Você está aqui:
Avaliação do Plano Nacional de Cultura

Em 2021, a Secretaria Nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural (SECDEC) firmou uma parceria com a Fundação Escola Nacional de Administração Pública (Enap) junto as áreas de Assessoria para Avaliação de Políticas Públicas e Evidência Express, com o objetivo de elaborar uma avaliação ex-post do Plano Nacional de Cultura (PNC).

A avalição visa identificar os resultados obtidos pelo referido Plano em termos de objetivos, estratégias, metas e resultados comparando-os aos resultados almejados a época de sua elaboração.

Destaca-se que originalmente o artigo 1º da Lei nº 12.343, de 2010, definia uma duração de 10 (dez) para o PNC com sua vigência terminando em 2 de dezembro de 2020. No entanto, a Lei nº 14.156, de 1º de junho de 2021, alterou a Lei nº 12.343, de 2010, aumentado o prazo do PNC para 12 anos.

Apesar da expansão da vigência, a Secretaria Especial da Cultura trabalha para que, no ano de 2022, se inicie a discussão sobre o próximo Plano Nacional de Cultura. Em função desse fato, e como preconizam as boas práticas do monitoramento de políticas públicas, é importante que haja a elaboração de um estudo que analise a implementação do PNC, finalizando assim o ciclo da política pública e produzindo subsídios para as discussões de uma nova política para a área da cultura.

Diante deste cenário, é que surge a parceria com a Enap para avaliar os últimos 10 anos de implementação do PNC.

Esta avaliação fornecerá, com base em dados históricos, evidências que visam auxiliar na compreensão do problema e do contexto de política pública, seu público-alvo, causas e impactos das ações de forma a auxiliar a elaboração de futuras políticas para a área cultural.

O primeiro produto desta parceria, intitulado “Integração municipal ao Sistema Nacional de Cultura – Uma análise exploratória do período de 2012 a 2021”, traz um retrato da integração municipal ao Sistema Nacional de Cultura conforme a situação de implementação efetuada até setembro de 2021.

A escolha em se enfatizar o Sistema Nacional de Cultura em uma avaliação sobre o Plano Nacional de Cultura justifica-se uma vez que o SNC é a meta 01 do PNC, uma meta tida como estruturante para o desenvolvimento da cultura no Brasil.

Vale lembrar que o Sistema Nacional de Cultura (SNC) se configura como a ponte entre o Plano Nacional de Cultura (PNC), entre os entes da Federação (União, Estados, DF e Municípios) e a sociedade, pois estabelece mecanismos de gestão compartilhada entre os entes federados e a sociedade civil para a construção de políticas públicas de cultura.

É importante mencionar que este estudo, em formato de relatório aqui disponibilizado, também teve como objetivo levantar informações para a realização da avaliação de impacto do Plano Nacional de Cultura, uma segunda etapa da parceria que está em andamento.

Partindo da análise da experiência de integração municipal ao sistema para, posteriormente, examinar de forma exploratória algumas possíveis características municipais determinantes da adesão ao SNC, o estudo levantou questões importantes para se discutir o funcionamento e os rumos do SNC.

Para consultar o estudo na íntegra, clique aqui.

Fonte: Ascom/Secult

 

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Iphan concluiu 11 obras durante o primeiro trimestre de 2021

Com investimento de R$ 46 milhões, as intervenções qualificam o Patrimônio Cultural para a retomada do turismo pós-pandemia

Sobrado dos Toledos, em Iguape (SP) (Foto: Iphan-SP).

Espalhadas pelo Brasil, 11 obras de restauro de bens tombados foram concluídas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no primeiro trimestre deste ano. Além das intervenções, o Iphan também realizou o lançamento de ações que aprimoram a preservação e salvaguarda do Patrimônio Cultural, acelerando o processo de licenciamento ambiental e promovendo a sustentabilidade social e econômica de comunidades detentoras do Patrimônio Imaterial. No total, os projetos realizados receberam investimento de aproximadamente R$ 46 milhões.

