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Logo após a entrevista coletiva em que tratou de temas ligados à feira de Frankfurt (clique para ler), Renato Lessa, presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), que representa a ministra Marta Suplicy na Flip 2013, debateu a construção de políticas públicas no Brasil. Estiveram com ele, José Castilho, secretário-executivo do Programa Livro e Leitura e Bernardete Passos, integrante do Ponto de Cultura Casa Azul, que ajuda na organização da Flip.

Lessa anunciou uma reestruturação, em esfera nacional, na política de livros e leituras, até recentemente sob a gestão da Fundação. Para o atual presidente da FBN, a instituição não tem vocação para gerir políticas como esta. Lessa elogiou a iniciativa da atual ministra: “A ministra Marta Suplicy iniciou um redesenho para que esta política volte ao âmbito devido. A ideia é trazê-la para a esfera do MinC para que haja capacidade de implementação, regulação maior.”

Esta iniciativa também recebeu o elogio de Bernardete: “que ótimo que a ministra Marta Suplicy está recolocando as políticas de livro e leitura novamente no caminho.”, afirmou a integrante do Ponto de Cultura Casa Azul.

Sobre a estrutura administrativa necessária para a gestão da política, Lessa estabeleceu uma das metas de sua gestão, recentemente iniciada: “Ainda em 2013, esperamos ter uma política de livros e leituras e o sistema nacional de bibliotecas abrigado devidamente.”

O presidente adiantou que pretende fazer um seminário internacional ainda este ano discutindo qual a função da biblioteca pública no século XXI. “As fronteiras do que é biblioteca pública estão se movendo. Ela não pode viver dentro de seus muros, seus acervos devem ser utilizados ampla e democraticamente”. Segundo ele, países como a Alemanha já demonstraram interesse em fazer debates deste tipo.

Já Castilho, iniciou sua fala exaltando o empenho dos militantes (bibliotecários, educadores, contadores de histórias e outros) que lutam pelo aumento da leitura no Brasil. Em seguida, afirmou: “Nossa missão, enquanto governo, é fazer todo o esforço para construir uma política de Estado que tenha que ser respeitada por quem quer que vença as eleições.”

O secretário-executivo do programa Livro e leitura afirmou que “Ler é um direito. Enquanto governo, temos que dar este direito, este papel de cidadania a todos o brasileiros.”

José Castilho também defendeu o empenho na aplicação do Plano Nacional de Leitura: “Temos uma política e ela foi escrita a mil mãos.”. O Plano também foi tema da fala de Bernardete: “O Plano Nacional de Leitura está muito bem escrito, muito claro, precisa ser apropriado por todos. Todo estado e município precisa aderir.”

FLIP 2013

O grande homenageado da Flip 2013 é o escritor alagoano Graciliano Ramos (1892-1953). Romancista, jornalista e político, o autor de Vidas Secas, São Bernardo, Memórias do Cárcere e outras obras de forte conteúdo social é tema de três eventos na Festa Literária Internacional de Paraty. Na programação da Feira, atrações para adultos e crianças.

Paraty

A cidade preserva um grande acervo arquitetônico do período colonial brasileiro além de ter forte estímulo turístico por ser litorânea. Ganha durante a Flip um incremento para o turismo muito grande no inverno, baixa temporada. A Flip traz centenas de milhares de pessoas a Paraty todos os anos e fomenta seu aspecto cultural que vai além da arquitetura, passando também pela culinária, pela música regional, artesanato e pela noite musical.

(Ascom/MinC)
(Texto: Thiago Esperandio)