Você está aqui:
Iphan entrega dois bens devidamente restaurados em Santa Catarina

O Conjunto Zimdars, em Blumenau, e a Casa Hardt, em Pomerode, integram o conjunto de bens relacionados com a imigração no estado

Depósito que integra o Conjunto Zimdars, em Blumenau, tombado pelo Iphan desde 2015. (Fotos: Iphan-SC)

 

Nesta quarta-feira (25), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entregou duas obras que restauraram a integridade de bens tombados em Santa Catarina (SC). O Conjunto Zimdars, em Blumenau; e a Casa Hardt, em Pomerode, fazem parte do conjunto de bens relacionados com a imigração no estado, tombados como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2015.

As edificações receberam serviços de restauração, com investimentos que somam mais de R$ 264 mil, oriundos de emenda parlamentar. Os dois bens são representativos das referências culturais teuto-brasileiras, fortemente presentes no Vale do Itajaí.

“Realizamos intervenções importantes, visando a integridade das construções, sempre observando as necessidades específicas de cada uma”, explica a superintendente do Iphan em Santa Catarina, Regina Helena Santiago. “A ação de conservação deve ser continuada por medidas constantes de manutenção por parte dos proprietários de cada bem”, acrescenta.

Conjunto Zimdars 

O Conjunto Zimdars, em Blumenau, teve um investimento de quase R$ 184 mil, utilizados no restauro do Armazém, que abrangeu a cobertura, forro, esquadrias, imunização e pintura. Os serviços também foram realizados na Casa Enxaimel-Depósito do bem, incluindo a recomposição das paredes enxaimel, pisos, forros, esquadrias, imunizações, proteções, pinturas e instalações elétricas.

O conjunto tombado foi um importante entreposto comercial, localizado em uma comunidade de descendentes de imigrantes. O local era constituído por um comércio e um clube de caça e tiro que, juntos, apresentam uma ambiência de extrema qualidade, formando um ponto de referência do pequeno núcleo de Itoupava Rega. As edificações, erguidas a partir de 1899, destacam-se no contexto pela técnica de construção e requinte dos detalhes.

Casa Hardt 

A Casa Hardt, no município de Pomerode, recebeu investimento de mais de R$ 80,6 mil. A obra incluiu a recuperação das alvenarias, coberturas e esquadrias da edificação.

A casa, datada de 1922, também se destaca pela técnica de construção e riqueza dos detalhes, com elementos não encontrados em nenhum outro imóvel enxaimel na região. O local chama a atenção devido à escada de alvenaria que conduz à varanda em formato de “U”.

A obra contou com a parceria da Prefeitura Municipal de Pomerode, que contribuiu com o fornecimento de materiais para a execução da obra, como barrotes de madeira, telhas e parte da reforma elétrica.

Fonte: Iphan

Assessoria de Comunicação Iphan
comunicacao@iphan.gov.br

www.gov.br/iphan
www.facebook.com/IphanGovBr | www.twitter.com/IphanGovBr
www.instagram.com/iphangovbr

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Iphan realiza maratona de entregas em bens tombados do Espírito Santo

Receberam melhorias a Capela do Convento de Nossa Senhora da Penha, em Vila Velha, bem como Igreja de Nossa Senhora do Rosário e Chácara Barão de Monjardim, em Vitória.

2022_ES_VilaVelha_ConventoDaPenha_Jumaida

Nesta quarta-feira (13), os capixabas têm pelo menos três motivos para celebrar. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entregou três monumentos simbólicos do estado restaurados: a capela do conjunto arquitetônico e paisagístico do Convento e Igreja de Nossa Senhora da Penha, em Vila Velha (ES), a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Vitória, e a Chácara Barão de Monjardim, também situada na capital do estado. No total, foram aproximadamente R$ 1,5 milhão em melhorias.

Com investimentos do Iphan da ordem R$ 400 mil, a capela foi entregue à população restaurada. Além do complexo do Convento do Carmo ser um dos mais reconhecidos pontos turísticos capixabas, trata-se de um dos primeiros santuários do Brasil. Ponto de interesse histórico e devoção religiosa, o monumento atrai mais de três milhões de visitantes ao ano.