No mês de fevereiro de 2021, foram concluídas as obras em bens dos municípios de Iguape (SP) e São Luís (MA). Em Iguape, o Iphan finalizou a restauração do Sobrado dos Toledos – Atendimento ao Turista e do Sobrado do Paço Municipal, a primeira custando cerca de R$ 5,6 milhões e a segunda, R$ 5,9 milhões. Já em São Luís, a edificação beneficiada foi o imóvel do Centro Artístico Operário Maranhense, que recebeu obras de reforma e restauração totalizando R$ 1,7 milhão.

No mês de março, por sua vez, foram oito obras concluídas, somando um aporte de aproximadamente R$ 32 milhões. A edificação que recebeu maior investimento foi a Igreja da Conceição dos Militares, que inclui restauração de bens imóveis e integrados, no Recife (PE) – projeto que recebeu R$ 11,7 milhões. Também foi concluída obra de conservação da Casa e Chácara do Barão de Monjardim, em Vitória (ES), além de intervenções realizadas nos municípios de Marechal Deodoro (AL), São Luís (MA), Itaparica (BA), Recife (PE), Barra do Piraí (RJ) e Natal (RN). A lista completa das obras está disponível ao final da matéria.

“Mesmo com todas as limitações impostas pela pandemia, nos esforçamos para cumprir o cronograma dos nossos projetos. São obras importantes para o Patrimônio Cultural do Brasil, mas também se tornam essenciais para o turismo do Brasil pós-pandemia”, avalia a presidente do Iphan, Larissa Peixoto. “Essas intervenções foram fundamentais na geração de emprego e renda. E vão ser vetores de desenvolvimento socioeconômico nos municípios, dinamizando a economia local e o turismo cultural.”

Apesar de concluídas, algumas das obras ainda não tiveram evento de entrega devido à pandemia, mas que devem ocorrer assim que possível.

Ações

No campo do Patrimônio Imaterial, uma das ações realizadas foi a Conectando Patrimônios: rede de artes e sabores, promovida a partir da parceria entre o Iphan e comunidades detentoras de bens registrados como Patrimônio Cultural do Brasil. O projeto tem como objetivo visibilizar bens registrados e seus detentores, estimulando a venda de produtos associados a essas manifestações. Dessa forma, a ação visa à sustentabilidade social e econômica das comunidades, que foram impactadas pela pandemia.

E, encerrando as atividades do Instituto ainda de 2020, foi realizado o webnário “Rodas de conversa com os vencedores do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade”. Com a pandemia, o evento online foi a alternativa para a premiação dos 12 vencedores. Durante quatro dias, o público pôde interagir com os coordenadores de ações premiadas. Além disso, o Iphan produziu uma série de reportagens sobre os projetos ganhadores, que está disponível na página do prêmio.

Novo site

Desde o final do ano passado, está disponível o novo portal do Iphan. Serviços, notícias e informações em geral sobre a atuação do Instituto podem ser acessados no endereço gov.br/iphan. O site faz parte do projeto de unificação dos canais do governo federal a partir de uma plataforma que visa à simplificação da comunicação entre o cidadão e o Estado. A adesão à plataforma atende ao Decreto nº 9.756/2019, que institui o portal único para entidades e órgãos da administração pública federal direta, autárquica e fundacional do Executivo federal, integrando cerca de 1.600 sites.

Lista de obras:

  • Restauração da Igreja do Rosário, Marechal Deodoro (AL). Valor: R$ 1.671.816,75Obras realizadas pelo Iphan no primeiro trimestre de 2021
  • Restauração da Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento, Itaparica (BA). Valor: R$ 7.515.317,34
  • Restauração do Igreja Matriz de São Bartolomeu, Maragogipe. Valor: (BA) R$ 9.719.241,91
  • Obra de Conservação da Casa e Chácara Barão de Monjardim (Museu Solar Monjardim), Vitória (ES). Valor: R$ 784.521,16
  • Reforma e Restauração do imóvel do Centro Artístico Operário Maranhense, São Luís (MA). Valor: R$ 1.757.895,81
  • Reforma e Restauração do imóvel do Centro Educacional Guaxenduba, São Luís (MA). Valor: R$ 934.369,01
  • Igreja da Conceição dos Militares – Restauração dos bens móveis e integrados, Recife (PE). Valor: R$ 11.722.683,11
  • Obras de Restauração e Conservação da Cobertura e Torre Sineira da Catedral de Santana, Barra do Piraí (RJ). Valor: R$ 306.122,45
  • Restauração do edifício da antiga Secretaria Municipal de Tributação (SEMUT), Natal (RN). Valor: R$ 140.000,00
  • Restauração do Sobrado dos Toledos – Atendimento ao Turista, Iguape (SP). Valor: R$ 5.615.945,71
  • Restauração do Sobrado do Paço Municipal, Iguape (SP). Valor: R$ 5.956.934,19

