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24.7.2017 – 12:45

Foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (24) a lista de inscrições habilitadas e inabilitadas no Prêmio Ferreira Gullar (Edital de Divulgação nº 01 de 10 de abril de 2017). O prazo para recorrer, no caso de quem teve a inscrição inabilitada, é de dois dias.premio-ferreira-gullar-interna

O Prêmio destinará R$ 30 mil a estudantes de ensino fundamental e médio das redes pública e privada que desenvolverem jogos eletrônicos ou aplicativos que incentivem a leitura e, sobretudo, o conhecimento da obra do poeta Ferreira Gullar (1930-2016).

Foram consideradas habilitadas as inscrições que continham a documentação obrigatória completa, conforme o edital. Onze propostas foram habilitadas e 49, inabilitadas.

Pedidos de reconsideração poderão ser enviados à Comissão Técnica de Habilitação, por meio de formulário (anexo III) disponível nesta página.

Na próxima etapa, as propostas serão avaliadas. Além de troféu e diploma, haverá premiação em dinheiro. O primeiro lugar receberá R$ 10 mil, o segundo, R$ 7.142,86, e o terceiro, R$ 4.285,72. Os valores acima são brutos e sofrerão desconto para pagamento de Imposto de Renda.

O Prêmio faz parte do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), uma das principais políticas desenvolvidas pelo Ministério da Cultura. Entre as diretrizes do PNLL estão a democratização do acesso à cultura e o fomento à leitura. Dentro dessa proposta, o edital tem o objetivo de estimular a leitura e, ao mesmo tempo, homenagear o escritor Ferreira Gullar, morto em dezembro de 2016.

O poeta

Nascido em São Luís, no Maranhão, Ferreira Gullar (pseudônimo de José de Ribamar Ferreira) foi poeta, crítico, ensaísta e líder do movimento literário conhecido como Neoconcretismo, surgido no Rio de Janeiro na década de 50. Os neoconcretistas acreditavam que a arte tinha sensibilidade, expressividade e subjetividade próprias e eram contrários às atitudes cientificistas e positivistas nas manifestações artísticas.

Gullar iniciou a poesia concreta com o livro A Luta Corporal, publicado em 1954. Em 1956, participou da primeira exposição de poesia concretista, que foi realizada em São Paulo, da qual Lígia Clark e Hélio Oiticica foram alguns dos destaques. Algum tempo depois, rompeu com os concretistas e passou a ligar-se ao pensamento progressista do período, passando a ter forte envolvimento político. Filiado ao Partido Comunista Brasileiro, Gullar chegou a ser preso e exilado durante o regime militar. Nesse período, publicou Poema Sujo (1975), quando estava no exílio em Bueno Aires. Voltou ao Brasil em 1977.

O poeta escreveu diversas peças teatrais, em parceria com outros dramaturgos, como Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, e Dias Gomes. Recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Ficção de 2007, com Resmungos. Em 2010, recebeu o Prêmio Camões e, quatro anos mais tarde, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. No ano passado, foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural (OMC) no grau máximo Grão Cruz. Oferecida pelo MinC, a OMC é a principal condecoração pública da área da cultura no Brasil.

Confira a lista de habilitados e inabilitados

Edital, formulário de recurso e outros anexos

 

Fonte: ASCOM MinC

Cristian Brayner (direita), diretor do DLLLB, representou o MinC em audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o desenvolvimento da leitura no Brasil (Foto: Acácio Pinheiro/Ascom MinC)

Na data em que se comemora o Dia Nacional do Livro Infantil, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados realizou audiência pública para debater o desenvolvimento da leitura no Brasil. O diretor do Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura (MinC), Cristian Brayner, representou a pasta no evento.

Brayner destacou que as políticas de incentivo à leitura são uma das prioridades da nova gestão e que há um esforço do ministro da Cultura, Roberto Freire, em repactuar parcerias com o Ministério da Educação (MEC) e com instituições ligadas à cadeia produtiva do livro para promover e ampliar a realização de feiras e festivais literários em todo o Brasil.

Uma das iniciativas de estímulo à prática literária citada pelo diretor foi o lançamento do Prêmio Literário Ferreira Gullar, que destinará R$ 30 mil a estudantes dos ensinos fundamental e médio das redes pública e privada de ensino que desenvolverem jogos eletrônicos ou aplicativos que incentivem a leitura e, sobretudo, o conhecimento da obra do poeta maranhense falecido em dezembro do ano passado. As inscrições para o edital estão abertas até 16 de maio.

Outra questão levantada pelo representante do MinC foi a necessidade de que políticas públicas para o setor de livro e leitura sejam aprovadas e efetivadas. Brayner também defendeu a importância do papel do bibliotecário como mediador e incentivador da leitura e da biblioteca como um local muito além de um “depósito de livros”.

“Como falar em fomento à leitura sem a presença do equipamento cultural que garante o acesso à leitura de forma gratuita? E também, dentro da perspectiva do usuário, precisamos ter bibliotecas ‘empoderadas’, que não sejam apenas um local para pegar livro emprestado, um depósito de livro. Temos que pensar em outra concepção, outra perspectiva de leitura”, argumentou Brayner.

Foi consenso entre os presentes que o país vive um “círculo vicioso” no qual a o baixo número de leitores impacta na queda da compra dos livros, o que, por sua vez, impossibilitaria as editoras a baixar mais os preços.

Da mesma forma, foi ressaltada a importância da leitura tornar-se hábito desde a infância e, nesse sentido, a escola e, principalmente, a família têm importância fundamental para criar um vínculo com a leitura e associá-la, além da aquisição de conhecimento e de atualização profissional, ao prazer e ao entretenimento.

Também compuseram a mesa de debate o coordenador-geral dos programas do Livro do MEC, Wilson Aparecido Troque, o presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Luís Antonio Torelli, a organizadora responsável pela pesquisa Retratos da Leitura no Brasil – 2016, do Instituto Pró-Livro, Zoara Failla, e a especialista em educação Claudia Sintoni, representante da Fundação Itaú Social. A audiência foi realizada a pedido da deputada federal Pollyana Gama (PPS-SP).

Texto e Fonte: Assessoria de Comunicação/Ministério da Cultura

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