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“A presença de obras acessíveis nas bibliotecas garante o acesso universal e o compartilhamento dessa experiência tão rica que é a leitura”, Renata Bittencourt , secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC) – Foto: Janine Moraes / Ascom MinC

Ações de acessibilidade estão entre as prioridades de diferentes áreas do Ministério da Cultura (MinC). À frente da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC), Renata Bittencourt destaca as políticas desenvolvidas em prol da inclusão da pessoa com deficiência.

A diretriz da inclusão está presente na pasta desde os primeiros dias da gestão do ministro Marcelo Calero. Nesse contexto, a SCDC lançou, em parceria com a ONG Mais Diferenças, 25 livros adaptados à pessoas cegas ou com alguma deficiência visual. “Essa iniciativa vai possibilitar a leitura de títulos importantes, como o Pequeno Príncipe, que serão produzidos em suporte de vídeo e áudio, com descrição de imagens, além de tradução de interpretação em libras. Dos títulos disponibilizados, alguns são de domínio público, o que facilita a inserção desses materiais e conteúdos em circulação”, afirma Renata.
Atualmente, a secretaria distribui esses títulos para bibliotecas públicas, com o intuito de contemplar deficientes visuais que, normalmente, ficariam apartados de atividades promovidas dentro das instituições. “A presença de obras acessíveis nas bibliotecas garante o acesso universal e o compartilhamento dessa experiência tão rica que é a leitura”, completa a secretária.
A SCDC também iniciou ações de capacitação, com treinamento de equipes, em dez bibliotecas – consideradas instituições de referência. Como parte desse programa, a secretaria forneceu um conjunto de materiais voltados à acessibilidade, como impressoras braile, Ipads e computadores para que as tecnologias existentes possam aproximar públicos.

Tratado de Marraqueche

O papel do Ministério da Cultura na elaboração do texto do Tratado de Marraqueche e em ações de acessibilidade foi destacado, pela secretária Renata Bittencourt, em entrevista concedida à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no último dia 10 de outubro. Na ocasião, Renata lembrou o protagonismo do Brasil no tratado, o primeiro instrumento internacional da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi) voltado às pessoas com deficiência. “Capitaneamos um processo de impacto global. Nosso país já tinha uma preocupação com a questão da acessibilidade dos textos impressos e foi decisivo na elaboração do documento que vai pautar outros países sobre essa discussão”, afirmou a secretária.
“Com a ratificação do Tratado, ocorrida no último dia 30 de setembro, por parte dos vinte países participantes, a produção cultural passa a ser disponibilizada para um público amplo, em especial, os deficientes visuais. Temos 6,5 milhões de leitores potenciais que agora passam a ser considerados. Tecnologias como o braile, o suporte em vídeo da Língua Brasileira de Sinais, a fonte ampliada e ilustrações com destaque são alguns dos recursos dos livros acessíveis para fazer com que a produção literária de ficção ou histórica possa ser acessada por esses deficientes”, ressaltou Renata.
Texto e fonte: Assessoria de Comunicação/Ministério da Cultura