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MinC lança editais afirmativos para produção de curta-metragem de diretores estreantes

MinC lança editais afirmativos para produção de curta-metragem de diretores estreantes

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Em uma ação afirmativa, o Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Audiovisual (SAV), lança, nesta sexta-feira, 18, três editais para a produção de curtas-metragens por diretores e diretoras estreantes com obras originais e inéditas. Serão concedidas 10 bolsas de R$ 140 mil para cada uma das três chamadas públicas: Curta Criança 2023, Curta Afirmativo 2023 (dirigido por pessoas negras e indígenas) e Curta para Mulheres 2023 (dirigido por mulheres cis e transgênero). O investimento total é de R$ 4,2 milhões.

As inscrições vão de 18 de agosto a 27 de setembro, por meio do Sistema Mapas Cultura. Os projetos audiovisuais de curta-metragem deverão ser inscritos por pessoas físicas, brasileiras natas ou naturalizadas, que desempenhem obrigatoriamente a função de direção, sendo facultativo o acúmulo de outras funções. Serão aceitas obras de ficção ou documentário, com a possibilidade de utilização de técnicas de animação.

“O que buscamos atender no âmbito das demandas afirmativas é, além do próprio edital afirmativo, a previsão de indutores nos demais (reserva de vagas para negros e indígenas). Além disso, há também a atribuição de pontuação extra caso haja pessoas com deficiência na equipe, no desempenho de funções de direção, roteiro e produção executiva”, explica a coordenadora de Seleções Públicas e Transferências Voluntárias, Liana Barbosa de Melo, da SAV.

Políticas Afirmativas 

As produções independentes devem ter entre 10 a 15 minutos de duração, seja ficção ou documentário, com a possibilidade de técnicas de animação. O Edital Curta Criança 2023 – Bolsa para a Produção de Curtas-Metragens propõe temas voltados à infância. Já o Curta Afirmativo é voltado a produções com temática livre, dirigidos por pessoas negras (pretas e pardas) ou indígenas. O Curta para Mulheres também tem temática livre e deve ser dirigidos por mulheres cis ou transgênero.

A avaliação vai levar em conta os seguintes critérios: proposta de obra audiovisual e adequação ao público (abrangência do tema, comunicabilidade e adequação da proposta ao público); aspectos artísticos; qualificação do projeto e da proposta de direção (estrutura e qualificação técnica do roteiro/argumento; estrutura dramática e construção dos personagens; e proposta estética). E ainda o potencial de impacto cultural e na formação de público (potencial de impacto do projeto no cenário audiovisual brasileiro e sua contribuição para a formação de público).

Acesse aqui a íntegra dos editais:

Curta Criança 2023, aqui.

Curta Afirmativo 2023, aqui.

Curta para Mulheres 2023, aqui.

Você também pode consultar a publicação no Diário Oficial da União (DOU) aqui.

Fonte: Ministério da Cultura

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Prêmio reconhece iniciativas exemplares de preservação de Sistemas Agrícolas Tradicionais

Ações de salvaguarda de sistemas produtivos tradicionais foram selecionadas em várias regiões brasileiras

Prêmio BNDES Sat

Colheita de bananas pacová agroecológicas em roça tradicional que serão enviadas para teste de desidratação na cozinha experimental de São Gabriel da Cachoeira/Créditos: Carlos Demeterco

No município de Santa Isabel do Rio Negro, no noroeste do Amazonas, a Associação das Comunidades Indígenas do Médio Rio Negro (ACIMRN) implantou a Casa das Frutas, que dá suporte de infraestrutura e de gestão a diversas cadeias de valores para produtos desenvolvidos com frutas secas e atende povos indígenas que habitam aquela região. Essa iniciativa é a primeira colocada da 2ª edição do Prêmio BNDES de boas práticas de salvaguarda e conservação dinâmica de sistemas para agrícolas tradicionais. A cerimônia de entrega da premiação ocorrerá nesta sexta-feira (21/05), a partir das 10h, e será transmitida pelo canal oficial da Embrapa no YouTube.

A Casa das Frutas de Santa Isabel do Rio Negro será utilizada por agricultores de comunidades indígenas que abrigam mais de 60 comunidades localizadas em terras indígenas reconhecidas e em processo de reconhecimento pela Fundação Nacional do Índio (Funai). O Sistema Agrícola Tradicional (SAT) do Rio Negro (AM), ancorado no cultivo da mandioca brava, foi registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural do Brasil.