Assessoria de Comunicação Iphan
comunicacao@iphan.gov.br
(61) 2024-5512 / 2024-5526
https://www.gov.br/iphan/
ww.facebook.com/IphanGovBr
www.twitter.com/IphanGovBr
www.youtube.com/IphanGovBr

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comitê Gestor do FSA aprova medidas de amparo ao setor audiovisual
Decisões tomadas buscam a preservação de empregos e empresas

publicado: 25/06/2020 10h24,
última modificação: 25/06/2020 10h25
Reunião do Comitê Gestor do FSA foi presidida pelo minsitro do Turismo. Crédito: Roberto Castro/MTur

Uma série de medidas emergenciais de amparo ao setor audiovisual foi aprovada nesta quarta-feira (24.06) pelo Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), em sua primeira reunião realizada sob a presidência do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que assumiu a responsabilidade pelo colegiado em 08 de junho. Pequenas, médias e grandes empresas estão contempladas nas medidas que poderão beneficiar, direta e indiretamente, cerca de 400 mil trabalhadores.

De Brasília, a reunião presidida pelo ministro do Turismo foi acompanhada pelo secretário Especial da Cultura, Mário Frias, e pelo diretor-presidente substituto da ANCINE, Alex Braga, que apresentou as propostas desenvolvidas pela Agência em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Participaram ainda, por videoconferência, os integrantes do Comitê.

“Essa reunião marca um novo início do setor cultural no Brasil. Não vamos medir esforços para atender ao máximo o setor audiovisual”, enfatizou o ministro Marcelo Álvaro.

O secretário da Cultura, Mario Frias, destacou a satisfação em estar presente no encontro. “Assumir a secretaria e logo em seguida participar desta reunião tão aguardada pelo setor é uma honra. Cultura e turismo são pilares fundamentais para o desenvolvimento do nosso Brasil”.

Para o diretor-presidente substituto da ANCINE, Alex Braga, as medidas representam um apoio fundamental ao setor neste momento particular. “Buscamos uma redução dos impactos da pandemia no mercado, propomos ações emergenciais que possibilitam a preservação das atividades e a manutenção de postos de trabalho”, explica.

Entre as decisões acertadas estão:
1. Programa de Apoio Especial ao Pequeno Exibidor;
2. Linha de Crédito Emergencial para o Setor Audiovisual;
3. Suspensão temporária de pagamentos da Linha de Crédito do Programa Cinema Perto de Você;
4. Suspensão dos prazos para cumprimento de obrigações impostas pelo FSA durante os efeitos diretos da Covid-19.

O primeiro item diz respeito ao socorro imediato aos pequenos grupos exibidores de até 30 salas, diante das restrições ocasionadas pela pandemia. Apenas no segmento de exibição há cerca de 65 mil postos de trabalhos ameaçados, já que o faturamento das salas de cinema é próximo de zero desde o final de março, e sem previsão definida quanto ao retorno regular das suas atividades.

Serão destinados recursos do Fundo no valor de R$ 8,5 milhões que poderão ser usados para custear folha de pagamento, serviços terceirizados, fornecedores de equipamentos e despesas correntes relativas ao funcionamento das salas. A ANCINE estima que tenham direito ao apoio mais de 700 salas de exibição, em 325 complexos de 185 empresas diferentes, em 24 unidades federativas do país.

O Comitê aprovou também a Linha de Crédito Emergencial (item 2), no valor total de R$ 400 milhões – sendo R$ 250 milhões para operações diretas (geridas pelo BNDES) e R$ 150 milhões para operações indiretas (operadas pelo BRDE). O objetivo da medida é a manutenção dos empregos e das empresas do setor audiovisual atingidas pelos efeitos da Covid-19.

