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O mercado mundial de games vem apresentando crescimento expressivo. Pesquisa divulgada pela empresa Newzoo mostra que, em 2016, o mercado global faturou cerca de U$ 100 bilhões, um crescimento de 8,5% em relação a 2015. E a expectativa é que, em 2019, esse montante chegue a US$ 118,6 bilhões.

No Brasil, o mercado segue a tendência mundial. De acordo com dados da 18ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2017-2021, realizada pela PricewaterhouseCoopers, o gasto com games em 2016 chegou a US$ 644 milhões. Em 2021, a expectativa é que atinja US$ 1,4 bilhão, um crescimento médio de 17% ao ano.

Atento a este movimento, o Ministério da Cultura está investindo, este ano, mais de R$ 10,8 milhões em três editais de fomento à produção de jogos eletrônicos. Na próxima semana, serão divulgados os vencedores do edital App pra Cultura, que premiará, com R$ 20 mil, 40 aplicativos ou games originais voltados para o oferecimento de serviços culturais, sendo 20 voltados ao audiovisual e 20 com temática cultural livre. No total, serão R$ 800 mil em prêmios.

Neste mês de novembro, o Ministério publicou a lista de vencedores do Prêmio Literário Ferreira Gullar, que destinará R$ 30 mil a três estudantes dos ensinos fundamental e médio que desenvolverão jogos eletrônicos ou aplicativos que incentivem a leitura e o conhecimento da obra do poeta maranhense. E em maio, a Agência Nacional do Cinema (Ancine), vinculada ao MinC, revelou os 23 vencedores do primeiro edital de jogos eletrônicos do Programa Brasil de Todas as Telas, que investiu R$ 10 milhões na produção de novos games brasileiros.

Internacionalização

Este ano, dois games brasileiros entraram para a lista PAX-10, uma seleção dos melhores games independentes expostos todos os anos na Penny Arcade Expo (PAX). Celeste, do estúdio brasileiro MiniBoss, foi um dos escolhidos. Mas este ano também viu, pela primeira vez, a escolha de um game 100% brasileiro para a lista dos melhores: o No Heroes Here, um jogo em 2D que pode ser jogado por uma a quatro pessoas.

O No Heroes Here conta a história do Reino de Noobland, que perdeu seus heróis e conta com os jogadores para defender o castelo de inimigos. Mas, como o próprio nome do jogo sugere, não há heróis individuais no jogo: a única forma de ganhar é cooperando com os demais jogadores, para criar diferentes tipos de munição, armas e táticas de defesa.

A Penny Arcade Expo celebra a cultura gamer, com shows temáticos, painéis de discussão, torneios e áreas para que os amantes possam jogar as mais novas criações. Ao mesmo tempo, a PAX oferece uma plataforma única para desenvolvedores de games independentes, que podem mostrar ao público seus projetos mais recentes. Normalmente, esse rol é dominado por americanos e britânicos, mas os brasileiros têm começado a acabar com o monopólio.

O No Heroes Here entrou para a PAX-10 em setembro deste ano, levando ao mesmo tempo o Prêmio Indie do festival. Para ser selecionado, o jogo foi avaliado por mais de 50 gamers e especialistas do mercado. A jogabilidade e o fator “diversão” foram os principais critérios na avaliação.

Desenvolvido e produzido pela Mad Mimic, uma empresa independente, o No Heroes Here está disponível para o público desde o dia 3 de outubro em PC e Mac (via Steam). No primeiro trimestre de 2018, a empresa planeja lançar o jogo para PlayStation 4 e Nintendo Switch.

Fonte: ASCOM MinC, com informações do site Be Brasil, da Apex-Brasil