O Prêmio é uma iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Nazária Mandú Lopes colhe pimentas em sua roça, próxima à comunidade Canadá, no rio Ayari, Terra Indígena Alto Rio Negro (AM) -- Créditos: Carol Quintanilha/ISAA parceria entre essas entidades pretende dar visibilidade, fortalecer e apoiar as condições de sustentabilidade dos SATs existentes no Brasil, tendo como pressuposto o desenvolvimento de processos participativos de salvaguarda e o fortalecimento da autonomia das comunidades envolvidas. A premiação contribuiu para a identificação de diversos sistemas agrícolas em todos os biomas brasileiros e tem apoiado o esforço de designações internacionais como Sistema Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial (Globally Important Agricultural Heritage Systems, GIAHS), da FAO.

“Para o Iphan, o reconhecimento e a promoção dados à diversidade cultural envolvida nas práticas premiadas reitera sua missão institucional e, também, os compromissos internacionais de preservação do Patrimônio Cultural brasileiro”, ressaltou a presidente do Iphan, Larissa Peixoto. “Uma maior sustentabilidade ambiental das práticas agrícolas no país nos estimula a continuar, sobretudo pela satisfação de poder premiar iniciativas de qualidade como as agraciadas nas duas edições do Prêmio BNDES SAT. Dar-lhes visibilidade é a nossa parcela do prêmio”, completou ela.

Na cerimônia de entrega da premiação, a presidente do Iphan vai lançar a segunda edição da publicação Prêmio BNDES de Boas Práticas para Sistemas Agrícolas Tradicionais que já está disponível no site do Iphan na versão digital. Clique aqui para acessar.

Num total de R$ 610 mil, o prêmio reconhece iniciativas exemplares de salvaguarda e conservação de sistemas agroalimentares tradicionais, desenvolvidas em associação com projetos agrícolas, pecuários, extrativistas, pesqueiros e afins que têm sua centralidade nos conhecimentos e técnicas da cultura de comunidades tradicionais e povos indígenas. Nesta segunda edição foram recebidas 41 propostas de todo o país, sendo 23 habilitadas e dez selecionadas e premiadas. As três primeiras colocadas receberam o valor bruto de R$ 70 mil e, as demais, de R$ 50 mil.

Imagens cedidas pela equipe do projeto Os ciclos do Yaokwa entre os Enawene Nawe qualificação e documentação de registros do Salomã, IphanSociedade de Amigos do Museu do Índio-SAMI (2016-2018). Acervo Iphan, 2017Em quarto lugar dentre as premiadas, no município de Comodoro (MT), está a iniciativa da Associação Etnocultural Indígena Enawene Nawe. Esta população indígena protagonizou esforços para assegurar a realização de sua roça tradicional, denominada Ikioakakwa, em um contexto desafiador de acesso a áreas produtivas que se encontram cada vez mais distanciadas da aldeia. Os principais produtos da roça Ikioakakwa são mandioca, batata-doce, cará, urucum, araruta e feijão. O SAT, que envolve ainda a pesca por barragens, alimenta toda a comunidade e está ligado de forma direta à cosmologia, à memória coletiva e à história desse povo indígena. O ancestral Ritual Yaokwa dos Enawene Nawe é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan desde 2010.

Diversidade brasileira

Os demais contemplados também desenvolveram propostas inovadoras em todas as regiões do país, como por exemplo, o segundo colocado, “Bancos Comunitários de Sementes da Paixão”, do Polo Sindical e das Organizações da Agricultura Familiar da Borborema, no Agreste da Paraíba. O projeto vem crescendo desde 1993, presente em 13 municípios do Território da Borborema, que atualmente contam com 60 bancos e que juntos armazenam 27 toneladas de sementes crioulas distribuídas em 13 espécies e 145 variedades.

Da Serra do Espinhaço, em Minas Gerais, vem outra iniciativa, a terceira premiada: das comunidades de Apanhadoras e Apanhadores de Flores Sempre Vivas. É uma experiência de reconhecimento e valorização fomentada pelo Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas. O grupo se articula por meio da Comissão de Defesa dos Direitos das Comunidades Extrativistas (CODECEX) e já são reconhecidas pelo programa Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial (SIPAM) da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Os demais premiados foram: o Centro Cultural Kàjire, pela feira de sementes tradicionais da nação indígena Krahô, em Goiatins (TO); as comunidades tradicionais de fecho de pastos do Oeste da Bahia, pela iniciativa dos guardiões e guardiãs do cerrado em defesa da biodiversidade; a Associação dos Pescadores Artesanais de Porto Moz (Aspar), no Pará, pela conservação dos estoques pesqueiros e fortalecimento da entidade e da categoria; a Associação Indígena Ulupuwene, do Alto Xingu, pela festa do Kukuho (“espirito da mandioca”); o coletivo de agroflorestas e frutas nativas da região dos Campos de Cima da Serra Gaúcha, pela conservação e manutenção dos potreiros tradicionais, por meio do aproveitamento e uso das espécies vegetais nativas; e o Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica, do Vale do Jequitinhonha, em Minas, pelo Catálogo de Sementes Crioulas do Alto Jequitinhonha.

