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O projeto busca manter vivo o boi do sotaque de costa de mão, que possui poucos grupos no estado do Maranhão.

Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade desde 2019, o bumba-meu-boi inspira as aventuras contadas no kit de Educação Patrimonial para crianças, elaborado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Maranhão (Iphan-MA), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo. Lançado nesta terça-feira (08), em São Luís (MA), o kit educativo conta com filme de animação, livro de histórias, revista em quadrinhos, cartilha e caderno de passatempo.

Os materiais são direcionados a estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e fazem parte do projeto O Boi vai à Escola, que integra ações de Educação Patrimonial e de salvaguarda do Complexo Cultural do Bumba-meu-boi. A ação teve início em 2014 e tem realizado minicursos e oficinas envolvendo alunos, professores e gestores de escola. O objetivo é promover os bois de costa de mão, utilizando o processo ensino/aprendizagem como aliado na preservação desse sotaque e buscando manter viva a tradição.

Para desenvolver o projeto, o Iphan-MA contou com a parceria de grupos de bois de costa de mão e da Unidade de Educação Básica Honório Odorico Ferreira, da rede pública municipal de ensino de São Luís (MA).

“Nós escolhemos falar do boi de costa de mão porque é um sotaque que tem menor número de grupos no estado todo, é um estilo que está em vulnerabilidade”, explica a idealizadora do projeto, cientista social do Iphan-MA, Izaurina Nunes. “Buscamos aproximar a comunidade escolar desses bois, fazendo um trabalho de base com as crianças, que poderão reverberar os conhecimentos adquiridos dentro de suas famílias”, acrescenta.

O kit de material paradidático será distribuído na escola onde o projeto foi executado, nas bibliotecas e escolas da rede municipal de São Luís, em órgãos de cultura e patrimônio, assim como nas unidades do Iphan pelo país. O lançamento do kit representa a penúltima etapa do projeto O Boi vai à Escola. Na primeira etapa, as crianças participaram de oficinas de desenho, colagem, contação de histórias e confecção de indumentárias. Também foram promovidas formações de Educação Patrimonial com professores, debatendo sobre Patrimônio Cultural e aspectos do bumba-meu-boi.

Patrimônio Cultural para crianças

O kit de material paradidático do projeto O Boi vai à Escola inclui o filme de animação O boizinho de São João, que conta o nascimento e vida do boi encantado Odorico, estrela das festas de São João da Fazenda Tajipuru. A produção apresenta toadas do grupo de bumba-meu-boi Brilho de Areia Branca, do sotaque costa de mão. A animação é direcionada a crianças do 1º ano do Ensino Fundamental. O filme está disponível no canal do Iphan no Youtube.

Outra peça de destaque do kit de Educação Patrimonial é o livro As aventuras do boizinho Odorico, que conta histórias sobre o bumba-meu-boi e fala da sua importância para a comunidade. Também apresenta a lenda de Dom Sebastião e trechos de toada de Humberto de Maracanã. Algumas das histórias que compõem o livro são adaptações de textos produzidos por alunos do 2º ano da Escola Honório Odorico Ferreira, localizada no bairro Tajipuru, na zona rural de São Luís.

Dentre as publicações, também está a revista em quadrinhos O sonho de Belinho, que apresenta o bumba-meu-boi como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Por meio de uma viagem no tempo, os personagens conhecem a importância do boi para diferentes culturas, passeando pela Grécia Antiga, Egito Antigo, Índia, cavernas pré-históricas e muitos outros lugares. O kit também conta com uma cartilha e caderno de passatempo que tratam sobre patrimônio, cultura e identidade.

Bumba-meu-boi

Em 2011, o Complexo Cultural do Bumba-meu-boi do Maranhão foi reconhecido pelo Iphan como Patrimônio Cultural do Brasil. Em 2019, o bem recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Uma das principais manifestações culturais do estado do Maranhão, o bumba-meu-boi envolve música, dança, teatralidade, artesanato, religiosidade e um universo de saberes. Comporta vários estilos de brincar, chamados de “sotaques”, dentre os quais se destacam o de baixada, matraca, zabumba, costa de mão e orquestra. Nesta grande celebração cultural se articulam infinitas formas de expressão, entrelaçando fé, festa e arte.

O sotaque de costa de mão surgiu em regiões com população majoritariamente negra, em áreas de quilombos. O nome faz referência aos pandeiros que são tocados com o dorso das mãos, principal característica do estilo. Atualmente, o sotaque apresenta apenas oito grupos em todo o Maranhão. São três em Cururupu, um em Bacuri, dois em Serrano do Maranhão e dois em São Luís.

