12.5.2015 – 09:30
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, reuniu-se nessa segunda-feira (11) com o Grupo Nacional de Cultura Infância para discutir a busca de alternativas viáveis para a inclusão da infância no âmbito da cultura. Uma das propostas é a criação de um plano de trabalho abrangente da cultura da infância, no qual estejam contempladas as diferentes áreas e possíveis parcerias com a educação.
“É preciso que a questão da infância seja incluída na pauta da cultura como um direito e uma forma de aumentar o repertório da criança, tendo em conta a perspectiva da identidade. Também é preciso ter um olhar para a economia da cultura da infância”, destacou Karen Acioly, do Centro de Referência da Cultura da Infância do Rio de Janeiro e uma das integrantes do grupo.
Juca Ferreira afirmou que o ministério está buscando um diálogo mais amplo com a educação, buscando parcerias mais além do programa Mais Cultura nas Escolas. “É um tema que precisa ser incluído na discussão sobre o Sistema Nacional de Cultura”, ressaltou.
Juana Nunes, que será responsável pela Secretaria de Educação e Formação Artística e Cultural (Sefac), que está sendo criada no MinC, ficou a cargo da criação de um grupo de trabalho, dentro do ministério, abrangendo todas as secretarias. “É preciso ter uma dimensão mais ampla da cultura da infância, além da educação. É preciso incluir o aspecto da produção, do acesso e da identidade”, destacou.
Também participaram da reunião a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural, Ivana Bentes, o secretário do Audiovisual, Pola Ribeiro, Luiza Lins, da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, Clarice Cardell, da Rede Nacional pela Primeira Infância, e Emidio Sanderson, diretor do Festival TIC e articulador do Plano Cultura Infância do Estado do Ceará.
Fonte: Assessoria de Comunicação/Ministério da Cultura
Eu acho ótimo que a infância tenha sido privilegiada com um plano de cultura, mas quero dizer que há a necessidade de um plano para a terceira idade (pessoas com mais de 60 anos) Temos uma população que está cada vez maior nesta faixa etária e que precisam muito de ações culturais voltadas para o seu grupo. A pessoa pode estar numa cadeira de rodas, com dificuldade de se locomover e estar escrevendo literatura, por exemplo.Eu coordeno um projeto, em Porto Alegre, de oficinas literárias para os aposentados da Caixa e, agora, de todos os bancos. Como tenho apoio do sindicato dos bancários, o projeto é oferecido prioritariamente para os bancários, mas temos aposentados de outras áreas que fazem parte das oficinas, em que lançamos livros ao final de cada oficina. Agora fazemos os livros bilíngue e lançamos nos países de língua espanhola também. Isso motiva os aposentados a participarem dos grupos das oficinas, e vão viajar junto para os lançamentos, o que mudou a vida destas pessoas. Mas este nosso grupo tem condições financeiras de se custear, e ainda tem uma entidade de classe que apoia e patrocina uma grande parte dos gastos. Quem não faz parte de uma organização como a nossa, não tem acesso. A escrita criativa além de criar condições para estas pessoas se agruparem, ainda incentiva a leitura e serve como um grande alento para este período da vida em que as condições cada dia se tornam mais solitárias e menos interessantes.