Sistemas Agrícolas Tradicionais

Acervo IphanOs sistemas agrícolas de povos indígenas e de comunidades tradicionais são parte importante da dinâmica econômica de diversas regiões e possuem formas únicas de praticar a agricultura. Expressando saberes particulares, os chamados Sistemas Agrícolas Tradicionais envolvem desde o cultivo da terra até diversos outros processos simbólicos e produtivos, de maneira integrada. Sua manutenção está vinculada aos saberes ancestrais dessas comunidades, patrimônios culturais que guardam modos únicos de preservação da agrobiodiversidade.

São registrados como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, no Amazonas (2010), e o Sistema Agrícola Tradicional das Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira, em São Paulo (2018). A partir do Registro são desenvolvidas ações de salvaguarda, com foco no apoio à sustentabilidade cultural dos saberes e práticas associados a esses bens culturais.

Conheça a publicação: Prêmio BNDES de Boas Práticas para Sistemas Agrícolas Tradicionais

Serviço

Cerimônia de premiação: 2ª edição do Prêmio BNDES
Datas: sexta-feira (21/05)
Horário: a partir das 10h
Transmissão ao vivo: canal da Embrapa no YouTube

 Legenda das fotos na ordem em que aparecem:

– 1ª: imagem: Colheita de bananas pacová agroecológicas em roça tradicional que serão enviadas para teste de desidratação na cozinha experimental de São Gabriel da Cachoeira – Crédito: Carlos Demeterco/ Instituto Socioambiental (ISA)

– 2ª imagem: Nazária Mandú Lopes colhe pimentas em sua roça, próxima à comunidade Canadá, no rio Ayari, Terra Indígena Alto Rio Negro (AM) — Créditos: Carol Quintanilha / Instituto Socioambiental (ISA)

– 3ª imagem: Imagem cedida pela equipe do projeto “Os ciclos do Yaokwa entre os Enawene Nawe” qualificação e documentação de registros do Salomã, IphanSociedade de Amigos do Museu do Índio-SAMI (2016-2018). Acervo Iphan, 2017

4ª imagem: Acervo Iphan

*Com informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

Informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação Iphan
comunicacao@iphan.gov.br
Juliana Brascher – juliana.brascher@iphan.gov.br
(61) 2024-5527
www.iphan.gov.br
www.facebook.com/IphanGovBr | www.twitter.com/IphanGovBr
www.youtube.com/IphanGovBr

2 Comentários

  1. Valdinei de Carvalho Andrade

    Olá! Como faço pra me escrever e publicar meu projeto?

    Responder
    • Miriam Araujo

      Prezado Valdinei,
      Obrigada pela sua mensagem!
      Este prêmio foi realizado em 2021, mas continue acompanhando as notícias para saber quando houver uma nova edição da premiação!

      Atte,
      Equipe do Plano Nacional de Cultura

      Responder

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Mulheres, negros e indígenas são maioria das inscrições nos editais da primeira etapa do programa #AudiovisualGeraFuturo

A política de redução da desigualdade no setor audiovisual adotada pelo Ministério da Cultura (MinC) na primeira etapa do programa #AudiovisualGeraFuturo deu resultado. Entre os 1636 projetos inscritos até agora, 822 são de mulheres, 507 de negros e indígenas e 1362 de realizadores estreantes. 

A primeira etapa do programa foi lançada pela Secretaria do Audiovisual (SAv) do MinC em fevereiro. São 11 linhas que beneficiarão cerca de 250 projetos, em um investimento total de R$ 80 milhões. É o maior pacote de editais já lançado pela SAv em número de projetos e volume de recursos. Para ampliar a diversidade no setor audiovisual, os editais contam com cotas de 50% para novos realizadores, 50% para mulheres e 25% para negros e indígenas.

O balanço parcial, divulgado pelo MinC durante reunião do Conselho Superior de Cinema, na terça-feira (5), diz respeito a oito editais que já tiveram as inscrições encerradas.

