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05/12/2014

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Um espaço charmoso e emblemático está de volta à vida das famílias de Laguna (SC): o Cine Teatro Mussi será inaugurado no próximo dia 09 de dezembro, com a presença da presidente do Iphan, Jurema Machado, do diretor do PAC Cidades Históricas, Robson Almeida e da Superintendente do Iphan no estado, Liliane Janine Nizzola.

Local que foi testemunha de muitas risadas, sustos, namoros e paqueras foi totalmente restaurado com recursos da ordem de R$ 6,4 milhões, um investimento do Governo Federal por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Somando-se a aquisição do imóvel (R$ 812 mil) e a compra dos novos equipamentos, o valor total destinado ao cinema foi de F$ 7,23 milhões.

O Cine Mussi foi adquirido pelo Iphan e a obra, iniciada em 2011, contemplou a restauração geral do edifício, incluindo instalações de segurança, acessibilidade, equipamentos de projeção e sonorização, além de um anexo com camarins, sanitários e área de suporte técnico. Projetado pelo arquiteto suíço Wolfang Ludwing Rau (1916-2009) a pedido do Sr. João Mussi, começou a ser construído em 04 de abril de 1947 e foi inaugurado em 17 de dezembro de 1950, com a exibição do filme A Valsa do Imperador. É uma edificação emblemática, situada na orla da Lagoa de Santo Antônio, constituindo-se num monumento urbano referencial para o centro histórico da cidade de Laguna.

Além do Cine Teatro Mussi, o Iphan está executando outras grandes obras no estado. Entre os dias 09 e 11 de dezembro, a presidenta Jurema Machado visitará também as cidades de Florianópolis, São Francisco do Sul, São Bento do Sul e Itaiópolis.

O PAC Cidades Históricas no Estado

Grande parte das ações estão sendo executadas no estado por meio do PAC Cidades Históricas, com investimentos de R$ 38,5 milhões. O programa é um avanço nas políticas culturais que viabiliza por meio de investimentos juntos às prefeituras a preservação do patrimônio brasileiro, valorizando a cultura e promovendo o desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade e qualidade de vida para os cidadãos. Atualmente, o PAC Cidades Históricas atua em 44 cidades, de 20 estados da federação, com a disponibilização total de R$ 1,9 bilhões de reais até 2015, sendo R$ 1,6 bilhões para obras públicas.

Para Laguna – reconhecida pelo Iphan, em 1985, como Patrimônio Cultural Brasileiro – o investimento é de mais de R$ 18 milhões que serão aplicados na requalificação urbanística do Centro Histórico, já em processo de execução e com conclusão prevista para 2015. Nesta etapa, está prevista a qualificação por completo da pavimentação das vias, garantindo mobilidade e acessibilidade; a troca de toda a fiação aérea, que prejudica a fruição das edificações tombadas, para um sistema de fiação embutida no subsolo. Outras obras serão a restauração do Sobrado da Sociedade Musical Carlos Gomes; do Casarão da Sociedade Recreativa Clube Congresso; da Casa de Anita Garibaldi; da Casa Candemil – Arquivo Público Municipal; da Antiga Estação Ferroviária e agenciamento do entorno; da Antiga subestação de energia; do Casarão do Clube Blondin; além da etapa final da restauração do Casarão do Clube União Operária e anexo.

Para Florianópolis estão programadas, com recursos do PAC Cidades Históricas, a restauração da antiga Alfândega – com a instalação da Casa do Patrimônio, do sistema de Fortificações da Ilha de Santa Catarina – Fortalezas de Anhatomirim, Araçatuba, Ratones, Santana, Santa Bárbara, São João, São José da Ponta Grossa e Marechal Moura; do sobrado do Museu Victor Meirelles e anexo e da ala sul do Mercado Público Municipal.

Mais investimentos em Santa Catarina

Além da reinauguração do Cine Teatro Mussi, os investimentos do Iphan chegam a São Francisco do Sul, no Museu Nacional do Mar. Além de ações nos Roteiros Nacionais de Imigração e da Paisagem Cultural Brasileira, nas localidades de São Bento, com atividades na Casa Eichendorf, e em Itaiópolis, onde será inaugurada a Casa Polaski, que passará a ser gerida pela  Associação Polonesa.

Os projetos têm por objetivo revitalizações físicas, aliadas à ideia de que os espaços estão ligados à preservação da memória e ao fortalecimento da identidade das comunidades.  Amplia, ainda, uma estratégia de desenvolvimento, para posicionar o patrimônio cultural como eixo indutor e estruturante.

Fonte: Iphan