Kit educativo do projeto O Boi vai à Escola:

Filme de animação O boizinho de São João – canal do Iphan no Youtube

Livro – As aventuras do boizinho Odorico

Revista em quadrinhos – O sonho de Belinho

Cartilha – Aprendendo sobre o nosso Patrimônio Cultural

Caderno de passatempo

Mais informações para a imprensa:

Assessoria de Comunicação Iphan
comunicacao@iphan.gov.br
(61) 2024-5516
Letícia Maciel – leticia.vale@iphan.gov.br

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Programa Nossa História distribui leitores digitais para escolas de educação básica
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O Programa Nossa História da Secretaria Especial da Cultura – SECULT, órgão vinculado ao Ministério do Turismo selecionou escolas municipais de Educação Básica para receber os leitores digitais. Será distribuído 10 equipamentos por escola, independentemente da quantidade de alunos matriculados.

Os critérios para escolha das Escolas Municipais serão por meio de indicadores oficiais socioeconômico e de desenvolvimento do nível de educação, principalmente o IDH do Município.

“A literatura é a própria cultura encarnada, é vida humana em linguagem mística. Importante programa para resgatar a nossa história”, disse o Secretário Especial da Cultura Mario Frias.

Os leitores digitais são considerados uma ferramenta ecológica, considerando o menor consumo de livros físicos e, consequentemente, de papel. Deve-se considerar também a durabilidade deste equipamento, o qual demanda pouca manutenção. E mesmo na recarga ele é eficiente, pois a bateria dura semanas mesmo com leituras diárias.

Deste modo as escolas de ensino municipais poderão ter acesso a acervo de livros sem necessitar comprometer a sua estrutura física.

Para o Secretário Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciuncula, “A linguagem de uma cultura de um país é uma linguagem literária. Importante ferramenta para ajudar as nossas crianças a conhecer a história do nosso país”, afirmou.

Distribuição 

Foram atendidas 308 escolas e distribuídos 3080 leitores digitais, em 31 municípios, nas cinco regiões do país.

  • Região Norte

    • 6 Municípios Beneficiários

    • 4 estados contemplados

    • 99 Escolas atendidas

    • 990 equipamentos distribuídos

  • Região Nordeste

    • 5 Municípios Beneficiários

    • 2 estados contemplados

    • 82 Escolas atendidas

    • 820 equipamentos distribuídos

  • Região Centro Oeste

    • 6 Municípios Beneficiários

    • 2 estados contemplados

    • 35 Escolas atendidas

    • 350 equipamentos distribuídos

  • Região Sudeste

    • 7 Municípios Beneficiários

    • 2 estados contemplados

    • 59 Escolas atendidas

    • 590 equipamentos distribuídos

  • Região Sul

    • 7 Municípios Beneficiários

    • 2 estados contemplados

    • 33 Escolas atendidas

    • 330 equipamentos distribuídos

O Programa Nossa História contou com um aporte inicial de 2 milhões de reais, o objetivo é atender todas as escolas de educação básica do país.  O programa é mais uma ação da SECULT que comemora o Bicentenário da Independência.

 

Fonte: Ascom/Secult

 

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Avaliação do Plano Nacional de Cultura

Em 2021, a Secretaria Nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural (SECDEC) firmou uma parceria com a Fundação Escola Nacional de Administração Pública (Enap) junto as áreas de Assessoria para Avaliação de Políticas Públicas e Evidência Express, com o objetivo de elaborar uma avaliação ex-post do Plano Nacional de Cultura (PNC).

A avalição visa identificar os resultados obtidos pelo referido Plano em termos de objetivos, estratégias, metas e resultados comparando-os aos resultados almejados a época de sua elaboração.

Destaca-se que originalmente o artigo 1º da Lei nº 12.343, de 2010, definia uma duração de 10 (dez) para o PNC com sua vigência terminando em 2 de dezembro de 2020. No entanto, a Lei nº 14.156, de 1º de junho de 2021, alterou a Lei nº 12.343, de 2010, aumentado o prazo do PNC para 12 anos.

Apesar da expansão da vigência, a Secretaria Especial da Cultura trabalha para que, no ano de 2022, se inicie a discussão sobre o próximo Plano Nacional de Cultura. Em função desse fato, e como preconizam as boas práticas do monitoramento de políticas públicas, é importante que haja a elaboração de um estudo que analise a implementação do PNC, finalizando assim o ciclo da política pública e produzindo subsídios para as discussões de uma nova política para a área da cultura.

Diante deste cenário, é que surge a parceria com a Enap para avaliar os últimos 10 anos de implementação do PNC.

Esta avaliação fornecerá, com base em dados históricos, evidências que visam auxiliar na compreensão do problema e do contexto de política pública, seu público-alvo, causas e impactos das ações de forma a auxiliar a elaboração de futuras políticas para a área cultural.

O primeiro produto desta parceria, intitulado “Integração municipal ao Sistema Nacional de Cultura – Uma análise exploratória do período de 2012 a 2021”, traz um retrato da integração municipal ao Sistema Nacional de Cultura conforme a situação de implementação efetuada até setembro de 2021.

