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Eliana Cruz falou sobre seu livro para estudantes de 14 a 17 anos de Encarnación de Diaz, no México (Foto: Andrea Guimarães/MinC)

A escritora e jornalista Eliana Alves Cruz se surpreendeu ao encontrar um auditório lotado de alunos entre 14 e 17 anos em uma escola pública no município de Encarnación de Diaz, a cerca de 180 quilômetros de Guadalajara, no México. Vencedora do prêmio literário Oliveira Silveira, promovido pela Fundação Cultural Palmares (FCP), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), Eliana foi ao local participar do programa Ecos de la FIL, que busca fomentar a leitura entre os estudantes por meio de diálogos informais com os autores participantes da 30ª Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL), que ocorreu no México entre 26 de novembro e 4 de dezembro deste ano.

Os estudantes reservaram parte do dia para saber mais sobre a autora brasileira e sobre seu livro Água de Barrela, premiado no edital da FCP. “Falei sobre o livro, sobre o processo de criação e foi incrível, porque havia uns 200 alunos e o nível de perguntas foi altíssimo”, conta Eliana.

A curiosidade dos alunos pela obra e vida de Eliana reflete um interesse do público da FIL por obras em português. O Brasil é um dos países prioritários. Nas últimas edições, a feira – que é realizada anualmente – conta com uma programação específica sobre o País, intitulada Destinação Brasil, que traz um ciclo de debates sobre literatura brasileira, com a presença de escritores e personalidades ligadas ao cenário literário brasileiro.

Além de Eliana, o MinC apoiou, com recursos do Programa de Intercâmbio de Autores Brasileiros no Exterior 2016, da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), a participação de outros cinco escritores brasileiros: Ana Paula Maia, Antônio Xerxenesky, Paulo Scott, Beatriz Bracher e Carol Rodrigues. O programa da FBN é destinado a editoras estrangeiras que tenham publicado obras de autores brasileiros ou já adquirido os direitos para publicação e que buscam promover a participação desses autores em eventos literários internacionais

Para o Ministério da Cultura, além de impulsionar negócios, a Feira apresenta potencial único para a difusão da literatura brasileira e, de modo mais geral, de diversas expressões culturais brasileiras para o público mexicano e de outros países que participam do evento. “Estar em Guadalajara é obrigatório porque é a maior feira literária da América Latina”, destaca a coordenadora de Promoção de Exportações Culturais do MinC, Andrea Santos Guimarães. “Existe um interesse muito grande pelo Brasil. É uma oportunidade de se aproximar de outros países, de apresentar a produção cultural nacional para um público qualificado”, completa.

Sobre a FIL

A Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL) foi criada em 1987 sob a coordenação da Universidade de Guadalajara e tornou-se o maior mercado mundial de publicações em espanhol. A cada ano, visitam a feira editores, agentes literários, tradutores, distribuidores e bibliotecários, que realizam intercâmbios comerciais e profissionais. A FIL também é aberta ao público em geral.

O Brasil participa da feira desde 2011, por meio do programa Destinação Brasil e, desde 2012, a Agência Brasileira de Promoções de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em conjunto com a Câmara Brasileira do Livro (CBL), desenvolve na feira o programa Brazilian Publishers, que busca promover o setor editorial brasileiro no mercado global.

Texto e Fonte: Assessoria de Comunicação/Ministério da Cultura