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No Forte do Barbalho, em Salvador, a Incubadora Bahia Criativa foi inaugurada nesta quarta-feira pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, e pelo governador Jaques Wagner. “Há muita sinergia com a cultura na escolha deste espaço. É um patrimônio que tem uma história de séculos e está, hoje, totalmente relacionado à criatividade na Bahia”, disse Marta.

O local foi o principal centro de tortura de presos políticos do estado no regime militar (1964-1985) e desde 2007 abriga o maior acervo privado de figurinos, objetos e indumentárias para direção de arte, além de ser uma das mais cotadas locações para produções audiovisuais.

“Nada mais apropriado para enterrar definitivamente o obscurantismo deste Forte do que esse espaço que irá estimular a criatividade. Cultura tem a ver com liberdade e nós, que estamos na Terra Mãe do Brasil, temos um grande potencial criativo”, reiterou o governador Jaques Wagner.

A cerimônia contou a com a presença do secretário da Economia Criativa Marcos André Carvalho, do secretário estadual de Cultura Albino Rubim e de cerca de 200 pessoas, dentre elas designers, artistas, artesãos, produtores culturais e parceiros da Rede Incubadoras Brasil Criativo, da qual a Bahia faz parte.

“O ambiente da Incubadora permite um rico intercâmbio intersetorial, que é muito moderno e atual, e  vai gerar uma série de novos empreendimentos inovadores, consolidando uma economia da cultura da Bahia“, esclarece Marcos André Carvalho. 

Incubadoras

As Incubadoras são centros de inovação, empreendedorismo, formação, fomento e promoção. São espaços de convívio e interação multissetorial entre empreendedores criativos e multi-institucional que reúne governos, bancos, universidades, sistema S e sociedade civil, promovendo o compartilhamento de experiências e fortalecimento de redes e coletivos.

A Rede Incubadoras Brasil Criativo estará presente em 13 estados: Acre, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

O programa conta com investimento de R$ 40 milhões e tem como princípios norteadores a diversidade cultural e inclusão social.

Sustentabilidade

Para a ministra, a recuperação do Forte, que passa a se chamar ‘Forte Serviços Criativos’, segue a lógica do uso e sustentabilidade. “Com estrutura renovada, a partir da Incubadora, e os parceiros que farão tudo para dar certo, vamos ter o desenvolvimento de muitos novos negócios”, afirmou.

São parceiros do programa, dentre outras instituições, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Ministério do Trabalho, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério da Educação, Ministério do Turismo, as secretarias estaduais e municipais de Cultura, secretarias de Desenvolvimento Econômico, Sebrae, Senac, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e universidades.

A Incubadora Bahia Criativa conta com investimentos de R$ 1,2 milhão do Ministério da Cultura (MinC) e de R$ 300 mil da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA). Segmentos como música, audiovisual, entretenimento, moda, design, serviços criativos e artes performáticas, no estado baiano, apresentam potencial de crescimento como geradores de emprego e renda na cadeia produtiva da cultura. As ações devem atingir cerca de dez mil pessoas nos 27 territórios de identidade do estado no período de um ano.

Construído no século 17, o Forte de Nossa Senhora do Monte do Carmo, mais conhecido como Forte do Barbalho, é a maior fortificação erguida na Bahia. Tombado desde 1957 pelo MinC como Patrimônio do Brasil, via Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o forte é de propriedade da União e foi cedido ao Estado.    

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Texto: Janaina Rocha
Foto de capa: Elisabete Alves
Foto interna: Tacila Mendes
Edição: Ascom / MinC