No cume de uma montanha, Convento pode ser visto de diversos pontos das cidades vizinhas. Créditos: Acervo Iphan ESPara garantir a integridade física desse bem cultural, assim como a preservação de seus elementos arquitetônicos, os serviços de manutenção se desdobraram nas recuperações do forro, do piso e dos sinos da capela, além de pintura interna. Outras melhorias foram o projeto de instalações elétricas e o projeto de Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA), bem como a atualização do levantamento arquitetônico. Além disso, também foram executados trabalhos de manutenção corretiva e preventiva do sistema elétrico e automação da iluminação cênica.

Outro destaque das intervenções foi a pesquisa arqueológica, que atraiu a atenção da comunidade local. Foi identificada uma extensa camada de aterro, com presença de diversos materiais construtivos e cerâmica utilitária de diversas épocas. Os resultados da pesquisa estão em processo de análise e interpretação dos dados. Posteriormente, tais informações também serão redigidas em formato de material educativo a fim de compartilhar o conhecimento com a sociedade de modo amplo.

Com as melhorias, a capela integra as celebrações da Festa da Penha, uma das datas mais importantes para visitantes e moradores que frequentam o monumento.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário

2022_ES_Vitória_IgrejaDoRosário_JumaidaO Iphan, autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo, também investiu R$ 350 mil em obras de contenção estrutural e conservação da Igreja do Rosário, no município de Vitória. Tanto o recurso do Convento da Penha quanto o da Igreja do Rosário são provenientes de Emendas Parlamentares.

As melhorias devolvem a Igreja aos fiéis e turistas, já que celebrações e visitações estavam suspensas desde maio de 2019 devido aos riscos no acesso.

O escopo das intervenções contemplou a resolução de problemas estruturais dos muros, serviços no sistema de drenagem, recuperação da rampa metálica e das alvenarias, pintura externa, instalação de guarda-corpo na escadaria frontal, entre outras ações.

Tombada em 1946, a igreja está inscrita no Livro do Tombo Histórico do Iphan. A construção do templo foi iniciada em 1765. Na época, encontrava-se afastada do núcleo original da povoação da Vila de Vitória e a entrada principal do templo era voltada para o mar.

De arquitetura e altares barrocos, sua estrutura principal foi erguida em apenas dois anos pelos membros da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Ao longo dos anos, a edificação testemunhou o crescimento da cidade ao redor sem deixar de permanecer como um marco para os capixabas. Situada no alto de uma longa escadaria, o templo se destaca na paisagem de Vitória.

Casa e Chácara Barão de Monjardim

Encerrando o ciclo de entregas, o Instituto concluiu o evento na Casa e Chácara Barão de Monjardim. O monumento abriga o Museu Solar Monjardim, único museu federal localizado no estado e primeiro bem tombado pelo Iphan no Espírito Santo. Atualmente, o bem é administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). O Ibram disponibilizou R$ 775 mil em verbas para o restauro, que foi executado pelo Iphan.

Inscrito em 1940 no Livro do Tombo das Belas Artes do Iphan, o bem Casa e Chácara Barão de Monjardim compõe um conjunto urbano remanescente da Fazenda Jucutuquara, importante produtora de cana de açúcar e demais gêneros de subsistência que abasteciam a ilha de Vitória entre os séculos XVII e XIX. Construída nas últimas duas décadas do século XVIII, a residência foi erguida estrategicamente em relevo alto. Devido à localização, servia de ponto de referência para viajantes e possibilitava o controle sobre o engenho e a senzala.

Transmitido por herança, no século XIX o imóvel passou a ser a residência oficial da família Monjardim. Agora, o museu disponibiliza acervo característico do cotidiano de uma família abastada do século XIX, com mobiliário, arte sacra, indumentária, armaria, estatuária, entre outras tipologias. Trata-se do único exemplar da arquitetura rural datada do período colonial no Espírito Santo.

2022_ES_Vitória_SolarMonjardim_Jumaida

Mais informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação Iphan
Daniela Reis
comunicacao@iphan.gov.br
www.iphan.gov.br
www.instagram.com/iphangovbr
 | www.facebook.com/IphanGovBr  |  www.twitter.com/IphanGovBr

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Igreja Matriz de Coqueiro Seco (AL) é entregue restaurada

Investimentos do Iphan no monumento somam R$ 2,9 milhões

2022_AL_CoqueiroSeco_IgrejaMatrizRandomica

Fachada do monumento chama atenção pelo detalhe em azulejaria.

