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A Fundação Cultural Palmares certificou mais quinze comunidades que se autodefiniram remanescentes de quilombo. A publicação foi feita no Diário Oficial da União no dia 12 de junho. São comunidades da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Entre elas estava a Comunidade Limoeiro, localizada no município Entre Rios/BA.

A Comunidade Limoeiro sempre quis ter sua identidade e costumes reconhecidos como parte da história brasileira. Eles refletiam sobre todo o processo de escravização no litoral e as consequências desse período na realidade que vivem hoje. A perseguição sofrida, a luta pela terra, pelos direitos e liberdade sempre foi contada de pai para filho e ainda é sentida.

Motivados ainda mais por um documentário que falava de Massarandupió, Pedra Grande, Porteiras e Gamba – comunidades já certificadas pela Fundação Cultural Palmares – decidiram iniciar o processo de certificação e procuraram a Fundação para receber orientação sobre os procedimentos necessários.

Quando o processo se encerrou e saiu a publicação da certificação a comunidade recebeu a notícia com muita alegria. Se reuniram e celebraram. Mandaram fazer uma placa com tamanho ampliado da certificação para que todos saibam que aquelas terras são agora reconhecidas e protegidas pelo Governo Federal. E que agora eles têm direito a acessar todas as políticas públicas disponíveis.

Comunidade Limoeiro reunida após certificação

Enviaram ao presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira, a seguinte mensagem: “Em nome da Comunidade Quilombola Limoeiro, todos agradecem pela certificação da nossa comunidade. Choros e risos pelo sentimento de vivermos como se tivéssemos numa senzala ter chegado ao fim. Alforria chegou. Foi uma grande festa! Nosso muito obrigado!”

Apesar da Comunidade Limoeiro estar tão contente com a certificação, o sentimento de satisfação que toda a equipe que forma a Fundação Cultural Palmares carrega é ainda maior.  Nosso empenho e missão é fazer com que o povo afrodescendente seja respeitado pela grandeza de sua contribuição na formação do nosso país e ajuda-los ao máximo que for possível alcançar a mobilidade social.

Texto e Fonte: Emiliane Saraiva Neves/Fundação Cultural Palmares

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