A escolha em se enfatizar o Sistema Nacional de Cultura em uma avaliação sobre o Plano Nacional de Cultura justifica-se uma vez que o SNC é a meta 01 do PNC, uma meta tida como estruturante para o desenvolvimento da cultura no Brasil.

Vale lembrar que o Sistema Nacional de Cultura (SNC) se configura como a ponte entre o Plano Nacional de Cultura (PNC), entre os entes da Federação (União, Estados, DF e Municípios) e a sociedade, pois estabelece mecanismos de gestão compartilhada entre os entes federados e a sociedade civil para a construção de políticas públicas de cultura.

É importante mencionar que este estudo, em formato de relatório aqui disponibilizado, também teve como objetivo levantar informações para a realização da avaliação de impacto do Plano Nacional de Cultura, uma segunda etapa da parceria que está em andamento.

Partindo da análise da experiência de integração municipal ao sistema para, posteriormente, examinar de forma exploratória algumas possíveis características municipais determinantes da adesão ao SNC, o estudo levantou questões importantes para se discutir o funcionamento e os rumos do SNC.

Para consultar o estudo na íntegra, clique aqui.

Fonte: Ascom/Secult

 

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SECULT lança programa Nossa História, no valor de 2 milhões, para incentivar a leitura em escolas públicas

Programa faz parte das ações de comemorações dos 200 anos da independência do Brasil

A Secretaria Especial da Cultura – (Secult) dando continuidade aos projetos que comemorará o Bicentenário da Independência do Brasil lança o programa Nossa História.

O programa prevê a compra de leitor digital, para distribuição em escolas públicas. O projeto Nossa História terá um aporte inicial de 2 milhões de reais.

“Teremos um excelente investimento no resgate do imaginário público de todos os grandes heróis da nossa independência. A comemoração do Bicentenário é um evento de todos os brasileiros, e iremos levá-la para cada um de vocês. É a Cultura chegando para todos os brasileiros. É uma cultura realmente popular”, disse o secretário Especial da Cultura, Mario Frias.

O programa visa não apenas entregar o leitor digital aos leitores, mas possibilitar conteúdo digital da Biblioteca Nacional, voltado ao processo da independência.

Fonte: Ascom/Secult

 

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Museu Regional de São João del-Rei disponibiliza vídeos sobre peças do acervo

O Museu Regional de São João del-Rei (MRSJDR/Ibram), em parceria com a Escola Estadual Lago Pimentel e a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), elaborou uma série de vídeos Interpretando o acervo: Ofícios e Saberes. De forma lúdica e digital, a iniciativa apresenta ferramentas e instrumentos do passado cotidiano, preservando e difundindo saberes que fazem parte da história.

Em julho, a fim de incentivar e contribuir com o aprendizado de alunos, de pais e de professores da rede básica de ensino, mais de 180 escolas estaduais dos 36 municípios que compõem a mesoregião do Campo das Vertentes receberam a série de vídeos.

Os vídeos são publicados diariamente no YouTube, Instagram e Facebook do Museu Regional de São João del-Rei.

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Mesa-redonda discute o ensino da capoeira nas escolas do Piauí

O evento foi realizado nesta sexta-feira (23), por meio de plataforma virtual

O ensino da capoeira nas escolas do Piauí foi tema de debate promovido pela superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nesse estado. Realizada nesta sexta-feira (23), por meio virtual, a mesa-redonda reuniu capoeiristas, representantes do governo do estado do Piauí e da sociedade civil.

O evento discutiu a implementação da Lei Estadual nº 5.784 de 29/07/2008, que dispõe sobre o ensino e a prática da capoeira nas escolas da rede pública.

Lei “Capoeira nas escolas”

A Lei Ordinária nº 5.784 de 29/07/2008 foi instituída pelo governo do estado do Piauí, criando o Dia da Capoeira e estabelecendo o ensino da mesma nas escolas públicas estaduais como atividade de integração sócio-cultural e desportiva.

Capoeira

A Roda de Capoeira é registrada como Patrimônio Cultural Imaterial desde 2008, assim como o Ofício dos Mestres de Capoeira. É uma manifestação cultural que envolve canto, toque dos instrumentos, dança, golpes, símbolos e rituais de origem africana.

Presente em todo o território brasileiro e em mais de 150 países, a capoeira tem como características principais o saber transmitido pelos mestres formados na tradição da capoeira; e a roda onde a capoeira reúne todos os seus elementos e se realiza de modo pleno.

Em 2014, a Roda de Capoeira foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, pela Unesco, tornando-se um dos símbolos brasileiros mais reconhecidos internacionalmente.

 Serviço:

Mesa-redonda sobre a Lei “Capoeira nas Escolas” do Piauí

Data: 23 de abril

 Assessoria de Comunicação Iphan

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Letícia Maciel – leticia.vale@iphan.gov.br

(61) 2024-5512

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