Localizada no pequeno município de Coqueiro Seco, em Alagoas (AL), a Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe dos Homens é um símbolo da cidade que mobiliza afetivamente a população. Nesta segunda-feira (7), o bem tombado foi entregue após ampla restauração, que recebeu investimentos de aproximadamente R$ 2,9 milhões do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo.

A cerimônia para marcar o fim dos trabalhos contou com a presença do ministro do Turismo, da presidente do Iphan, da superintendente do Iphan em Alagoas, entre outros. A intervenção é fruto de parceria da Prefeitura de Coqueiro Seco com a Autarquia e se desdobrou em três etapas. Com investimentos de R$ 506 mil, na última etapa foram recuperados elementos artísticos que compõem o acervo da Igreja, como o conjunto de altares laterais e colaterais, tribunas, coro e azulejos portugueses do século XIX.

Os trabalhos também contemplaram a recuperação do conjunto de imagens, do forro da sacristia e do altar-mor; a implantação de sistema de segurança e pânico; bem como a preparação de salas de aula no segundo piso, com nova iluminação. Com essa última entrega, o Iphan finaliza a restauração completa do monumento.

“Os expressivos investimentos aplicados no estado do Alagoas reforçam o papel do Instituto como guardião do Patrimônio Cultural brasileiro. Além de gerar emprego e renda, as obras transformam o dia a dia do cidadão. É isso que faz sentido para o Governo Federal, trabalhar em prol das pessoas”, destacou a presidente do Iphan. “Após quatro etapas de restauro, a igreja será reaberta à comunidade com sua arquitetura e seu conjunto de elementos integrados e restaurados pelo Instituto. Desejamos que a comunidade possa usufruir de forma intensa dessa maravilha”, completou.

Com deslumbrante vista panorâmica, a igreja situa-se no alto de um morro voltado à Lagoa Mundaú e à cidade de Maceió. Possui conjunto interno em madeira talhada de estilo predominantemente rococó, com esculturas do século XVIII.

A construção do templo se iniciou em 1790, por iniciativa do padre Bernardo José Cabral, que ergueu a igreja em terreno doado por José Carlos Marinho e Teresa Maria de Jesus. Com estudos já concluídos, o processo de tombamento federal do monumento será encaminhado ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.

Investimentos no Patrimônio Cultural
2022_AL_CoqueiroSeco_IgrejaMatrizInteriorA obra é mais uma de uma série de intervenções promovidas em Alagoas. Outras obras no estado vêm sendo realizadas com investimentos do Iphan, como a requalificação urbanística do Largo de São Gonçalo, em Penedo. Já a a restauração da Igreja Bom Jesus dos Martírios, em Maceió, está em fase final dos trabalhos e deve ser entregue nos próximos meses.

Em Marechal Deodoro foram requalificados a Casa de Câmara e Cadeia, os largos do Carmo e do Bonfim. Outro marco da recuperação do patrimônio deodorense foi a restauração da Igreja do Rosário dos Homens Pretos. Estão em curso o embutimento de fiação aérea no Largo da Matriz, as obras na Igreja do Bonfim, o restauro da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, bem como a recuperação da sede da Filarmônica mais antiga da cidade, a Santa Cecília. Ao todo, nos últimos anos o Instituto investiu mais de R$ 17 milhões no estado.

Além disso, o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, concedeu verbas para recuperar monumentos alagoanos. A restauração da Casa de Jorge de Lima, no município de União dos Palmares, a consolidação das ruínas da Igreja de São Bento, em Maragogi, e as adaptações para transformar em biblioteca a Igreja de Nossa Senhora do Amparo, em Marechal Deodoro, são exemplos da ação no FDD na região.

