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Inaugurado no último dia 28, o Observatório da Economia Criativa do estado do Rio de Janeiro vem desenvolvendo projetos desde janeiro. Ao todo, são oito trabalhos de pesquisa, divididos em três eixos: economia dos processos e práticas culturais; direitos culturais e políticos; e territorialidade, arranjos expressivos e práticas sociais.

Fruto de uma parceria entre o Ministério da Cultura e a Universidade Federal Fluminense (UFF), o Observatório já está recebendo investimentos de R$ 600 mil para aquisição de equipamentos, livros e financiamento de pesquisas. O secretário da Economia Criativa do MinC, Marcos André Carvalho, destacou, durante a cerimônia de inauguração, as “múltiplas possibilidades” do Observatório como centro especializado na produção de dados, informações e pesquisas sobre economia criativa no estado. Também participaram da abertura do novo espaço o vice-reitor da UFF, Sidney Mello, e o diretor do Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS), Leonardo Guelman. O IACS é unidade acadêmica que abriga o Observatório.  

O Observatório é parte da Rede de Observatórios da Economia Criativa, cujo trabalho será coordenado pela Secretaria da Economia Criativa do ministério. A rede conta com seis Observatórios para estimular a produção e difusão de informações estratégicas e conhecimento crítico sobre a economia da cultura no Brasil, bem como fomentar estudos sobre o impacto do setor na dinâmica cultural, social e econômica do país e dos estados. O projeto também prevê o desenvolvimento de uma rede de pesquisadores, especialistas, agentes governamentais e representantes das indústrias criativas.

Ao apresentar o trabalho do Observatório no Rio de Janeiro, o coordenador do centro, professor Mário Pragmácio Telles, discorreu sobre as pesquisas em andamento. São investigações que debatem diversos segmentos culturais, como uma pesquisa que faz o mapeamento dos festivais audiovisuais do estado e outra que estuda gastronomia e práticas culturais em Barra de Guaratiba (RJ).

Há pesquisas em andamento sobre turismo cultural e sustentabilidade de manifestações culturais tradicionais. O carnaval é objeto de análise na pesquisa “A economia da festa no estado do Rio de Janeiro: um estudo dos blocos de carnaval de rua”. Questões da cidade também emergem no rol das investigações, como o projeto “Criatividade em apoio à qualificação urbana? O Porto Maravilha e a ênfase Cultural dos novos projetos urbanos”. Cada projeto conta com um pesquisador docente e outros pesquisadores alunos de pós-graduação e de graduação.

Segundo o coordenador do projeto, o Observatório “abre uma frente de diálogo com várias ações de pesquisa e de extensão universitária e com vários cursos de graduação e pós-graduação, a exemplo do bacharelado em Produção Cultural e o mestrado em Cultura e Territorialidades”.

Além do Rio de Janeiro, estão previstas inaugurações de mais dois Observatórios da Economia Criativa: Rio Grande do Sul, em julho; e Bahia, em agosto. A Rede de Observatórios da Economia Criativa já conta com unidades no Amazonas (vinculado à Universidade Federal do Amazonas/UFAM), Goiás (vinculado à Universidade Federal de Goiás/UFG) e no Distrito Federal (vinculado à Universidade de Brasília/UnB).

Texto e imagem: Pedro Vilela – Ascom / SEC

Edição: Ascom / MinC