Pelo BNDES, o apoio emergencial estará centrado em contratos superiores a R$ 10 milhões, nos quais os recursos serão exclusivamente empregados nos gastos com folha, fornecedores e gastos operacionais fixos. Haverá flexibilização de garantias reais, processo ágil de análise de crédito e compromisso para manutenção de postos de trabalho e limitação na distribuição de dividendos.

Já a atuação emergencial do BRDE estará voltada para créditos entre R$ 50 mil e R$ 10 milhões, com compromisso de manutenção de emprego e do pagamento de fornecedores. Nas operações com os dois bancos, para poder ter acesso à linha de crédito com as melhores condições de taxas de juros, o beneficiário precisa se comprometer a não reduzir o quadro permanente de pessoal.

Alívio ainda para as empresas do setor audiovisual que possuem operações ativas de crédito com o BNDES. O Comitê deu anuência para a concessão de suspensão, por seis meses, do pagamento de amortizações de empréstimos da Linha de Crédito do Programa Cinema Perto de Você (item 3).

Este programa foi responsável pela construção de mais de 290 salas (80% no interior do país) e pela digitalização de mais de mil salas de cinema no país desde 2010. A suspensão do pagamento representa um importante demonstrativo do apoio ao empresariado que apostou no Brasil nesse setor. Atualmente, o BNDES possui 40 contratos no âmbito do FSA, firmados com 13 empresas, restando o valor aproximado de R$ 267 milhões a receber.

Também em caráter emergencial e excepcional, o grupo aprovou a suspensão de prazos e diligências em obrigações contratuais firmadas com o FSA (item 4). Enquanto durarem os efeitos da Covid-19, fica suspenso o cumprimento de encargos como (a) Conclusão da obra (filmagens); (b) Prestação de contas e envio dos formulários de acompanhamento da execução; e (c) Exibição comercial em salas de cinema.

Para o próximo encontro, foi mantido em pauta o Relatório de Gestão 2018 e situação operacional e orçamentária do FSA, considerando a necessidade de aprofundamento da matéria. Ao contrário das ações aprovadas pelo Comitê Gestor, que se beneficiam de recursos de apoio não reembolsável e de crédito, as ações que aguardam decisão foram constituídas com recursos de investimentos retornáveis. Nessas operações a Ancine identificou questões que demandam maior aprofundamento técnico e jurídico, a exemplo do uso de rendimentos financeiros associado ao déficit de recursos para cobertura de todos os compromissos firmados.

1 Comentário

  1. Fatima Prando

    Parabéns ministro do Turismo.

    Responder

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Ancine firma parceria com Paraná em coinvestimento regional

Serão investidos R$ 2,5 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) na economia criativa do município de Piraquara

(publicado: 07/02/2019 19h30, última modificação: 08/02/2019 11h50)

O diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Christian de Castro, se reuniu, nesta quinta-feira (7), com o prefeito da cidade de Piraquara (PR), Marcus Mauricio de Souza Tesserolli, e com o deputado federal pelo Paraná, Luciano Ducci. No encontro, eles selaram parceria da agência com o município.

Durante o encontro, foi assinado o termo de complementação da Chamada Pública de Coinvestimento Regional que prevê recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) no valor de R$ 2,5 milhões no município. A proposta apresentada é no valor correspondente a R$ 3 milhões, sendo R$ 500 mil como contrapartida de recursos diretos do referido órgão e R$ 2,5 milhões em recursos de complementação do FSA.

O montante será investido em produção de jogos eletrônicos (R$ 240 mil), produção de curtas-metragens (R$ 400 mil), produção de curtas de animação (R$ 160 mil), produção de longas-metragens de documentário (R$ 500 mil), investimento em festival (R$ 200 mil), capacitação em produção cinematográfica (R$ 450 mil) e capacitação em produção de jogos eletrônicos (R$ 50 mil).

