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15.8.2017 – 11:55
Belo Horizonte receberá, de 16 a 19 de agosto, o Seminário Internacional Desafios da Gestão do Patrimônio Cultural Moderno. Promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), instituição vinculada o Ministério da Cultura (MinC), o evento visa aprofundar as discussões relativas ao reconhecimento de bens patrimoniais da arquitetura e do urbanismo relacionados ao movimento moderno, em especial aos aspectos de proteção, conservação e gestão.

A escolha da capital mineira para sediar o evento não foi por acaso. Em 2016, o Conjunto Moderno da Pampulha tornou-se Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o que gerou o compromisso do Iphan junto ao Comitê de Patrimônio Mundial de se realizar, no

Em 2016, o Conjunto Moderno da Pampulha tornou-se Patrimônio Mundial pela Unesco, o que gerou o compromisso do Iphan de se realizar, no local, um seminário internacional referente à gestão do patrimônio cultural moderno (Foto: Acervo Iphan)

local, um seminário internacional referente às questões da gestão deste tipo de patrimônio. As atividades acontecerão no Auditório do Museu de Arte da Pampulha, com entrada franca mediante inscrições prévias realizadas no portal do Iphan. As inscrições são limitadas.

A programação será dividida em dois momentos relacionados às temáticas específicas dos bens brasileiros declarados Patrimônio Mundial e que são emblemáticos na representação da expressão brasileira ao movimento internacional: o Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), que celebra um ano de reconhecimento pela Unesco, e o Conjunto Urbanístico de Brasília (DF), que há 30 anos figura na Lista do Patrimônio Mundial. O evento faz parte das atividades de celebração dos 80 Anos do Iphan e das discussões relativas ao futuro da atuação da instituição. Em especial, destacam-se, também, os 70 anos de tombamento da Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, o primeiro bem moderno protegido no Brasil.

As apresentações das experiências internacionais de sítios reconhecidos pela Unesco como Patrimônio Mundial Moderno, especialmente os casos dos sítios urbanos da Cidade Branca de Tel Aviv (Israel), de Le Havre (França) e do Campus Central da Cidade Universitária Nacional Autônoma do México – UNAM (México), além dos bens nacionais, servirão de subsídios para avançar nas discussões mais abrangentes da gestão dos bens brasileiros modernistas que são acautelados pelo Iphan. Atualmente, são protegidos pela legislação Federal de Tombamento 46 bens representativos do movimento moderno em todo o território nacional, entre eles o Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, de propriedade do MinC, que figura na Lista Indicativa ao reconhecimento pela Unesco desde 1996.

O encontro visa impulsionar os debates e aprofundar a percepção sobre esse patrimônio cultural reconhecido, observando conjuntamente os aspectos de conservação, preservação e gestão, considerando, por outro lado, o potencial turístico desses bens. Nesse sentido, a aproximação com casos internacionais permite a obtenção de informações e troca de experiências quanto ao desafio da gestão do Patrimônio Cultural Moderno, promovendo ações de fortalecimento institucional por meio da ampliação da cooperação internacional junto aos países com casos similares de patrimônios culturais reconhecidos pela Unesco relacionados a bens modernistas.

Programação

Além dos debates, o Seminário Internacional Desafios da Gestão do Patrimônio Cultural Moderno conta com outras atividades. Nesta quarta-feira (16), a partir das 18h, será realizada uma projeção sobre os bens modernos tratados no evento, com fotos e textos explicativos sobre os exemplos dos países que participarão do seminário.

Também no primeiro dia de programação, haverá o lançamento do Emblema do Patrimônio Cultural Brasileiro e seu manual de aplicação, um novo marco para a promoção, difusão, sinalização e proteção do Patrimônio Cultural. Os bens reconhecidos em âmbito nacional terão uma identidade visual única e comum, a exemplo do que ocorre com o Patrimônio Mundial da Unesco, o Patrimônio Cultural do Mercosul e o Patrimônio Cultural Europeu. O emblema foi selecionado por concurso público, contando com mais de 280 propostas inscritas.

No sábado (19), último dia do evento, será aberta a exposição O Iphan em Minas Gerais, que ficará em cartaz até o final do ano na Superintendência do Iphan-MG, na Rua Januária, 130, Centro (BH). A mostra poderá ser visitada de segunda a sexta-feira, das 11h às 16h. As visitas deverão ser agendadas previamente pelo telefone (31) 3222-2440.

Texto e Fonte: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)/Ministério da Cultura