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18.8.2017 – 10:42

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias recebeu investimentos de R$ 4 milhões por meio do PAC Cidades Históricas (Foto: André Macieira)

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, uma das mais representativas de Ouro Preto (MG) e sede do Museu Aleijadinho, está de cara nova. Com recursos do PAC Cidades Históricas, a igreja passou por uma importante obra de restauração arquitetônica conduzida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC).

Foram investidos cerca de R$ 4 milhões na recuperação estrutural do edifício, que inclui ações como substituição de instalações elétricas e prevenção e combate a incêndio. Outra importante mudança foi a pintura nas cores originais da igreja, resgatadas por meio de prospecções cromáticas, iconografia histórica e no relato dos antigos moradores. Ainda está prevista uma segunda etapa de obras, para a restauração dos elementos artísticos integrados da igreja, tais como altares e forro.

A solenidade de entrega da primeira etapa será nesta sexta-feira (18), às 15h, e contará com a presença da presidente do Iphan, Kátia Bogéa, do diretor do PAC Cidades Históricas, Robson de Almeida, da superintendente do Iphan em Minas Gerais, Celia Corsino, do prefeito de Ouro Preto, Júlio Pimenta, do Arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, e de representantes da paróquia e do Museu Aleijadinho. A cerimônia terá ainda a apresentação do Coral Canto Crescente, projeto sociocultural de formação musical de crianças e adolescentes da cidade, e exibição do documentário Esperando Conceição, produzido pela jornalista Lidiane Andrade com a comunidade da paróquia, no âmbito do Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural do Iphan.

Preciosidade mineira

Uma das mais antigas igrejas de Minas Gerais e também uma das maiores em tamanho e suntuosidade, a Igreja Matriz de Antônio Dias foi tombada isoladamente pelo Iphan em 1939. Tem inquestionável relevância para a história da cidade de Ouro Preto e da arte e arquitetura religiosa no Brasil. Sua construção foi iniciada com um templo em 1705, depois ampliado em novo edifício em 1727, cujas obras duraram até a segunda metade do século XVIII e foram conduzidas pelos mestres Manuel Francisco Lisboa e Aleijadinho. Os dois estão enterrados nesta igreja, que veio também abrigar, anos mais tarde, o Museu Aleijadinho, responsável pela guarda de importantes obras do artista.

Além da restauração da Igreja Matriz e da restauração dos chafarizes do Centro Histórico, estão previstas outras 13 ações na cidade por meio do PAC Cidades Históricas.

Texto e Fonte: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)/Ministério da Cultura (MinC)