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Baseados na cooperação e com enorme potencial para geração de emprego, renda e inclusão social, os Arranjos Produtivos Locais (APL) são uma alternativa importante para o desenvolvimento econômico do País e para a superação das dificuldades. Com essa perspectiva, foi aberta na manhã desta quarta-feira (9) a 7ª Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais (CBAPL), que segue até esta quinta-feira (10), em Brasília. O evento é realizado pelo Grupo de Trabalho Permanente de Arranjos Produtivos Locais (GTPAPL), que conta com 35 instituições, entre elas o Ministério da Cultura (MinC).

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro, abriu a Conferência. Ele destacou que o evento tem a finalidade de discutir os avanços, oportunidades e desafios para os APLs, conjunto de empreendimentos localizados em um mesmo território, com atividades relacionadas, com apoio de entidades públicas e privadas. “Os APLs representam a diversidade, a complexidade e a grandeza do Brasil, com forte presença de micro, pequenas e médias empresas, em uma grande rede de inclusão social e produtiva”, afirmou o ministro.

O secretário de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Carlos Gadelha, reforçou o caráter cooperativista dos Arranjos Produtivos Locais, o que contribui para fortalecer os empreendedores participantes, dando acesso à inovação e ao mercado internacional. Gadelha elogiou a parceria de sua pasta com o MinC. “Os empreendimentos culturais se baseiam na criatividade e na inovação para superar crises, gerando renda e promovendo a cidadania”, declarou.

O secretário de Políticas Culturais do MinC, Guilherme Varella, também assinalou o papel da parceria do MinC com o MDIC e com as demais instituições do Grupo de Trabalho Permanente dos APLs. Ele observou que a cultura precisa ser vista em três dimensões: a simbólica, com os valores e linguagens do povo brasileiro; da cidadania, com o acesso efetivo aos direitos culturais; e a econômica aliada ao desenvolvimento.

Guilherme Varella afirmou que um grande ativo do Brasil está em sua diversidade cultural, muitas vezes negligenciada no passado. “Essa variedade de conhecimentos, de saberes e de identidades, tendo a cultura como elemento central, pode contribuir para um novo modelo econômico que privilegie o desenvolvimento local e regional e que nos permita sair do momento de crise”, ponderou o secretário.

Territórios culturais

Varella falou dos 31 territórios culturais apoiados pelo Ministério da Cultura presentes à Conferência, elogiando a diversidade que eles representam. Há APLs que envolvem desde povos tradicionais, passando pela moda, até o segmento de games. “Que neste grupo de trabalho possamos atuar de maneira cada vez mais sistêmica, cooperativa e estratégica para promover uma nova visão econômica”, concluiu.

Também participaram da abertura da 7 ª CBAPL o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), David Barioni, a presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Maria Lúcia Falcón, além de representantes de instituições como Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Integração Nacional, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil, Serviço Nacional da Indústria (Senai) e Banco do Nordeste.

Os interessados em participar da Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais ainda podem realizar a inscrição no local do evento até esta quinta. Mais informações no site http://culturadigital.br/territoriosculturais/

Marcelo Araújo

Secretaria de Políticas Culturas

Ministério da Cultura