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O ministro Marcelo Calero participou de encontro com a ministra da Cultura da Colômbia, Mariana Garcés Córdoba (Foto: Alessandro Mendes / Ascom MinC)

O Ministério da Cultura (MinC) aposta na cooperação internacional como importante ferramenta para fomento à cultura brasileira. Nessa terça-feira (18), o ministro Marcelo Calero participou de encontros com os ministros da Cultura da Colômbia, Mariana Garcés Córdoba, e da Argentina, Pablo Avelluto. Na pauta, programas como o Vale-Cultura, Bibliotecas do Amanhã e a realização da terceira edição do Mercado de Indústrias Culturais do Sul (Micsul), marcada para 2018, no Brasil.

A primeira reunião bilateral do dia foi no Ministério da Cultura da Colômbia, com a ministra Mariana Garcés Cordoba. Acompanhado do secretário da Economia da Cultura, Cláudio Lins de Vasconcelos, e do diretor do Departamento de Promoção Internacional do MinC, Adam Muniz, o ministro Marcelo Calero tratou de diversos temas em que os dois países podem cooperar na área da cultura.

O primeiro assunto tratado foi a realização da próxima edição do Micsul. Marcelo Calero pediu à ministra apoio para a promoção do evento. Mariana Córdoba se colocou à disposição, mas brincou dizendo que o Brasil não terá necessidade de auxílio. “Vocês acabaram de realizar dois eventos maravilhosos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Tenho certeza que o Micsul 2018 irá superar os eventos realizados tanto pela Argentina como pela Colômbia”, afirmou.

Outro projeto discutido foi o Bibliotecas do Amanhã, lançado por Calero quando secretario municipal de Cultura do Rio de Janeiro e que será ampliado para todo o País. Segundo Calero, o Brasil tem interesse na participação colombiana na criação de bibliotecas nas cidades de fronteira entre os dois países. O piloto do projeto, no âmbito do MinC, será realizado nas cidades de Tabatinga (Brasil) e Letícia (Colômbia).

“Esta proposta é música para o meu ouvido”, afirmou Mariana. Segundo ela, as bibliotecas são tema prioritário e respondem por 37% do orçamento do Ministério da Cultura colombiano. “Uma parceria com o Brasil nessa área nos interessa muito”, afirmou.

Pelo lado colombiano, informou a ministra, há interesse em conhecer melhor o programa Vale-Cultura e a ferramenta de mecenato da Lei Rouanet. “O Brasil é o primeiro país sul-americano a fomentar o consumo de cultura. Queremos implementar algo semelhante na Colômbia, inicialmente em pequena escala”, informou. “E também temos interesse em conhecer a fundo o uso do mecenato no Brasil, porque incentivar o consumo cultural é muito importante”, completou.

Marcelo Calero explicou à ministra colombiana que a Lei Rouanet, atualmente, passa por uma revisão com objetivo de aprimorar e combater desequilíbrios existentes na legislação. “Além disso, queremos ampliar a atuação da lei para outras áreas, como tevê a cabo”, informou Calero.

Economia da cultura

O ministro Marcelo Calero se reuniu com o ministro da Cultura da Argentina, Pablo Avelluto, no estande do país vizinho no Micsul 2016 (Foto: Divulgação Apex / Felipe Portilla)

Na parte da tarde, Marcelo Calero se reuniu com o ministro da Cultura da Argentina, Pablo Avelluto, no estande do país vizinho no Micsul 2016. Avelluto se disse interessado em conhecer a fundo, a exemplo da Colômbia, o Vale-Cultura e a Lei Rouanet. Outro assunto em pauta foram os Pontos de Cultura. Inspirado no modelo brasileiro, a Argentina iniciou programa semelhante (Puntos de Cultura). “Para nós, é muito importante conhecer todos os pontos positivos e negativos da experiência brasileira”, afirmou.

Calero e Avelluto também trataram de um acordo bilateral que vem sendo discutido entre os dois ministérios, para integração de cadeias produtivas e indústrias culturais dos dois países. “A ideia é que ambos tenham presença forte no outro país”, destacou Avelluto. “Creio que podemos trabalhar conjuntamente com três focos: cooperações pontuais em determinados projetos, troca de experiências em temas de interesse de ambas as partes e também uma consulta permanente no dia a dia”, afirmou o ministro argentino.

Outros temas discutidos pelos ministros como área potencial de cooperação foram a formação de gestores públicos da área da cultura, a geração de indicadores culturais e ações conjuntas na região de fronteira. Marcelo Calero também demonstrou interesse em conhecer melhor a experiência argentina sobre financiamento às artes. “No Brasil, uma das estratégias que pretendemos utilizar com esse objetivo é a constituição de endowments (fundos patrimoniais)”, informou Calero.

Texto e fonte: Assessoria de Comunicação/Ministério da Cultura