Créditos das Imagens: Roberto Castro / Mtur

Mais informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação Iphan
comunicacao@iphan.gov.br
www.iphan.gov.br
www.facebook.com/IphanGovBr  |  www.twitter.com/IphanGovBr

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

MTur investe R$ 1,3 milhão na construção de portais turísticos em três estados

Cidades da Paraíba, Bahia e Minas Gerais contam com apoio financeiro do governo federal para reforçar a atratividade dos destinos

Cláudio (MG) é uma das cidades que terão recursos para construir portais turísticos. Crédito: Secult/MG

Um investimento de R$ 1,320 milhão do Ministério do Turismo vai permitir que cinco municípios da Paraíba, Bahia e de Minas Gerais construam portais turísticos e aprimorem o receptivo de visitantes. Juarez Távora (PB), por exemplo, a 75 km da capital do estado, João Pessoa, conta com R$ 287,3 mil. A iniciativa busca reforçar a procura pela região, porta de entrada do Brejo Paraibano e palco de atrativos como a Trilha da Caatinga na Serra do Cruzeiro.

Também na Paraíba, a cidade de Serra Redonda, cenário de pontos turísticos a exemplo da Praça Colorida, dispõe de R$ 267,9 mil do governo federal para implantar portais em suas entradas e ampliar a visibilidade local. O mesmo ocorrerá no município paraibano de Cuitegi, onde o MTur aplica R$ 238,7 mil na instalação de estruturas do tipo na rodovia PB-075. A cidade, situada a 105 km de João Pessoa, ostenta belezas como a sua Igreja Matriz.

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, observa que os projetos ajudam a despertar o interesse pelos destinos. “Os portais contribuem para cativar o turista e servem como ótimos cartões de boas-vindas. Essas estruturas favorecem a divulgação de várias localidades, principalmente no interior do país, que muitas vezes proporcionam experiências únicas aos seus visitantes e que têm um grande potencial de fomentar a retomada do turismo nacional”, aponta.

Ainda no Nordeste, Ibicoara (BA) conta com R$ 286,5 mil do MTur para construir um portal turístico na rodovia BA-900. A cidade abriga as cachoeiras do Buracão e da Fumacinha, duas das maiores atrações da Chapada Diamantina, cujas imagens serão expostas no novo espaço. O objetivo é incrementar o fluxo de visitantes que praticam ecoturismo, impactando positivamente a movimentação econômica no comércio e na hotelaria e a geração de emprego e renda.

MINAS GERAIS – Um portal turístico também será erguido no município de Cláudio (MG), localizado a cerca de 105 quilômetros da capital do estado, Belo Horizonte. A cidade, cenário de atrativos como o Circuito de Grutas e a Igreja Nossa Senhora Aparecida, tem à disposição R$ 238,8 mil do Ministério do Turismo para a obra. A iniciativa pretende aumentar a busca por belezas a exemplo das cachoeiras do Corumbá, dos Pios e do São Bento, entre outras.

 

Por André Martins

Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

Viagens e Turismo

2 Comentários

  1. Rodrigo da Gama da Silva

    Oláe chamo Rodrigo Silva sou da Secretaría de Cultura Desporto e Turismo de Santa Barbara do Pará. Gostaria de ressaltar o quanto esse tipo de investimento é importante para o Turismo da região e acrescento, que Santa Barbara do pará é a cidade da região metropolitana de Belém com o maior número de Igarapés dando a ela o reconhecimento de Cidade dos Igarapés. E no últimos anos ela tem se destacado com seu fluxo intenso de turistas, portanto gostaria de saber como podemos fazer para receber investimento do Mtur para investir em portais e estruturas nesse sentido.

    Responder
    • Miriam Araujo

      Prezado Senhor Rodrigo,
      Obrigada pela sua mensagem!
      Sugiro que você contate o Mtur por telefone ou registre um pedido de acesso à informação no Fala.BR.
      O contato com a Ouvidoria-MTur pode ser realizado por meio do número (61) 2023-8001. Esta modalidade de atendimento está disponível de 2ª a 6ª feira (exceto feriados), das 8h às 18h.

      Atte,
      Equipe do Plano Nacional de Cultura

      Responder

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Avaliação do Plano Nacional de Cultura

Em 2021, a Secretaria Nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural (SECDEC) firmou uma parceria com a Fundação Escola Nacional de Administração Pública (Enap) junto as áreas de Assessoria para Avaliação de Políticas Públicas e Evidência Express, com o objetivo de elaborar uma avaliação ex-post do Plano Nacional de Cultura (PNC).

A avalição visa identificar os resultados obtidos pelo referido Plano em termos de objetivos, estratégias, metas e resultados comparando-os aos resultados almejados a época de sua elaboração.

