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Conjunto de Fortificações do Brasil.Com o objetivo de estreitar a relação entre Patrimônio Cultural e Turismo, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Ministério do Turismo (MTur) trabalham em ações conjuntas para o ano de 2017. Em reunião nesta terça-feira, 1 de fevereiro, a presidente do Iphan, Kátia Bogéa, e o ministro do Turismo, Marx Beltrão, ajustaram um plano de trabalho.

Para Kátia Bogéa, “a parceria entre o Iphan e o Ministério do Turismo é fundamental. Trabalhamos praticamente com o mesmo objeto, ou seja, o Ministério do Turismo promove o Brasil e sua cultura, e o Iphan protege o Patrimônio Cultural Brasileiro e preserva essa memória para as gerações futuras”. A agenda conjunta entre as duas instituições do Governo Federal prevê um repasse de recursos do MTur ao Iphan para a realização do Seminário Internacional Fortificações Brasileiras. Será feita também a revisão, atualização e nova impressão do Guia Brasileiro de Sinalização Turística. Outro assunto de interesse conjunto é a candidatura da Serra da Barriga (AL) a Patrimônio Cultural do MERCOSUL e, ainda na esfera internacional, uma missão irá a Portugal para conhecer as experiências de seus centros de visitantes, em especial nos sítios do patrimônio mundial, e também museus e centros de interpretação de sítios.

Conjuntos de Fortificações
Entre os bens brasileiros constantes na Lista Indicativa do Patrimônio Mundial da UNESCO está um Conjunto de Fortificações, composto por 19 fortes situados em 10 estados, que representam as construções defensivas implantadas no território nacional, nos pontos que serviram para definir as fronteiras marítimas e fluviais do País. O Seminário Internacional Fortificações Brasileiras – Patrimônio Mundial: estudos para análise de modelos de gestão e valoração turístico-cultural será realizado entre os dias 4 e 7 de abril, no Forte das Cinco Pontas, em Recife (PE), e tem como principal objetivo estabelecer uma plataforma comum no que se refere à proteção, conservação e gestão desses bens. “A maioria das fortificações está sem uso e vamos trazer experiências concretas para avançarmos na gestão das fortalezas. Queremos envolver neste encontro, além do Ministério da Cultura, os Ministérios do Turismo, da Defesa e da Educação”, destaca a presidente do Iphan. Forte dos Reis Magos em Natal (RN)

O conjunto de fortificações implantado pelos europeus no Brasil teve suas origens em um processo de ocupação do território próprio, diferenciado das outras potências coloniais. Baseava-se em um esforço descentralizado, oriundo de ações dos próprios moradores das diferentes capitanias que formariam o Brasil, sem uma maior intervenção da metrópole. Isso resultou na construção de centenas de fortificações, espalhadas por todo o território nacional, edificadas para atender mais a interesses locais do que os da metrópole.
Ainda existem dezenas dessas fortificações luso-brasileiras, marcando a ação deles no estabelecimento dessa cultura única. A proposta desta inscrição é apresentar um conjunto de fortificações que contemple uma seleção de 19 monumentos, representativos das construções defensivas implantadas no território brasileiro, nos pontos que serviram para definir as fronteiras marítimas e fluviais que resultaram no maior País da América Latina: o Brasil. A seleção dos monumentos recaiu sobre as seguintes obras:

Fortaleza de São José, em Macapá (AP)
Forte Coimbra, em Corumbá (MS)
Forte de Príncipe da Beira, em Costa Marques (RO)
Fortaleza dos Reis Magos, em Natal (RN)
Forte de Santa Catarina, em Cabedelo (PB)
Forte de Santa Cruz (Forte Orange), em Itamaracá (PE)
Forte São João Batista do Brum, no Recife (PE)
Forte São Tiago das Cinco Pontas, no Recife (PE)
Forte de Santo Antônio da Barra, em Salvador (BA)
Forte São Diogo, em Salvador (BA)
Forte São Marcelo, em Salvador (BA)
Forte de Santa Maria, em Salvador (BA)
Forte de N. S. de Mont Serrat, em Salvador (BA)
Fortaleza de Santa Cruz da Barra, em Niterói (RJ)
Fortaleza de São João, no Rio de Janeiro (RJ)
Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá (SP)
Forte São João, em Bertioga (SP)
Fortaleza de Santa Cruz de Anhantomirim, em Governador Celso Ramos (SC)
Forte de Santo Antônio de Ratones, em Florianópolis (SC)

Missão Portugal
Em março, representantes do Iphan e dos Ministérios da Cultura e do Turismo irão visitar alguns sítios do patrimônio mundial em Portugal, para conhecer as experiências de interpretação de lugares como os centros históricos do Porto, Guimarães e Viana do Castelo. O objetivo da missão é desenvolver um projeto de intercâmbio com Portugal para assessorar no desenvolvimento de projetos para instalação de centros de interpretação em sítios do patrimônio mundial no Brasil.

A presença de centros de interpretação em sítios do patrimônio mundial qualifica a visitação turística, promovendo o Turismo Cultural nesses locais, já que o visitante tem neles acesso à história e importância do lugar.

Guia Brasileiro de Sinalização Turística
A primeira versão do Guia Brasileiro de Sinalização Turística foi desenvolvida pelo Iphan, Instituto Brasileiro de Turismo, (Embratur) e Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), com o objetivo de ressaltar a importância dos recursos patrimoniais como elementos que despertassem interesse turístico, destacando a autenticidade e o caráter único dos sítios históricos, artísticos, naturais e arqueológicos. A revisão e atualização do Guia pretende superar os desafios da hospitalidade nos locais, em relação aos seus atrativos turísticos, bem como garantir os direitos de acessibilidade, melhorar a mobilidade urbana diante do aumento de fluxos turísticos cada vez mais globalizados e otimizar os sistemas existentes de informação pública.

Candidatura da Serra da Barriga (AL)
Local marcado pela construção do Quilombo dos Macacos, sede do Quilombo dos Palmares, a Serra da Barriga, em Alagoas, é aspirante a Patrimônio Cultural do MERCOSUL. A candidatura se insere na proposta La Geografía del Cimarronaje: Cumbes, Quilombos y Palenques del MERCOSUR, junto com Equador e Venezuela, que também apresentaram sítios de interesse para a valoração da contribuição africana no continente sul-americano. O dossiê da habilitação será avaliado no fim do segundo semestre de 2017.

Texto e Fonte: Assessoria de Comunicação Iphan

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