Para o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, o resultado preliminar das inscrições demonstra que a política de redução da desigualdade no setor audiovisual implementada pelo MinC é bem-sucedida. “Com base em estudo realizado pela Ancine (Agência Nacional do Cinema), verificamos a necessidade de estimular maior participação de mulheres, negros, indígenas e também de novos talentos no setor audiovisual. As cotas são uma tentativa inédita de corrigir as desigualdades deste mercado e estamos muito felizes em perceber que houve uma resposta positiva e que estamos no caminho certo”, observou Sá Leitão.

Diversidade

O resultado obtido pelo edital de Desenvolvimento de Projetos – 200 anos da Independência do Brasil foi outra surpresa positiva do pacote de editais lançados pela SAv no início do ano. Foram 241 inscrições de todas as regiões do País, o que demonstra boa receptividade por parte do mercado e o acerto de se lançar esta linha. Do total de inscrições, 210 são de realizadores estreantes, 94 de mulheres e 71 de negros ou indígenas. Trinta e seis desses projetos serão selecionados e receberão um total de R$ 6 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual.

Um dos mais aguardados editais, o Documentário Afro-brasileiro e Indígena, foi o que mais concentrou inscrições. Ao todo, foram 319 propostas inscritas, sendo 165 de mulheres, 171 de negros ou índios e 294 de novos diretores. O processo final de seleção contemplará dez projetos de documentário a partir de 52 minutos, com temáticas voltadas à cultura afro-brasileira e indígena. Cada projeto receberá R$ 500 mil para realização da obra.

O edital Longa Animação, que selecionará cinco projetos de produção independente de obras audiovisuais brasileiras de longa-metragem de animação, voltadas para o público infantil, teve 64 projetos inscritos, sendo de 25 mulheres, 10 de negros ou índios e 25 que se enquadram no critério novo diretor. Serão projetos de produção independente de obras audiovisuais brasileiras de longa-metragem de animação, voltadas para o público de 0 a 12 anos, com valor individual de R$ 3,5 milhões por proposição.

O edital Documentário Infância e Juventude, um dos cinco editais destinados ao público infantil, recebeu 134 inscrições, sendo 69 de mulheres, 33 de negros ou índios e 115 de novos diretores. Para esta chamada também serão selecionadas dez propostas de obras documentais, a partir de 52 minutos de duração, que receberão R$ 500 mil cada.

Voltado para a criação de 21 obras audiovisuais independentes de curta-metragem, de até 13 minutos, o edital Curta Live Action, destinado ao público de 0 a 12 anos, recebeu 197 inscrições, sendo 128 de diretores estreantes, 103 de mulheres e 58 de negros e indígenas.

O edital Séries Live Action, que selecionará cinco obras de minissérie de ficção, de 13 episódios de 7 minutos, voltadas ao público infatnil, recebeu 133 propostas, sendo 124 de diretores estreantes, 66 de realizadoras mulheres e 43 de negros e indígenas.

Dentro ainda da temática da juventude, o edital de Jogos Eletrônicos contou com 144 propostas. Desse total, 119 são de estreantes, 43 de mulheres e 42 de negros e indígenas. O edital selecionará projetos para a criação de dez jogos eletrônicos de temática livre.

Os editas Narrativas Transmídias para a Infância – Curtas Animação + Jogos Eletrônicos e Narrativas Transmídias para a Infância – Minissérie Animação + Jogos Eletrônicos têm inscrições abertas até o próximo dia 15 de junho. Já o edital Festivais, Mostras, Premiações, Eventos de Mercado e Ações de Promoção/Difusão da Produção Audiovisual Nacional, de fomento à realização de festivais, por ser de fluxo contínuo, permanecerá com as inscrições abertas.

Fonte: ASCOM MinC

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MAB promove curso sobre História e Cultura Indígena e Afro-brasileira

O Museu da Abolição (MAB), em Recife (PE), deu início na última terça-feira (11) ao curso de extensão “Tópicos da História e Cultura Indígena e IMG_0966Afro-brasileira”. A iniciativa tem como objetivo subsidiar professores dos níveis fundamental e médio das redes municipal e estadual para o ensino da temática, cuja obrigatoriedade é prevista pelas Leis 10.639/03 e 11.645/08.

O curso, que será desenvolvido em duas temporadas – entre os meses de abril a junho e de agosto a novembro – é resultado de parceria colaborativa do MAB com professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e da Secretaria de Educação do Estado.

A primeira aula abordou o tema “Identidade Nacional”, com o Prof. Dr. Edson Silva, do Colégio de Aplicação/UFPE. “O curso apresentou uma demanda surpreendente, tendo suas 50 vagas preenchidas no mesmo dia de sua divulgação”, explica a diretora do MAB, Maria Elisabete Arruda.

