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Museu Quixabeira de Arte e Cultura constrói estratégias de impacto para salvaguarda do Patrimônio Cultural de São Vicente (RN)

Rede Museu São Vicente

Ação de inventário realizada pelo projeto (Foto: Divulgação)

Da fé e alegria na Festa da Padroeira, musicalidade de orquestras e sabores das queijeiras e doceiras, aos importantes ofícios das rezadeiras e cachimbeiros, todas as riquezas culturais que fazem de São Vicente um importante centro da cultura norte-riograndense estão entre as ações de salvaguarda da Rede Museu Histórico de São Vicente, também conhecido como Museu Quixabeira de Arte e Cultura.

Oficina de Mamulengo para professores (Foto: Divulgação).Cada bairro e localidade de São Vicente encanta o olhar mais atento para a riqueza de suas expressões nas memórias, histórias, alegrias, brincadeiras, fé, sonhos e criatividades. Nesse contexto, o Museu da Quixabeira torna-se um espaço para reconhecimento e valorização dos moradores do município de São Vicente sobre a importância de sua própria história, cultura e arte, através de processos museológicos voltados às ações de salvaguarda, como pesquisa, documentação e exposições.

O museu também atua como centro dinâmico e criativo de atividades culturais diversas, englobando mostras, ensaios, cursos, oficinas e apresentações nas áreas culturais que contribuam para o fortalecimento da educação e cultura vicentina com promoção do seu Patrimônio Cultural de forma integral.

“Buscamos sempre dizer que nós fizemos muito com pouco, ou seja, com quase nada de recurso financeiro conseguimos fazer diversas mobilizações”, comenta a diretora do museu, Rafaela Cláudia dos Santos. “Firmamos parcerias e seguimos em frente tentando realizar nossos sonhos de ver a cultura florescer e se perpetuar em nosso município que é um berço de artistas e com vasto patrimônio material e imaterial”, conclui a diretora.

Um museu que serve para a vida

Ação de Educação Patrimonial em escola da zona rural (Foto: Divulgação). O conceito gerador da exposição, um museu que serve para a vida, serviu de guia para a escolha de temas que funcionassem como territórios. Em cada território, o discurso expográfico foi modulado, tanto na dimensão simbólica quanto na ocupação do espaço arquitetônico.

O museu guarda um acervo vivo, composto por pessoas, lugares, narrativas, calendários festivos e expressões culturais de um modo geral. Tem como locação os espaços representativos das atividades culturais, como a casa dos detentores dos bens culturais e dos atores culturais das comunidades, além dos lugares de trabalho, das festas, das celebrações e das expressões populares. Além disso, prédios históricos e paisagens naturais fazem parte desse quadro. O Museu Quixabeira é, assim, a possibilidade de encontrar um mapa para as expressões e lugares culturais de São Vicente, ilustrando uma rede de pessoas, locais e objetos de grande referência para as localidades envolvidas. As novas propostas de identificação, pesquisa, registro e exposição dos bens culturais procuram acompanhar as propostas de democratização da forma de comunicação, como exposições, roteiros e livros, abrindo espaço para o museu ser ponto de partida para conhecer as referências culturais que estão espalhadas por toda São Vicente.

Além das quatro paredes

“O Prêmio Rodrigo nos leva a uma categoria que mostra o fortalecimento da nossa rede e também nos mostra esperança de que quando se quer se pode realmente executar. Por meio do desenvolvimento da nossa ação também observamos que o casamento da sociedade civil organizada com o poder público é possível e é necessário.”
Rafaela Cláudia dos Santos, diretora do museu.

O edifício que abriga o museu foi entregue em 2018, sem projeto museológico ou equipamentos. No ano seguinte, em reunião com os agentes culturais comunitários foi apontada a necessidade de extrapolar ‘as quatro paredes’ do edifício, já que a riqueza cultural de São Vicente era seu maior acervo. Assim, a relação especial da comunidade com essas referências e o potencial turístico mereciam um grande projeto de educação patrimonial integrado ao museu.

Em parceria com o Museu Câmara Cascudo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, foram desenvolvidas oficinas formativas e práticas de pesquisa para o museu. A educação patrimonial tornou-se instrumento de trabalho para partilhar não somente os conteúdos do museu, mas as próprias estratégias de patrimonialização.

Ouça dona Elvira, cachimbeira de São Vicente:

Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade

A ação “Rede Museu Histórico de São Vicente (RN)” foi vencedora do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade 2020, na categoria “Patrimônio Imaterial”, segmento “Administração direta e indireta municipal”. Realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Prêmio Rodrigo tem como objetivo valorizar e promover ações que atuam na preservação dos bens culturais do Brasil. Este ano, foram escolhidos 12 projetos vencedores. Cada iniciativa recebe uma premiação de R$ 20 mil.

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