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O Ministério da Cultura promoveu na quinta-feira passada, dia 14, um encontro para capacitar e estimular comunidades da Região Centro-Oeste a aproveitar plenamente os recursos oferecidos nas Praças CEUs. O segundo “Ciclo de Ativação dos CEUs” foi realizado na cidade de Anápolis, em Goiás, e contou com cerca de 60 participantes entre gestores, representantes de prefeituras, líderes comunitários e gestores de doze Praças CEUs da região, que têm atribuição de atender as comunidades locais.

Encontro realizado em Anápolis reúne gestores, representantes de prefeituras, líderes comunitários e gestores de doze Praças CEUs (Foto: Divulgação)

O encontro foi organizado pela equipe da Diretoria de Programas Especiais de Infraestrutura Cultural do MinC em parceria com os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), do Trabalho e Emprego (MTE), da Justiça (MJ), do Esporte (ME) e também da Secretaria Nacional da Juventude da Presidência (SNJ) para levar informações sobre programas sociais que poderão ser desenvolvidos na estrutura dessas praças.
O diretor de Programas Especiais de Infraestrutura Cultural da Secretaria Executiva (MinC), Germano Andrade Ladeira, que esteve presente no encontro, disse que o mais importante foi a retomada deste programa por parte de todos os ministérios. “Esta foi uma grande ação conjunta do governo em um espaço de vulnerabilidade”, disse ele.
As praças Ceus integram num mesmo espaço programas e ações culturais, práticas esportivas e de lazer, formação e qualificação para o mercado de trabalho, serviços socioassistenciais. Normalmente estão localizadas em regiões de vulnerabilidade social, ou seja, regiões com poucos recursos, expostas à exclusão social e à violência.
Para Isadora Tami Lemos Tsukumo, coordenadora de Mobilização Social e Gestão da Diretoria de Programas Especiais de Infraestrutura Cultural do MinC, que também participou do encontro, o estímulo à participação por parte da comunidade local na gestão é um dos aspectos chave para estas praças, já que ela é compartilhada entre o governo municipal, a sociedade civil organizada e a comunidade local. Segundo ela, embora a infraestrutura receba mais recursos que a mobilização, os CEUS só cumprem sua função com a participação cidadã. “A participação da sociedade é fundamental”, assegurou. A importância dessa participação está na própria concepção das Praças CEUs, onde se estabelece que a gestão do espaço é tripartite: sociedade civil organizada, comunidade local e governo municipal.
Na reunião, falou-se da importância do fortalecimento do trabalho em rede deste programa e de encontros desse tipo como forma de intercambiar experiências e foram tiradas dúvidas sobre como formular planos gestores, elaborar a programação das praças e a gestão de recursos humanos. A violência foi um dos temas debatidos no encontro. Foi apresentado o exemplo da Praça CEU de Erechim, no Rio Grande do Sul, e o problema de jovens envolvidos com o tráfico e uso de drogas que frequentavam o local. Para amenizar o problema dos conflitos com estes jovens, a gestão tripartite decidiu incorporar um velho morador da região e utilizá-lo como mediador.
O evento foi aberto pelo prefeito de Anápolis, João Batista Gomes Pinto. Do MinC também estiveram presentes representantes das secretarias de Educação e Formação Artística e Cultural (Sefac), a Secretaria do Audiovisual (SAV), a Secretaria de Articulação Institucional (SAI), e o gabinete do ministro para apresentar propostas em suas diferentes áreas e conhecer de perto as principais dificuldades de cada praça.
O 2º ciclo de Ativações dos CEUs vai ocorrer em outras regiões do Brasil. A Bahia e Paraíba são as próximas a acolher essas reuniões. Atualmente existem no país 60 CEUs em funcionamento e há mais de 42 com previsão de inauguração. Até o final de 2015, prevê-se que 150 unidades estejam em funcionamento.
A importância da gestão dos CEUs
Desde 2011, o MinC vem realizando, em conjunto  com os ministérios parceiros, seminários para familiarizar os gestores das Praças CEUs com os temas abordados nas oficinas de mobilização social, auxiliar nos processo de prestação de contas do grupo gestor tripartite (composto por governo municipal, sociedade civil organizada e comunidade local). Uma das metas destes encontros é estimular os gestores na criação de uma rede para intercambiar experiências e debater as dificuldades encontradas na administração e no uso de equipamentos.
Estes encontros têm também a função de capacitar os gestores locais para aprimorar sua capacidade de administração e criação de programas dentro das praças CEUs. Dos encontros participam praças já em funcionamento e praças que estão em vias de abertura.
Texto: Sandra Beltrán
Fonte: Assessoria de Comunicação/Ministério da Cultura