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Escolhida por negros, brancos e índios, entre os séculos XVII e XVIII, para a criação da República dos Palmares, no Quilombo dos Macacos – durante o período de lutas contra os holandeses e da economia canavieira – a Serra da Barriga está próxima da candidatura a Patrimônio Cultural do MERCOSUL. Produzido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o dossiê está em fase final de elaboração e deve ser entregue no início de março para avaliação da Comissão de Patrimônio do bloco econômico.  Quilombo na Serra da Barriga (AL)

Tombada pelo Iphan em 1986, a Serra da Barriga está localizada no município de União dos Palmares, no interior de Alagoas. Entre os critérios para que a candidatura seja aceita, o dossiê deve reconhecer e apresentar os valores que tornam o bem importante para o MERCOSUL, do ponto de vista da integração e contribuição cultural. “Tem um peso muito simbólico de um reconhecimento da contribuição dos povos negros na identidade e na construção da América do Sul, especificamente. Esse entendimento simbólico, reconhecer a importância para além disso como é importante se pactuar algumas ações para promoção e valorização desse bem”, afirma a arquiteta e urbanista do Departamento de Articulação e Fomento da Assessoria Internacional do Iphan, Candice Ballester, que coordena a elaboração do documento.

A candidatura faz parte da proposta La Geografía del Cimarronaje: Cumbes, Quilombos y Palenques del MERCOSUR, juntamente com Equador e Venezuela, que também apresentaram sítios de interesse para a valoração da contribuição africana no continente sul-americano. A produção do dossiê conta com a parceria Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Fundação Cultural Palmares, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além de instituições públicas e sociedade civil, e será avaliado no fim do segundo semestre de 2016, na próxima presidência pro tempore do MERCOSUL.

Antigo quilombo
O governador eleito e vitalício, Zumbi, e seu comando superior residiam na capital, a Cidade Real dos Macacos, atual União dos Palmares. A população total chegou a 30.000 pessoas, agrupadas em povoados. Em torno de cada um deles existia uma área de agricultura e pecuária, onde todos trabalhavam. Não podendo lutar contra o Exército e suas armas bélicas, os quilombolas palmarinos foram exterminados em 14 de maio de 1697. Ainda se conservam, nas proximidades da Serra, as últimas pedras das trincheiras onde se abrigaram durante a luta.

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