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27.08.2015 – 19:17

O workshop “Internacionalização e Economia da Cultura” prossegue até esta sexta-feira, dia 28, com representantes do Ministério da Cultura. Organizado pela Secretaria de Políticas Culturais (SPC), o evento teve, na manhã de quinta (27), exposições do professor Leandro Valiati e da pesquisadora Natalia Rava, ambos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O encontro tem como base os dois eixos da cooperação entre o Ministério e a UFRGS. O primeiro deles, discutido nesta quinta, é o que desenvolve cooperações bilaterais técnicas em economia da cultura com países estratégicos. O segundo, a ser discutido na sexta, é sobre a avaliação de impacto da presença de empreendedores brasileiros em feiras e eventos de negócios da cultura.

Ao abrir o workshop, o secretário de Políticas Culturais, Guilherme Varella, destacou que cada vez fica mais clara a estratégia do MinC para internacionalização da cultura brasileira, com a condução em conjunto com a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) do órgão. “Precisamos compreender, do ponto de vista geopolítico, como a economia da cultura se posiciona no cenário internacional. Desta forma, poderemos definir linhas de ação mais específicas”, afirmou o secretário. “É fundamental identificarmos nesse cenário países atuantes, cadeias produtivas, tendências, possíveis instituições parceiras e áreas de interface, como os direitos humanos e o meio ambiente”, ressaltou.

A diretora de Empreendedorismo, Gestão e Inovação da SPC, Georgia Nicolau, elogiou o papel da cooperação entre o MinC e a UFRGS. “Desenvolvemos uma parceria ampla, que envolve a constituição de massa crítica, em um segmento globalizado, que precisamos compreender melhor do ponto de vista econômico”, observou.

Valiati afirmou que as chamadas indústrias criativas sinalizam para uma nova ordem, por meio de inovações revolucionárias em setores como design, arquitetura e games. “O mundo passa por uma mudança no modo de produção, com a preponderância da criatividade sobre os bens manufaturados, e a cultura exerce um peso significativo nessa realidade”, disse.

Na opinião do professor, a cultura também pode ser um agente essencial para o Brasil. “Dispomos de um patrimônio simbólico riquíssimo – os nossos valores culturais – capaz de contribuir não apenas para a geração de renda, mas para a promoção do desenvolvimento do país. Um dos pontos necessários para se chegar a isso é articular estes bens com os sistemas de produção”, enfatizou.

Na manhã desta sexta, o workshop continua com palestras dos professores André Moreira Cunha e Marcos Caputi Lélis. Eles irão tratar da nova geopolítica dos fluxos internacionais financeiros e comerciais na lógica das indústrias criativas, formas de avaliação do impacto da presença de empreendedores culturais em iniciativas de internacionalização, programas brasileiros de internacionalização e instrumentos de avaliação para ações de inserção e promoção comercial internacional.

Texto: Marcelo Araújo/SPC
Ministério da Cultura