“Hoje a Ancine firma mais esse compromisso pela regionalização do audiovisual brasileiro e pela descentralização dos recursos do Fundo. Nosso objetivo é fortalecer essa cadeia produtiva e difundir o conteúdo nacional a partir dos investimentos na economia criativa de todas as regiões do país e na capacitação do empreendedor local, gerando renda e emprego para a região”, disse Christian de Castro.

O prefeito Marcus Tesserolli agradeceu a parceira com a agência: “A cidade de Piraquara se sente muito privilegiada e otimista com relação a esse investimento. São vários projetos na área de audiovisual como a produção de longas-metragens, curtas e documentários. Nós estamos querendo criar políticas públicas que se perpetuem no município”.

Para o deputado Luciano Ducci, é fundamental o investimento na economia criativa do país. “Será um grande desenvolvimento na área da cultura do município de Piraquara. O prefeito e sua equipe técnica estão de parabéns em viabilizar estes recursos. Quero agradecer também ao Christian de Castro a oportunidade de estar aqui hoje, na sede da ANCINE, acatando este projeto”, disse ele.

Coinvestimento Regional

A Chamada Pública Ancine/FSA nº 01/2018 – Coinvestimento Regional se propõe a investir recursos, em caráter complementar, em ações de fomento a serem propostas por órgãos e entidades da administração pública direta ou indireta estadual, municipal e do Distrito Federal, com a finalidade de desenvolver o setor audiovisual local a partir do lançamento de programas específicos.

A quinta edição da linha, em 2018, aumentou a proporção de investimento do FSA. Para os órgãos e entidades das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o FSA complementa até cinco vezes os valores aportados. No caso dos órgãos e entidades da Região Sul e dos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, a proporção é de até quatro vezes e para os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, até três vezes.

Para os entes locais que já tenham estabelecido parcerias em outras edições da linha, a apresentação de uma nova proposta só pode ser realizada após a conclusão do processo seletivo anterior (resultado final) e o desembolso integral dos recursos de contrapartida do órgão.

A Chamada, que funciona na modalidade de fluxo contínuo, foi lançada com o investimento de R$ 133,6 milhões em recursos do FSA.

 

Assessoria de Comunicação
Agência Nacional do Cinema
Ministério da Cidadania

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

FGV apresenta método para medir impacto econômico cultural

9.11.2018 – 10:1

Você sabe o impacto econômico que um evento cultural pode ter? Geração de renda, arrecadação de impostos e criação de empregos são alguns dos benefícios, que vão muito além do simples entretenimento. Com o programa Rio de Janeiro a Janeiro, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) desenvolveu uma metodologia que permitiu mensurar dados como esses e comprovar que o retorno financeiro de um evento cultural vai muito além do investido. Lançado pelo Ministério da Cultura no final do ano passado, o programa Rio de Janeiro a Janeiro visa contribuir para a revitalização econômica do estado por meio do apoio à realização de eventos capazes de atrair investimentos e turistas.

Representante da Fundação falou sobre o programa Rio de Janeiro a Janeiro, lançado pelo governo federal. Foto: Ronaldo Caldas (Ascom/MinC)

O tema foi abordado nesta quinta-feira (8) durante palestra no Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MicBR), megaevento que está sendo promovido até este domingo (11), em São Paulo, pelo Ministério da Cultura (MinC) e pela Apex-Brasil. Ao longo do evento, o coordenador da Fundação Getúlio Vargas, Lauro Nobre, explicou a criação do programa, os objetivos, a metodologia utilizada e citou alguns resultados de eventos mensurados, como o Carnaval e o Réveillon. “Queremos mostrar que a cultura tem um viés econômico e que isso pode, sim, ser mensurado”, destacou.

A iniciativa do governo federal selecionou 154 projetos, que tiveram impacto de R$ 13,2 bilhões e geraram 351 mil postos de trabalho.  Cada real investido em eventos do programa Rio de Janeiro a Janeiro resultou em um retorno de R$ 13.  Ao longo do debate, Nobre lembrou ainda que a FGV realizou estudos específicos para a Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), Carnaval, Réveillon, Anima Mundi e Game XP.

