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O ministro Juca Ferreira presenciou durante a entrega da Praça da Alegria a apresentação do grupo “Os Fanáticos”. (Foto de Gustavo Serrate)

26.3.2015

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, e a presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado, participaram no fim da tarde desta quinta-feira (26) da segunda entrega de obras financiadas pelo programa PAC Cidades Históricas em São Luís do Maranhão. A Praça da Alegria, que estava degredada e invadida pelo comércio informal, foi totalmente restaurada, permitindo à população voltar a utilizar um espaço de fruição paisagística e de enorme importância para a memória da cidade. O investimento foi de R$ 865,7 mil.

“Não podíamos ter um nome mais simbólico para começar as obras do PAC Cidades Históricas; logo esta, que era a praça da forca, e que o tempo soube transformar de uma forma tão positiva na praça da Alegria”, afirmou a presidenta do Iphan, Jurema Machado. “A revitalização e o mercado de flores darão vitalidade a este espaço que esperamos seja um irradiador de novas transformações, da adaptação dos imóveis e uso cada vez mais intenso da população”, continuou.

A história da Praça da Alegria remonta a 1815, quando o então ouvidor-geral do Crime, desembargador Francisco Leal, mandou construir no local uma forca para execução de escravos e criminosos comuns. Em 1849, por determinação da Câmara Municipal, a forca foi retirada e o espaço, urbanizado, com a colocação de bancos, árvores e plantas ornamentais. O Largo da Forca Velha passou, então, a chamar-se Praça da Alegria.

Ao longo dos anos, a praça recebeu outros nomes: Praça Sotero dos Reis (1868), Praça Colombo (1890), Praça 13 de maio (1929), Praça Saturnino Bello (1951) e Praça Coronel Manuel Inácio (1963). A população, teimosamente, continuou a chamá-la de Praça da Alegria. No centro da praça, funcionou, por muitos anos, o Jardim de Infância Dom Francisco, um dos primeiros da cidade.

Durante a cerimônia, o governador do Maranhão, Flávio Dino, contou que foi aluno da escola e usava a praça para jogar futebol. “Esta praça está intrinsecamente ligada a tudo na minha vida. Até o meu partido tem sede nesta praça”, afirmou.

“Graças à cooperação entre governo estadual, prefeitura e o Ministério da Cultura estamos devolvendo à população um importante espaço de convivência pública. Isso faz parte do processo de recuperação do patrimônio histórico e da valorização da cidade de São Luís com toda sua cultura material e imaterial”, afirmou o ministro da Cultura, Juca Ferreira.

Durante a manhã, o MinC entregou completamente restaurada a fachada de azulejos do Sobrado dos Belfort, prédio histórico de São Luís. No início da tarde, foi assinada ordem de serviço para requalificação urbanística da Rua Grande, considerada o coração do centro da capital maranhense. A execução das duas obras envolve recursos do PAC Cidades Históricas.

Sobre o PAC Cidades Históricas
O PAC Cidades Históricas é uma ação intergovernamental articulada com a sociedade civil para preservar o patrimônio brasileiro, valorizar a cultura e promover o desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade e qualidade de vida para os cidadãos.

O programa é uma importante conquista e consolida significativos resultados obtidos a partir do incremento das políticas culturais no Brasil, em especial da implementação do Programa Monumenta, o qual promoveu impactos muito positivos para as comunidades de 26 municípios beneficiados.

Ampliar a abrangência dessa estratégia de desenvolvimento para posicionar o patrimônio cultural como eixo indutor e estruturante é o objetivo do PAC Cidades Históricas, que atuará, inicialmente, em 44 cidades de 20 estados da Federação, com a disponibilização total de R$ 1,9 bilhão até 2015, sendo R$ 1,6 bilhão para obras públicas. Os outros R$ 300 milhões estão destinados a uma linha de crédito para proprietários de imóveis de cidades tombadas pelo Iphan.

Fonte: Assessoria de Comunicação/Ministério da Cultura Com informações do Iphan