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3.9.2015 – 14:44

O hip hop é uma das principais manifestações culturais das periferias (Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília)

Como os jovens das periferias podem atuar em rede para promover novos modelos de desenvolvimento local, nos quais a cultura é o principal ativo e a solidariedade, o princípio norteador para uma efetiva transformação social? Esse tema estará em debate neste sábado (5), a partir das 11h, no evento SPeriferiaLab Conceito, Criatividade e Desenvolvimento. Promovida pela Agência Popular Solano Trindade, a programação conta com a presença do Ministério da Cultura (MinC) e será realizado no Núcleo de Convivência de Idosos Campo Limpo (Rua Martinho Vaz de Barros, 538), no bairro do Capão Redondo, na cidade de São Paulo.

Na pauta, serão promovidos debates sobre o papel dos arranjos produtivos da periferia de São Paulo que trabalham com os valores da economia solidária na expansão e fortalecimento de redes de cooperação e na promoção do desenvolvimento local sustentável. Também se discutirão propostas para uma economia mais participativa e integrada aos saberes e fazeres das comunidades periféricas.

Para o coordenador-geral de Ações Empreendedoras da Secretaria de Políticas Culturais (SPC) do MinC, Gustavo Vidigal, que participará do evento, os arranjos produtivos locais são mecanismos importantes para fomentar a colaboração produtiva em torno das vocações de cada território. “A cooperação possibilita pensarmos em uma nova matriz econômica, sendo os Arranjos Produtivos Locais (APLs), com seu know-how, potentes instrumentos para coordenação dos ativos econômicos e sociais de cada comunidade”, observa.

Na opinião de Vidigal, além de gerar emprego e renda, a economia da cultura consiste em uma plataforma poderosa para atuação da juventude no mercado de trabalho, a partir de suas próprias éticas e dinâmicas produtivas. “Devemos deixar de observar as periferias urbanas e as juventudes desses espaços apenas como objeto de políticas públicas compensatórias e posicioná-las em seu real papel, como protagonistas de um novo modelo de desenvolvimento para o país”, ressalta o coordenador.

Texto: Marcelo Araújo
Fonte: Secretaria de Políticas Culturais/Ministério da Cultura