Destaca-se que originalmente o artigo 1º da Lei nº 12.343, de 2010, definia uma duração de 10 (dez) para o PNC com sua vigência terminando em 2 de dezembro de 2020. No entanto, a Lei nº 14.156, de 1º de junho de 2021, alterou a Lei nº 12.343, de 2010, aumentado o prazo do PNC para 12 anos.

Apesar da expansão da vigência, a Secretaria Especial da Cultura trabalha para que, no ano de 2022, se inicie a discussão sobre o próximo Plano Nacional de Cultura. Em função desse fato, e como preconizam as boas práticas do monitoramento de políticas públicas, é importante que haja a elaboração de um estudo que analise a implementação do PNC, finalizando assim o ciclo da política pública e produzindo subsídios para as discussões de uma nova política para a área da cultura.

Diante deste cenário, é que surge a parceria com a Enap para avaliar os últimos 10 anos de implementação do PNC.

Esta avaliação fornecerá, com base em dados históricos, evidências que visam auxiliar na compreensão do problema e do contexto de política pública, seu público-alvo, causas e impactos das ações de forma a auxiliar a elaboração de futuras políticas para a área cultural.

O primeiro produto desta parceria, intitulado “Integração municipal ao Sistema Nacional de Cultura – Uma análise exploratória do período de 2012 a 2021”, traz um retrato da integração municipal ao Sistema Nacional de Cultura conforme a situação de implementação efetuada até setembro de 2021.

A escolha em se enfatizar o Sistema Nacional de Cultura em uma avaliação sobre o Plano Nacional de Cultura justifica-se uma vez que o SNC é a meta 01 do PNC, uma meta tida como estruturante para o desenvolvimento da cultura no Brasil.

Vale lembrar que o Sistema Nacional de Cultura (SNC) se configura como a ponte entre o Plano Nacional de Cultura (PNC), entre os entes da Federação (União, Estados, DF e Municípios) e a sociedade, pois estabelece mecanismos de gestão compartilhada entre os entes federados e a sociedade civil para a construção de políticas públicas de cultura.

É importante mencionar que este estudo, em formato de relatório aqui disponibilizado, também teve como objetivo levantar informações para a realização da avaliação de impacto do Plano Nacional de Cultura, uma segunda etapa da parceria que está em andamento.

Partindo da análise da experiência de integração municipal ao sistema para, posteriormente, examinar de forma exploratória algumas possíveis características municipais determinantes da adesão ao SNC, o estudo levantou questões importantes para se discutir o funcionamento e os rumos do SNC.

Para consultar o estudo na íntegra, clique aqui.

Fonte: Ascom/Secult

 

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Após restauro, Santuário Nacional de São Jose de Anchieta (ES) é reaberto ao público

Monumento na cidade de Anchieta apresenta um novo conceito de museu, com interação e centro interpretativo

Santuário Nacional de São José de Anchieta, em Anchieta (ES) (Foto: Gabriel Lordelo).

Um dos mais importantes símbolos da presença dos jesuítas no Brasil, o Santuário Nacional de São José de Anchieta foi entregue para a população capixaba nesta quinta-feira (18). O bem cultural localizado em Anchieta, no Espírito Santo (ES), passou por obras de restauro e readequação, com investimentos da ordem de R$ 10,5 milhões. As intervenções foram aprovadas e acompanhadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo.

“Com a entrega e a reabertura do santuário, o turismo religioso vai crescer na cidade. Os visitantes vão voltar a usufruir desse espaço, tão importante para a história do nosso país. O fluxo de turistas deve contribuir para gerar renda e emprego para o cidadão da região.” Presidente do Iphan, Larissa Peixoto.

Efetivadas pela Lei de Incentivo à Cultura Federal, as obras foram patrocinadas pelo Instituto Cultural Vale e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Alinhado com padrões internacionais da área, o Instituto Modus Vivendi executou o restauro, de modo a preservar as características originais do bem.

O santuário é formado pela Igreja Nossa Senhora da Assunção e pela antiga residência jesuíta. Em 1943, o Iphan tombou a igreja, com inscrição no Livro do Tombo Histórico. Embora suspenso na pandemia, a expectativa é de que o turismo religioso no Santuário seja retomado nos próximos meses. O monumento religioso, um dos mais importantes do País, ficou em obra por cerca de três anos. Além de serviços de conservação e restauração, as intervenções criaram espaços para recepção e visita do público. A superintendente do Instituto no Espírito Santo, Elisa Machado Taveira esteve presente na cerimônia de entrega.