Nobre citou também alguns resultados específicos do Carnaval do Rio de Janeiro e da Game XP, que geraram, respectivamente, R$ 3,02 bilhões e R$ 53,9 milhões. “Esse pacote de metodologia está pronto e pode ser usado por outras instituições, é adaptável a outras realidades”, informou.

 

Oportunidade

O representante da FGV abriu a palestra falando sobre a criação do programa Rio de Janeiro a Janeiro, que surgiu para fomentar projetos de âmbito cultural, esportivo e turístico no estado do Rio de Janeiro em um momento de enfraquecimento econômico. “O Ministério da Cultura viu uma oportunidade de enxergar o setor cultural e eventos como algo que prova que vão além de entretenimento e que podem fomentar a economia do local”, explicou.

Em seguida informou o passo a passo de como foi implementado o programa, que exigiu delimitar o perfil de projetos, a forma de inscrição, elaborar a concepção de um banco de dados e de um regulamento, além de desenvolver um hotsite e uma metodologia de cálculo e avaliação. Também houve um acompanhamento pós-evento, que procurou comparar resultados estimados com os de fato registrados.

Em relação à metodologia de cálculo e avaliação, a FGV criou diversos parâmetros. Estabeleceu, por exemplo, o retorno sobre investimento público, que é tratado só sob a ótica do governo, e o índice de alavancagem econômica, que é o retorno sobre o investimento sob a ótica da sociedade. O primeiro, é medido pela divisão do retorno em tributos pelo investimento público e o segundo corresponde ao Impacto econômico total dividido pelo investimento total.

Para cada eixo do programa, que inclui temas como o impacto na geração do emprego, o impacto social e o potencial de continuidade e expansão, foram consideradas variáveis. Entre elas, número de edições anteriores, quando ocorreu a última edição, expectativa de novas edições, valor pleiteado, percentual de mão de obra contratada, e número de turistas brasileiros e estrangeiros.

 

Sobre o MicBR

O Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MicBR), promovido pelo Ministério da Cultura (MinC) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), ocorre até 11 de novembro, em São Paulo. O megaevento reúne milhares de empreendedores brasileiros e de sete países sul-americanos em atividades de capacitação, rodadas de negócios e apresentações artístico-comerciais, além de um público geral de aproximadamente 30 mil pessoas. Dez áreas da produção cultural estarão envolvidas: artes cênicas, audiovisual, animação e jogos eletrônicos, design, moda, editorial, música, museus e patrimônio, artes visuais e gastronomia.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação / Ministério da Cultura

7 Comentários

  1. Juan Carlos nandez

    A cultura é educação, inclusão e também economia, toda iniciativa como o trabalho da FGV fará mais eficiente as políticas culturais e trará impactos ainda maiores.
    Exemplo de projeto sucesso é o Mãos que Valem.

    Responder
  2. Edna Lucia David Natali Meschick

    Boa noite:
    Sobre o método apresentado pela FGV, no meu entender parece mais um apelativo para que não acabe a festa da carne, que tem sido a destruição das famílias que residem neste país. Se o proposto não ficar apenas no escrito, mas não produzido, haverá uma melhora nas condições deste povo sofrido, que continua sendo escravizado nas condições morais, de moradia,escolaridade, cuidado corporal,é o que não só o Rio de Janeiro, mas todos os Estados necessitam.

    Responder
  3. Mateus de Paula

    Medir impacto econômico é um fator que envolve uma centelha de conhecimentos embasado no âmbito social cultural, é muito importante o trabalho da FGV ( Fundação Getúlio Vargas), de alguma forma o evento cultural prova no meio social como tão importante a geração econômica social, alem disso centraliza inúmeras artes que possam articular interesses individuais, empresarial.

    Responder
  4. Aimoré junior

    Eu acho que os grandes centros são os mais valorizados e favorecidos tanto na esfera de aprovação como de captação de dinheiro para projetos, e o que favorece isso, é o turismo, moro no interior do estado de Santa Catarina, temos aqui orquestras de cordas, bandas, grupos de dança e teatro, mas não temos nada que atrai turistas para nossa região, como praias, parques etc, e devido a isso, percebo grande dificuldade para os grupos culturais da cidade sobreviver, e uma dificuldade ainda maior do profissional sobreviver somente de sua arte, creio que a solução para isso, e vir para as cidades interioranas, politicas de incetivo e desenvolvimento cultural.

