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Durante o seminário, foram lançados 25 livros acessíveis (Foto: Rafael Azeredo/Casa Brasil)

A acessibilidade voltou à pauta da programação da Casa Brasil neste domingo (11), durante o seminário Livro e Leitura para todos: formas e sentidos de ler. O encontro marcou o lançamento de 25 livros acessíveis como parte do projeto Acessibilidade em Bibliotecas Públicas, do Ministério da Cultura (MinC), executado pela organização não governamental Mais Diferenças, selecionada por meio de edital lançado pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN).

O projeto prevê o envio de 300 títulos acessíveis a 10 bibliotecas públicas (duas em cada região do país), incluindo as recém-lançadas e 275 obras que já estavam disponíveis no mercado. “Quase 24% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. O número mostra que essa é a maior das minorias. É preciso criar uma cultura em que a acessibilidade seja vista como um valor”, destacou a secretária designada da Cidadania e da Diversidade Cultural do MinC, Renata Bittencourt.

Além do lançamento dos livros, o seminário também incluiu mesa redonda com especialistas e representantes do setor público sobre temas relacionados à produção de livros acessíveis e à disponibilização desse tipo de material em bibliotecas públicas, além de oficina sobre o tema. Os participantes compartilharam experiências e estratégias no campo da mediação da leitura para pessoas com diferentes tipos de deficiência.

A mesa de debate contou com a participação da coordenadora-geral da ONG Mais Diferenças, Carla Mauch. “Temos que unir forças para garantir a democratização do acesso ao livro e à leitura”, disse. Também esteve presente Cristiane Correia, do Instituto Nacional de Educação de Surdos, que falou sobre os resultados da pesquisa de doutorado defendida por ela sobre educação para surdos.

Charles Silva da Costa trabalha no Sistema Estadual de Bibliotecas do Estado do Amazonas, que será beneficiado com o envio dos novos livros. “Gostei muito do encontro, principalmente devido ao aprendizado sobre as melhores práticas em acessibilidade de bibliotecas”, destacou.

Texto e Fonte: Gustavo Henrique Braga/Assessoria de Comunicação/Casa Brasil