Altares laterais do Santuário Nacional São José de Anchieta, em Anchieta (ES) (Foto: Gabriel Lordelo). “O complexo arquitetônico do Santuário de Anchieta é um dos mais antigos e importantes do País. Os investimentos realizados pelo BNDES e outros parceiros contribuirão para a qualificação do turismo no Espírito Santo, ampliando também o conhecimento sobre o relevante papel do Padre Anchieta na história do Brasil colônia”, avalia o diretor de crédito produtivo e socioambiental do BNDES, Bruno Aranha.

O complexo recebeu obras civis de conservação, climatização, sonorização, restauro do patrimônio arquitetônico, iluminação monumental, sistema de proteção de descarga atmosférica, segurança e projeto de combate a incêndio. Também foram realizados levantamentos históricos, pesquisa arqueológica, restauro de imagens de santos e objetos litúrgicos, digitalização do acervo e projeto de readequação litúrgica. Os espaços de uso do Santuário agora compreendem a igreja, o centro de interpretação, o café, a loja, o centro de documentação e o paisagismo cultural.

Entre as intervenções destacam-se ainda as medidas de acessibilidade, como: banheiros adaptados conforme normas técnicas, sinalização em braile, intérprete em libras nos vídeos, passarelas acessíveis no paisagismo e plataformas elevatórias para que todos os visitantes tenham acesso à Cela de São José de Anchieta e ao Centro de Documentação. Todo o roteiro textual do Centro de Intepretação terá traduções para o inglês e o espanhol, de modo a contemplar um escopo mais amplo de visitantes.

Depoimentos

“[A canonização do santo que dá nome ao monumento] cresceu e multiplicou o número de pessoas interessadas em São José de Anchieta, levando em conta toda sua devoção e interesse pelos aspectos artístico e cultural do monumento. O Santuário, então revitalizado, revigora a fé do povo no santo, aumenta a devoção. Também desperta o interesse turístico, artístico, cultural. Revitalizar o Santuário é restaurar para preservar e divulgar.” Reitor do santuário, padre Nilson Maróstica.

Para a superintendente Elisa Taveira, as obras proporcionaram plena proteção e promoção a esse importante patrimônio jesuíta. “As intervenções permitirão democratizar o acesso às salas, promovendo a acessibilidade no local, e fomentarão o conhecimento do legado jesuíta na formação do nosso país com a criação dos Centros de Interpretação e de Documentação. Também possibilitarão restaurar e aflorar as belezas do conjunto arquitetônico que abriga a Igreja de Nossa Senhora da Assunção e a antiga residência dos jesuítas, tombado pelo Iphan desde 1943”, afirmou. Segundo ela, a conclusão desse projeto, realizado por uma equipe multidisciplinar, é uma ação exemplar para a preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro.

“A riqueza arquitetônica, o conteúdo histórico e a rica história do Santo irão encantar e surpreender os visitantes”, comenta a presidente do Instituto Modus Vivendi, Erika Kunkel. “Temos certeza de que todo esse investimento promoverá um resultado muito positivo para Anchieta e para o Espírito Santo, atraindo um número ainda mais expressivo de fiéis e turistas ao local. Este projeto mudará a história da região, pois vai gerar efeito multiplicador no turismo e no desenvolvimento local a partir do uso da sua identidade cultural, da fé e da história de São José de Anchieta”, completou.

Café do Santuário Nacional São José de Anchieta, em Anchieta (ES) (Foto: Gabriel Lordelo).“É com enorme satisfação que apoiamos a restauração do Santuário Nacional de São José de Anchieta, trazendo o monumento de volta ao público. Ele é um dos mais antigos do país e parte da nossa história. O Instituto Cultural Vale tem a salvaguarda do nosso patrimônio material e imaterial dentre suas principais áreas de atuação por acreditar que eles constituem nossas múltiplas identidades e nossas formas de viver e conviver no mundo”, afirma Luiz Eduardo Osório, Vice-Presidente Executivo de Relações Institucionais e Comunicação da Vale e Presidente do Conselho do Instituto Cultural Vale.

Fotos: Gabriel Lordelo.

Fonte – Iphan

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *