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Mais brasileiros leem e o número de livros lidos por ano também cresceu no País. De 2011 a 2015, houve um aumento de 50% para 56% no total da população de leitores. O número de livros lidos (terminados ou em partes) por ano passou de 4 para 4,96 livros, sendo 2,43 livros concluídos e 2,53 lidos em parte. Os dados são da 4ª edição da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Ibope por encomenda do Instituto Pró-Livro.
A pesquisa considerou como leitor aquele que declarou ter lido, inteiro ou em partes, ao menos um livro nos últimos três meses e como não leitor quem afirmou não ter lido nenhum livro nos últimos três meses, mesmo que tenha lido no último ano. A definição é a mesma desde 2007.
A Retratos da Leitura no Brasil é única pesquisa, em âmbito nacional, que tem por objetivo avaliar o comportamento leitor do brasileiro. Sua primeira edição foi em 2000, a segunda, em 2007 e a terceira, em 2011.  Foram entrevistados 5.012 brasileiros com mais de cinco anos de idade, alfabetizados ou não, durante o período de 23 de novembro a 14 de dezembro de 2015. O relatório é divulgado a cada quatro anos e segue os parâmetros do Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina (Cerlalc).
Para o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Volnei Canônica, pesquisas como essa são importantes para dar subsídios na formação de políticas públicas para o setor. Uma equipe do MinC irá fazer uma análise aprofundada sobre o estudo.
“A Retratos da Leitura no Brasil tem buscado seu aperfeiçoamento. Nesta edição, aumentou o número de livros lidos, o que significa que o esforço tanto do poder público quanto da sociedade civil se refletem nesses dados”, afirmou Canônica.  “A pesquisa mostra que a população tem a possibilidade de ter mais acesso aos bens culturais, o que possibilitou seu desenvolvimento como leitor”, completou.
O resultado da pesquisa foi divulgado no último dia 18, em São Paulo, e nesta terça-feira, 31, no Rio de Janeiro, com a participação do secretário–executivo do PNLL (Plano Nacional do Livro e Leitura), José Castilho Marques Neto.
O Instituto Pró-Livro iniciou suas atividades em 2007 e foi criado e mantido pelas entidades do livro – Abrelivros (Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares), CBL (Câmara Brasileira do Livro) e SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros).
Alguns números 
Cinquenta e seis por cento da população brasileira com 5 anos ou mais é considerada leitora de acordo com os critérios da pesquisa. Entre os leitores, as mulheres predominam: 59% são leitoras. Entre os homens, o índice é de 52%. Foi registrado um aumento de leitores na faixa etária entre 18 e 24 anos: de 53% em 2011 passou para 67% em 2015.
Com relação à aquisição de livros, 74% da população não comprou nenhum livro nos últimos três meses e 30% dos entrevistados afirmaram que nunca compraram um livro.
O gosto pela leitura foi apontado por 25% dos leitores como principal motivação para ler, seguida por atualização cultural ou atualização (19%), distração (15%), motivos religiosos (11%), crescimento pessoal (10%), exigência escolar (7%), atualização profissional ou exigência do trabalho (7%), entre outros.
Os adolescentes entre 11 e 13 anos são os que mais leem por gosto (42%), seguidos por crianças de 5 a 10 anos (40%).
Os fatores apontados que mais influenciam na escolha de um livro são tema ou assunto (30%), autor (12%), e, empatados com 11% da preferência: dicas de outras pessoas, título da obra e capa.
O lugar em que mais se lê é a casa (81%), depois foram apontados: sala de aula (25%), biblioteca (19%), trabalho (15%), transporte (11%), entre outros.
A principal razão dos não leitores para não ter lido nenhum livro inteiro ou em partes nos três meses anteriores à pesquisa foi a falta de tempo (32%), seguido por não gosta de ler (28%), não ter paciência para ler (13%), preferir outras atividades (10%) e ter dificuldades para ler (9%).
Quando o assunto foi “o que se gosta de fazer no tempo livre”, a leitura ficou em 10º lugar, perdendo para assistir televisão (73%), ouvir música (60%) e usar a internet (47%), além de outras opções.
A livraria física foi apontada como o local preferido dos entrevistados para comprar livros (44%), seguida por bancas de jornal e revista (19%), livrarias online (15%), igrejas e outros espaços religiosos (9%), sebos (8%), escola (7%), supermercados ou lojas de departamentos (7%), bienais ou feiras de livros (6%), na rua (5%), outros sites da internet (4%), em casa ou no local de trabalho, com vendedores “porta a porta” (3%), outros locais (6%) e não sabe/não respondeu (7%).  O local da compra é definido com base no preço para 42% dos entrevistados ante 49% da pesquisa anterior.
O livro mais lido foi a Bíblia, em qualquer nível de escolaridade. Entre as novidades desta edição está a inclusão do uso da internet e na leituras de livros em formato digital. Fora os livros religiosos, os setes autores mais lembrados foram Augusto Cury, Chico Xavier, Gabriel Garcia Márquez, Paulo Freire, Benny Hinn, Ernest W. Maglischo e Içami Tiba.
A média de livros lidos, inteiros ou em partes, pelos professores nos últimos três meses é 5,21. Já a média de livros lidos por vontade própria nos últimos três meses, inteiros ou em partes, para este público, é 3,12.
 Acesso Rápido: Confira aqui a apresentação completa da pesquisa
Texto e Fonte: Camila Campanerut /Assessoria de Comunicação /Ministério da Cultura