Você está aqui:

Uma bela amostra da moda praticada nos 10 países presentes participantes do MICSUL encerrou o segundo dia do evento. Em muitos estilistas, um diálogo com a cultura tradicional de seus países, em outros uma estética mais corrente do setor, mostrando a amplitude dos artistas sul-americanos.

A moda brasileira abriu a noite de desfiles e esteve representada por Helena Pontes (Foto à esquerda), Mapoula e Marcia Ganem (foto no fim da matéria). O desfile começou com modelos desfilando pelos corredores da plateia com ponchos e máscaras tradicionais da Argentina, fundindo a moda com o artesanato tradicional do país.

Andréia Salvan e Caroline Pagnan, mãe e filha, são sócias na Mapoula, empresa de acessórios de moda, criada há dois anos e que vem se expandindo com muita força. Para Andréia, participar do MICSUL “marca a presença da empresa no mercado estrangeiro”. Caroline destaca as influências da coleção trazida ao MICSUL (foto à direita): “Apresentamos uma coleção que trouxe inspirações na cultura brasileira. Pegamos referências em elementos da Amazônia e do Nordeste brasileiro, nas cores, texturas e formas, tanto da geografia, como das plumagens das aves, em nossa flora”

Capoeira presente

Por algumas vezes, os intervalos entre os desfiles contaram com apresentações do Combinado Argentino de Dança que participou da abertura do evento (clique para ler). Nossa capoeira teve seu espaço garantido nas coreografias que tiveram referências a danças típicas de cada um dos países participantes.

Rodada de Negócios

Nas rodadas de negócio, no estande do Brasil e em seminários e cafés temáticos, segue o intercâmbio entre empreendedores e artistas.

As camisetas de Caio Panphilo (foto no fim da matéria) tem feito enorme sucesso no estande do Brasil. “Não vim na esperança de vender, mas já vendi muitas”. Há um ano está no ramo, em parceria com um chileno, Elias Villarroel. Cada um trabalha em seu país. A criação é feita em conversas pela internet. Caio é produtor cultural e Elias é Designer e Ilustrador. As camisetas são vendidas pela pelo site www.souantares.tanlup.com.br. Caio veio com apoio do MinC. “Fiz boas rodadas de negócio e diálogos muito importantes nos cafés setoriais. Aprendi muito e vou levar tudo na bagagem”.

Francisco de Paula Barretto, o Kiko (foto à esquerda), é nascido em Recife e mora há 4 anos em Brasília. Veio representando o LATE – laboratório de arte e tecnologia, um coletivo de artistas e cientistas que define como “para-acadêmico”. Recebeu apoio do Ministério da Cultura para vir ao MICSUL. Segundo, ele mesmo nos explicou, o LATE se baseia em dois princípios: “um é a formação (a transferência de conhecimento) e o outro, o desenvolvimento de projetos”. São responsáveis, entre outras coisas, por projeções em fachadas de prédios, mesas interativas, etc…

Kiko fará, ao todo, cerca de 50 contatos oferecendo seus seus produtos e seus serviços durante o MICSUL. Comemora os contatos já feitos. “Vi sinais muito claros de que parcerias vão se formar. Já se articula uma rede dos coletivos e produtores de jogos dos empreendedores que estão aqui. Participamos de uma painel Brasil-Argentina para produtores de jogos. Foi muito bom. Conseguimos mostrar nosso conceito expandido de jogos, mais próximo da educação. Temos três pilares básicos: artes, ciências e educação.”

Dalga Larrondo, artista e produtor, veio oferecer as atrações da Cia Tugudum de teatro, da cidade de Campinas, São Paulo. “Já conversei com aproximadamente 21 pessoas nos dois primeiros dias de rodada de negociações. Nosso trabalho tem a ver com essa mescla de linguagem de palco, como teatro, música, dança. Conversei com gente de todas essas áreas”. Dalga vê a colheita dos frutos do evento para médio prazo. “Daqui uns dois ou até seis meses, vamos sentir os impactos desse evento”. Dalga improvisou uma performance no estande brasileiro e divertiu a todos que passavam por ali (foto à direita).

Marcela Levi (RJ), coreógrafa e performer, veio com apoio do MinC com a delegação brasileira de dança para apresentar portifólio (www.marcelalevi.com). No Rio de Janeiro tem uma associação chamada Improvável Produções em parceria com a coreógrafa argentina Lucía Russo. “Tem sido bem legal participar [do MICSUL]. Já tenho um certo mercado na América do Sul. Tenho feito primeiros contatos com muita gente não só da dança, mas das artes visuais, teatros museus”.

Texto: Thiago Esperandio/ Ascom MinC

Fotos: Thiago Esperandio e Romina Santarelli (desfile) / Ministério da Cultura da Argentina

Leia também: MICSUL – 1o Mercado das Indústrias Culturais da América do Sul: Evento celebra a integração Latinoamericana

“Fiz boas rodadas de negócio e diálogos muito importantes nos cafés setoriais. Aprendi muito e vou levar tudo na bagagem”. Caio Panphilo (foto)

 

 

 

 

 

 

 

Coleção de Marcia Ganem. Moda deu o tom no encerramento do segundo dia do MICSUL