    Responder
  5. Jessica Karoline da Silva

    Não tenho dúvida que eventos culturais geram benefícios para a economia. Infelizmente é visto por muitos como entretenimento apenas, mas para aqueles que tem um pouco mais de afinidade, contato e respeito com a área cultural, sabem que a cultura é um meio que contribui muito para a economia desde que haja um investimento e organização sobre os planos para projetos e iniciativas culturais. Acho que a FGV traz esclarecimento e valorização com este programa, porque o que falta muitas vezes é mostrar dados de forma organizada para que haja investimento.

    Responder
  6. Carlos Ney dos Reis

    boa tarde sou diretor de cultura do município de Jussara-Ba e preciso de mais informacões sobre a lei Aldir Blanc; como fazer o cadastro dos artistas e grupos culturais.para receber o auxilio ainda de 2020.

    Responder

Trackbacks/Pingbacks

  1. A cada R$ 1 investido em eventos culturais gera retorno de R$ 13 para a economia – Municidados - […] http://pnc.cultura.gov.br/2018/12/11/fgv-apresenta-metodo-para-medir-impacto-economico-cultural/ […]
  2. Nova regulamentação da Lei Aldir Blanc para o setor cultural (decreto 10.489/20): novo capítulo de uma longa novela - Cultura e Mercado - […] 5- “FGV apresenta método para medir impacto econômico cultural”. Disponível em http://pnc.cultura.gov.br/2018/12/11/fgv-apresenta-metodo-para-medir-impacto-economico-cultural/ […]
  3. Nova regulamentação da Lei Aldir Blanc para o setor cultural (decreto 10.489/20): novo capítulo de uma longa novela – Cultura e Mercado - […] 5- “FGV apresenta método para medir impacto econômico cultural”. Disponível em http://pnc.cultura.gov.br/2018/12/11/fgv-apresenta-metodo-para-medir-impacto-economico-cultural/ […]
  4. Nova regulamentação da Lei Aldir Blanc para o setor cultural (decreto 10.489/20): novo capítulo de uma longa novela – Cultura e Mercado - […] 5- “FGV apresenta método para medir impacto econômico cultural”. Disponível em http://pnc.cultura.gov.br/2018/12/11/fgv-apresenta-metodo-para-medir-impacto-economico-cultural/ […]

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Começam as inscrições para o MicBR

18.10.2018 – 12:30

Começam nesta quinta-feira (18) as inscrições para as atividades abertas ao público do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MicBR), que será realizado de 5 a 11 de novembro, em São Paulo. Promovido pelo Ministério da Cultura (MinC) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o megaevento vai reunir centenas de empreendedores brasileiros e de sete países sul-americanos (Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai). Dez áreas da produção cultural estarão envolvidas: artes cênicas, audiovisual, animação e jogos eletrônicos, design, moda, editorial, música, museus e patrimônio, artes visuais e gastronomia. 

Estão abertas inscrições para palestras, oficinas, mesas-redondas, mentorias, aulas do projeto Cozinha Show e para sessões de networking. As atividades serão realizadas em diferentes locais da Avenida Paulista, com número de vagas sujeito à capacidade dos espaços utilizados. Confira a programação completa no site micbr.cultura.gov.br e inscreva-se. Todos os eventos são gratuitos.

Serão realizadas no MicBR cerca de 40 palestras, oficinas e mesas-redondas. Entre os destaques está a palestra Pensamento Criativo, que será ministrada no dia 6 de novembro por John Newbigin, CEO da Creative England e embaixador para indústrias criativas da Prefeitura de Londres. Outro destaque, também no dia 6, é a palestra Raízes Culturais da Transformação Econômica e Política e Desafios, com a professora Vishakha Desai, da Universidade de Columbia.

No dia 7, o estilista japonês Kunihiro Morinaga falará sobre a produção de roupas inteligentes. Já no dia 8, a jornalista e consultora de moda Lilian Pacce participa de mesa-redonda sobre como comunicar a moda no mundo virtual. No dia 9, um dos maiores fotógrafos da América Latina, Bob Wolfenson, fala sobre sua trajetória profissional.

