Você está aqui:

24.03.2016 – 18:11

Artistas brasileiros participarão da sétima edição da Bienal Internacional de Arte de Pequim, que ocorrerá de 24 de setembro e 15 de outubro de 2017. Esse foi um dos assuntos tratados na reunião realizada na tarde desta quinta-feira, dia 24, entre dirigentes do Ministério da Cultura e uma delegação do governo chinês. Outro assunto tratado foi a ida de uma comitiva chefiada pelo MinC à China ainda este ano. O encontrou dá prosseguimento à construção da cooperação sino-brasileira na área cultural. Os dois países já haviam celebrado um acordo em junho de 2015.

Os chineses solicitaram ajuda do MinC para selecionar artistas brasileiros para irem à bienal e também convidaram o Brasil a montar um espaço exclusivo no local. O vice-presidente do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) e da Associação pela Paz e Desarmamento do Povo Chinês(APDPC), Ma Biao, afirmou que o evento chinês se inspira na Bienal de São Paulo e tem buscado ampliar a diversidade internacional. Em sua primeira edição, em 2003, 45 países estiveram representados, número que saltou para 96 na última, em 2015.

Ma Biao afirmou que a cultura está no centro da estratégia de desenvolvimento da China, ressaltando que o 13º Plano Quinquenal, aprovado pelo país em 2015, divide as metas a serem alcançadas entre 2016 e 2020 em cinco pilares: econômico, político, social, ambiental e cultural. “O desenvolvimento cultural é um dos máximos critérios para medir o grau de desenvolvimento do país. O reconhecimento de culturas diferentes é um dos alicerces para a paz e o intercâmbio cultural é um dos símbolos do progresso de um povo”, disse.

Representando o MinC, os secretários de Política Culturais, Guilherme Varella, e de Articulação Institucional, Vinicius Wu, e os diretores de Relações Internacionais, Gustavo Pacheco, e de Direitos Intelectuais, Marcos Souza, reforçaram que a parceria com a China é estratégica para o Brasil e apresentaram um conjunto de áreas onde o país tem especial interesse.

Uma das prioridades brasileiras é acelerar o intercâmbio artístico em áreas como literatura, cinema e música. Quanto a economia e ambiente digitais, o MinC pretende estreitar o diálogo com os chineses sobre as negociações internacionais que dizem respeito à regulação da internet e à proteção dos direitos autorais. Também é de interesse do ministério avançar em parcerias internacionais para o desenvolvimento da indústria de Games e a preservação de acervos digitais. Todas essas pautas deverão nortear a agenda da comitiva brasileira que irá à China em meados deste ano.

Texto e Fonte: Vinicius Mansur/Assessoria de Comunicação/Ministério da Cultura