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27.03.2015

O Grupo Hospitalar Conceição (GHC), de Porto Alegre (RS), vai comprar alimentos produzidos pelas comunidades quilombolas do Rio Grande do Sul por meio da modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O grupo será a primeira instituição do país a comprar os produtos certificados com o Selo Quilombos do Brasil.

Para priorizar a aquisição dos alimentos, será lançada pela primeira vez no país uma chamada pública voltada especificamente para a compra de produtos da agricultura familiar quilombola. Entre os alimentos estão arroz, feijão preto, abóbora, alho e batata doce, produzidos por 68 famílias quilombolas em 23 comunidades no Rio Grande do Sul.

“A iniciativa, além de garantir uma produção sustentável com alimentos frescos e de qualidade, gera renda para as famílias da comunidade e fortalece a economia local”, destaca o coordenador de Aquisições e Distribuição de Alimentos do MDS, Gustavo Assis.

O assunto será discutido até esta quinta-feira (26), em Porto Alegre, no ciclo de debates “Saúde da Terra ao Prato” e no seminário “Compras Institucionais da Agricultura Familiar”, promovidos pelo Grupo Hospitalar Conceição. Representantes do MDS participarão dos eventos.

O GHC foi a primeira instituição de saúde do Brasil a aderir ao PAA, por meio da modalidade Compra Institucional. Criado em 2012, o modelo abriu uma nova possibilidade de comercialização para as famílias de agricultores familiares de todo o país ao permitir que municípios, estados e órgãos federais comprassem seus produtos de forma simplificada, por meio de chamadas públicas, e sem necessidade de licitação.

Selo – o Selo Quilombos do Brasil, criado no âmbito do Programa Brasil Quilombola (PBQ) é coordenado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Ele reúne ações do Governo Federal direcionadas às comunidades remanescentes de quilombos certificadas pela Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC). O certificado também visa atribuir identidade cultural aos produtos de procedência quilombola, a partir do resgate histórico dos modos de produção e da relação das comunidades com determinada atividade produtiva.

Fonte: com informações do  Ministério do Desenvolvimento Social