 

Sessões de Networking

O MicBR também vai contar com sessões de networking, que serão promovidas, de 6 a 8 de novembro, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Durante a atividade, os presentes serão divididos em mesas com 10 participantes, que terão um minuto cada para apresentar aos demais sua empresa e seus diferenciais competitivos e distribuir seu material de divulgação.

Além das sessões de networking, o MicBR terá quatro dias de rodadas de negócio, com participação restrita a empreendedores já escolhidos pelos ministérios da Cultura do Brasil e de outros países por meio de editais de seleção pública. O Brasil selecionou 53 empreendedores experientes, com produção cultural já consolidada, para participar das rodadas. Além disso, outros 62 empreendedores, todos iniciantes, também foram selecionados pelo MinC e participarão de um seminário de capacitação durante o megaevento.

 

Mentorias

O MicBR também vai sediar sessões de mentoria voltadas a empreendedores da economia criativa. Serão selecionados, entre os inscritos, 120 participantes, que terão a oportunidade de passar 30 minutos com especialistas no segmento empresarial para tirar dúvidas e pedir orientações sobre temas como seleção de pessoal, vendas e estratégias de divulgação, entre outros. Todas as mentorias serão individuais. As inscrições serão abertas em breve.

 

Gastronomia, moda e atrações culturais

Realizado de 6 a 9 de novembro, o projeto Cozinha Show é outro destaque da programação do MicBR. Serão realizadas oito aulas, cada uma comandada por um renomado chef de um dos oito países sul-americanos participantes do evento. Cada aula trará receitas, alimentos típicos e expressões culturais dos países. Serão 75 minutos de prática e 45 minutos para degustação dos alimentos preparados.

Um estilista de cada país participante foi selecionado para apresentar suas criações. Os desfiles acontecerão no Conjunto Nacional. Além disso, várias atrações artísticas integram a programação, entre elas 16 shows musicais de oito países, que terão como palco o Sesc da Avenida Paulista, e oito apresentações teatrais de oito países, a se realizarem no Teatro Sesi.

 

Impacto econômico 

A estimativa é de que o MicBR gere um impacto de R$ 39,7 milhões na economia, de acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizado a pedido do MinC e divulgado durante o lançamento. Deste total, R$ 28 milhões são de impacto direto e R$ 11,7 milhões, de indireto. “Cada real investido no MicBR tem potencial de retorno de R$ 9,93 à sociedade, em forma de geração de negócios, renda e tributos”, afirma o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. Segundo ele, estão sendo investidos cerca de R$ 4 milhões na realização do megaevento, que será o primeiro do País a estimular a integração de todos os setores culturais e criativos brasileiros em um grande mercado, “estruturado, competitivo e atrativo para investidores e empreendedores internacionais”.

“As atividades culturais e criativas já representam 2,6% do PIB brasileiro, geram 1 milhão de empregos diretos e englobam mais de 200 mil empresas e instituições. Há um vasto potencial de crescimento e isso passa também pela internacionalização dos nossos talentos e da nossa valiosa produção cultural”, ressaltou Sá Leitão.

Ainda de acordo com o levantamento da FGV, apenas em tributos o MicBR deve gerar cerca de R$ 4,6 milhões, sendo R$ 2 milhões para os cofres públicos municipais, R$ 0,4 milhão para o estadual e R$ 2,1 milhões para os cofres federais. É esperada a criação de cerca de 850 postos de trabalho, sendo 460 diretos e 391 indiretos.

O evento conta com a parceria do Itaú Cultural, SESI-SP, SESC-SP, Sebrae, Universidade de São Paulo, Pixel Show, Zupi.co, secretarias estadual e municipal de Cultura de São Paulo, Anima Mundi, Livraria Cultura, MASP e Instituto Moreira Salles, além da cooperação da Unesco e da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e o apoio de várias entidades representativas de setores criativos da indústria.

 

Acesso Rápido

Confira o site do MicBR e inscreva-se

 

Fonte: Assessoria de Imprensa / Ministério da Cultura

Enviar Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *