacto do Plano Nacional de Cultura, uma segunda etapa da parceria que está em andamento.

Partindo da análise da experiência de integração municipal ao sistema para, posteriormente, examinar de forma exploratória algumas possíveis características municipais determinantes da adesão ao SNC, o estudo levantou questões importantes para se discutir o funcionamento e os rumos do SNC.

Para consultar o estudo na íntegra, clique aqui.

Fonte: Ascom/Secult

 

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Professores discutem os usos de livro que valoriza a cultura Karajá

Temas da publicação Arte Iny Karajá Patrimônio Cultural do Brasil serão trabalhados

Professores de escolas indígenas Karajá presentes nos estados de Goiás, Tocantins, Pará e Mato Grosso participarão nesta terça-feira, 16, do lançamento das oficinas que abordarão formas lúdicas de apresentar temas da cultura das aldeias nas escolas indígenas, por meio da publicação Arte Iny Karajá Patrimônio Cultural do Brasil.

As oficinas seguem nos dias 17 a 19 de novembro e serão ministradas por historiadores, museólogos e antropólogos da Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Museu Antropológico, e conta com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo.

O encontro online visa trabalhar e levantar temas abordados no livro para que sejam aplicados junto aos alunos em sala de aula, visando o ensinamento, a transmissão e a propagação da cultura Karajá. Durante as oficinas, serão discutidas metodologias de ensino, dialogando com os temas sobre o patrimônio cultural, a importância do registro da cultura Karajá, expressões artísticas e culturais.

“O livro apresenta temas importantes da cultura Karajá. As narrativas contam mitologias, histórias e valores culturais dos indígenas. A publicação será trabalhada com os professores no sentido de construir dialogicamente meios didáticos para que a publicação seja utilizada junto aos alunos da comunidade Karajá”, explica a historiadora do Iphan-GO, Renata Galvão. “A participação dos professores das escolas indígenas é fundamental para pensar a partir de cada contexto escolar os métodos mais benéficos na abordagem do livro dentro do processo de ensino-aprendizagem em sala de aula.”

A ação faz parte do plano de salvaguarda de dois bens registrados como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2012 pelo Iphan. O primeiro é intitulado “Ritxoko, Expressão Artística e Cosmológica do Povo Karajá”, inscrito no livro das formas de Expressão; e o segundo são os “Saberes e Práticas Associados ao Modo de Fazer Bonecas Karajá”, inscrito no livro dos Saberes.

As ilustrações do livro foram desenhadas e pintadas por crianças karajá, acompanhadas de professores das escolas indígenas. “Quando os livros chegarem às mãos dos alunos no ambiente escolar, muitos deles vão reconhecer os desenhos que eles próprios pintaram, contribuindo com a promoção e valorização da cultura em que pertencem”, complementou Galvão.

“Com os saberes e tradições dos povos Karajá eternizados em livro, possibilita que a cultura indígena seja trabalhada com alunos de todas as escolas, fazendo com que os costumes passem de geração a geração. Além disso, a publicação é uma ferramenta de luta pelos direitos culturais dos povos originários”, destaca o superintendente do Iphan-GO, Allyson Cabral.

O Livro

Como um meio de valorizar e promover a cultura, a arte e os mitos do povo indígena Karajá, assim como sua língua materna, denominada Inyrybè, no mês de setembro, escolas indígenas localizadas nos municípios de Aruanã, em Goiás, bem como também nos estados do Tocantins, Pará e Mato Grosso, receberam das superintendências do Iphan exemplares da obra Arte Iny Karajá Patrimônio Cultural do Brasil.

Arte Iny Karajá Patrimônio Cultural do Brasil foi elaborado com o auxílio dos próprios indígenas e apresenta temas que abordam a divulgação da cultura indígena de sete aldeias karajá – as celebrações e rituais; os ofícios, saberes e modos de fazer ritxoko (bonecas karajá); e os seus locais de habitação. As aldeias se estendem pelos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Pará.

Produzida na língua materna karajá e em português, a obra é resultado do projeto “Bonecas de Cerâmica Karajá como Patrimônio Cultural do Brasil: Contribuições para a sua Salvaguarda”, que trabalhou ações de promoção da cultura indígena, seguido da formação de gestores nas comunidades, com o foco no gerenciamento dos bens culturais. Também buscou-se promover o intercâmbio e a troca de saberes entre as comunidades Karajá, com diversas atividades, como a realização de oficinas de capacitação e, por fim, o fortalecimento da língua Inyrybè, que resultou no livro bilíngue.

Serviço: Oficinas: Arte Iny Karajá Patrimônio Cultural do Brasil

Data: 16 a 19 de novembro de 2021

Horário: 19h

Online: Museu Antropológico UFG (https://www.youtube.com/museuantropologicoufg)

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