As aulas acontecerão no museu quinzenalmente com carga horária de 4h cada, abordando um tema a cada encontro. Serão conferidas declarações de participação a cada encontro e certificados para os inscritos que participarem de 75% da carga horária total do curso.

Para os próximos encontros também serão oferecidas 50 vagas por aula. A próxima edição, no dia 25 de abril, vai abordar o tema “Os Índios no Brasil Colonial”, com o Prof. Carlos Fernando Santos. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail mab.educativo@museus.gov.br.

Texto e Fonte: Ibram

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Fórum debaterá políticas culturais para povos indígenas
Renovar o Colegiado Setorial de Culturas dos Povos Indígenas e atualizar o Plano Nacional das Culturas Indígenas, documento norteador das políticas indígenas do Ministério da Cultura (MinC). Esses são os principais objetivos do II Fórum Nacional das Culturas Indígenas, que será realizado de 11 a 14 de agosto, em São Paulo (SP). O Fórum faz parte da ampla programação do evento Brasil Indígena: história, saberes e ações, que reunirá, entre 9 e 16 de agosto, mais de 200 lideranças indígenas do Brasil, que debaterão diversos pontos ligados a políticas culturais para os povos indígenas.

Fórum debaterá políticas pública de cultura para os povos indígenas (Foto: Oliver Kornblithh)

O secretário de Articulação Institucional do MinC, Vinícius Wu, considera o evento um dos momentos mais importantes de organização, planejamento e afirmação da cultura indígena neste ano. “É um espaço importantíssimo de organização de uma agenda cultural que valorize a complexidade e a diversidade da contribuição indígena para a formação da identidade cultural do País”, destacou. “Vamos aproveitar o fórum para eleger os representantes do Colegiado Setorial e os representantes dos índios no Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC)”, completou.
Maurício Fonseca, membro do atual Colegiado Setorial de Culturas dos Povos Indígenas, explica que o Fórum foi pensado, originalmente, como um seminário destinado a aprofundar as reflexões contidas na publicação Brasil Indígena: História, Saberes e Ações, produzida em parceria entre o Serviço Social do Comércio de São Paulo (Sesc-SP) e o MinC. O livro trata das condições de vida atuais dos povos indígenas brasileiros e os desafios que enfrentam em seu cotidiano para fortalecer suas identidades culturais.
Ao longo do Fórum, serão realizadas 11 rodas de conversas para debater temas contidos na publicação, como meio ambiente, alimentação, línguas, saúde e expressões artísticas. “Ao fim de cada roda de conversa, as lideranças indígenas definirão propostas para enfrentar os problemas detectados, tendo como referência o plano setorial”, explica Fonseca.
A expectativa é que, ao final do Fórum e das rodas de conversa, seja estabelecida a definição das metas do Plano Setorial até 2020 e das prioridades para o biênio 2015/2016. A síntese dos debates será apresentada ao ministro da Cultura, Juca Ferreira, em 15 de agosto, às 20h, no Sesc Belenzinho.
Outra atividade do Fórum é a eleição dos membros do Colegiado Setorial de Culturas de Povos Indígenas para o biênio 2015-2017. O Colegiado é formado por 20 membros titulares, 20 suplentes, sendo 15 da sociedade civil e cinco do poder público. A eleição, realizada pelos 110 delegados do Fórum, será na manhã do dia 14 de agosto.
Encontro
O encontro Brasil Indígena: história, saberes e ações busca debater diversos pontos ligados a políticas culturais para os povos indígenas. O evento será composto de três ações: reuniões do Colegiado Setorial das Culturas Indígenas (9 e 10 de agosto), o II Fórum Nacional das Culturas Indígenas (de 11 a 14 de agosto) e o Encontro das Culturas Indígenas (de 13 a 16 de agosto).
A reunião do atual colegiado, entre 9 e 10 de agosto, vai preceder o Fórum. Ela fará um balanço da gestão 2013 a 2015 e irá preparar a transição para o novo colegiado eleito, com os desafios que precisam ainda ser superados.
Por fim, o Encontro das Culturas Indígenas encerrará o evento e irá mostrar ao público expressões culturais de diferentes etnias do Brasil. Serão realizadas rodas de história, oficinas, intervenções culturais, mostra de vídeos indígenas, feira de artes indígenas e a cerimônia de lançamento da publicação “Brasil Indígena: História, Saberes e Ações” e da entrega e divulgação da Carta do II Fórum Nacional das Culturas Indígenas.
A Fundação Nacional do Índio (Funai), a Fundação Nacional de Artes (Funarte) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) apoiam o evento.
Texto:Cecilia Coelho
Fonte: Assessoria de Comunicação/Ministério da Cultura

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