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Produções de Monteiro Lobato serão ponto de partida, a partir de exposição sobre o autor, que será aberta ao público em 18 de abril

O primeiro livro publicado pelo escritor Monteiro Lobato será disponibilizado digitalmente pela Fundação Biblioteca Nacional (Ilustração: Reprodução)

A Biblioteca Nacional (BN) terá três novas coleções Brasilianas em formato digital. O órgão, vinculado ao Ministério da Cidadania, está trabalhando para disponibilizar ao público obras de literatura infantil e juvenil, a partir das produções de Monteiro Lobato; obras musicais, a partir de partituras impressas; e obras cartográficas.

O anúncio foi feito pela presidente da instituição, Helena Severo, ao secretário especial da Cultura do Ministério da Cidadania, Henrique Medeiros Pires, em visita ao centro memorial, na última sexta-feira (15). A visita foi a primeira de uma série que o gestor pretende fazer ao centro memorial. “Temos um grande desafio em relação à preservação e valorização das instituições de memória no Brasil”, destacou.

No encontro, Henrique Pires conheceu, em detalhe, os projetos da instituição e anunciou que será criado o Prêmio Monteiro Lobato de estímulo à criação literária infanto-juvenil. Das futuras coleções, a de literatura infantil e juvenil tem a primeira ação traçada a partir da pesquisa para a abertura da exposição Monteiro Lobato: o homem, os livros, que será aberta ao público no dia 18 de abril, data de nascimento do escritor.

A mostra terá cerca de 50 itens entre livros originais e cartas trocadas entre o homenageado e o escritor Lima Barreto. “Monteiro Lobato era editor de Lima. Essa, aliás, é uma faceta que as pessoas não conhecem. Ele, por exemplo, fomentou o mercado do livro no Brasil, sobretudo, na distribuição, criando mais de 2 mil pontos de vendas”, conta Ana Merege, que divide a curadoria da mostra com Verônica Lessa.

Mágicos ilustradores

A exposição terá como ênfase a relação entre Monteiro Lobato e os ilustradores dos livros, a exemplo de Voltolino, Wiese, Villin, J. U. Campos, Belmonte, Nino, Rodolpho, Lamo, Le Blanc e Avgvstvs. O escritor escolhia diretamente cada um deles, já que era editor da própria obra. “Queremos abrir essas páginas e mostrar ao público como era a arte de cada um desses artistas”, adianta Merege.

Curadora de Divisão de Manuscritos, Ana Merege conta que a Brasiliana de literatura infantil e juvenil nasce dessa organização expositiva, quando vai digitalizar e disponibilizar digitalmente o primeiro livro publicado do escritor: A menina do narizinho arrebitado (1920), obra da Editora Revista do Brasil e ilustrada por Voltolino, pseudônimo do artista João Paulo Lemmo Lemmi, que colaborou com o jornal O Malho e outros periódicos.

As duas Brasilianas de música e de cartografia ainda não estão em fase de produção. As bibliotecas digitais Brasiliana Fotográfica e Brasiliana Iconográfica contam com 7 mil documentos e média de 500 mil acessos por mês.

Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial da Cultura
Ministério da Cidadania