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A Fundação Casa de Rui Barbosa é conhecida pelo rico acervo de livros, preservação da memória do escritor baiano que dá nome à instituição, pesquisas nas áreas filológica, histórica, de direito, de política cultural e pelo seu rico jardim. Além das experiências tradicionais, a Casa também oferece três sites que possuem documentos históricos disponíveis on-line e que aproximam quem não dispõe de tanta facilidade de visitar presencialmente a Casa, localizada no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. Os sítios RBonline, O Malho e o Memória Escravidão são unidos pelo objetivo comum de ampliar o acesso à informação e à pesquisa.


O baiano Rui Barbosa foi escritor, orador, jurista e jornalista, além de ter presidido a Academia Brasileira de Letras após a morte de Machado de Assis, de 1908 a 1919. Sobre Rui, a plataforma RBonline reúne, on-line, as obras, coleções de livros, documentos e objetos que pertenceram a ele. Ao navegar no site, é possível encontrar mais de 130 documentos feitos pelo próprio Rui, livros de sua autoria, cartas familiares e clássicos de sua coleção particular, como A Divina Comédia, de Dante Anglieri. É possível, ainda, visitar virtualmente o museu e o jardim da Casa. É uma imersão no mundo da Casa de Rui direto do computador.

Em outra frente, o site Memória Escravidão, conforme o nome diz, trata de um assunto presente desde a colonização e que faz parte da história do Brasil: a escravidão. O sitio conta com um conteúdo rico em livros, artigos, exposições, jogos, quiz, caça-palavras e sugestões de outras fontes de pesquisa, como museus, sites, artigos, autores. Cada nova aba do site convida o leitor a aprender de forma mais profunda sobre a origem dos negros africanos em solo brasileiro e, fatalmente, a nossa identidade enquanto povo brasileiro.

É inegável que o Brasil tem uma diversidade cultural e étnica ampla e que a vinda dos negros africanos para serem escravizados deixou marcas na pele, na economia, nas famílias e na cultura do País. Ser brasileiro significa ter na sua história várias influências desse povo. No último Censo, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 53% da população se autodeclarou negra. A plataforma se propõe a ampliar o acesso aos conhecimentos relacionados ao tema e a documentos do acervo da FCRB.

O terceiro e último site é O Malho, que conta com todas as publicações da revista humorística brasileira, criada em 1902, que especializada em satirizar os fatos políticos e costumes da época. A revista foi a primeira publicação do Brasil a substituir a pedra litográfica por placa de zinco. A inovação tecnológica deu impulso para que a arte da charge e da ilustração fosse mais presentes na imprensa. Algumas de suas charges foram assinadas por Nair Tefé, a primeira cartunista mulher brasileira, além de pintora, cantora e atriz.

Em 1930, O Malho combateu a Aliança Liberal de Getúlio Vargas e, por isso, teve a sede incendiada e foi impedido de circular por um breve período. Em 1954, a última edição da revista foi publicada com notícias e obras de literatura. O projeto foi realizado com apoio da Lei Rouanet e, no site, é possível folhear todas as publicações e entender um pouco mais da evolução tecnológica, da imprensa e da história do Brasil.

Links dos sites:

RB Online

Memória escravidão

O Malho