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Por Débora Cruz e
Emiliane Saraiva Neves

Entendendo que cumpre à Fundação Cultural Palmares desenvolver políticas públicas que promovam a mobilidade social do negro e negra brasileira, nesta terça-feira (10), o presidente da Fundação, Erivaldo Oliveira, reuniu-se com a gerente adjunta da Unidade de Atendimento Setorial Comércio e Serviços do SEBRAE, Sra. Ana Clévia Guerreiro Lima, para iniciar uma parceria entre as instituições.

Segundo Carolina Nascimento, diretora do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro que esteve presente na reunião, o objetivo da parceria é capacitar as comunidades remanescentes de quilombo para que possam promover sua sustentabilidade a partir do seu patrimônio cultural. Esclareceu que o esforço será no sentido de ajudar as comunidades a identificarem que o que é de raiz cultural pode ser utilizado como instrumento de desenvolvimento econômico. “Com esse tipo de ação a gente preserva a cultura, empodera e gera renda”, disse.

Será feita uma análise mais minuciosa das demandas a partir do perfil e vocação das comunidades que já foram certificadas pela Fundação Cultural Palmares. Contudo, hoje a instituição já identifica que os eixos de atuação prioritários são: turismo, artesanato, economia criativa, agronegócio e gastronomia.

A Fundação Palmares pretende atuar em 2017 mais ativamente no Maranhão, Bahia, Minas Gerais e Pernambuco, que são os estados com o maior número de comunidades quilombolas e serão o projeto piloto. Os demais estados serão contemplados no ano seguinte.

O SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) já desenvolve ações de formação em alguns estados, como em Alagoas e Goiás. Os dados levantados pela experiência do SEBRAE junto às comunidades remanescentes de quilombo serão compartilhados com a FCP para o desenvolvimento do projeto. Planeja-se lançar editais do SEBRAE com recorte voltado para as comunidades tradicionais e serão desenvolvidos projetos exclusivos diretamente nas comunidades.

A CONAQ (Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas) será uma parceira imprescindível pois, detém o panorama das comunidades e ajudará, juntamente com as lideranças locais e associações, levar as informações sobre os cursos e editais às comunidades que nem sempre têm acesso à Internet ou outros canais de comunicação.

Texto e Fonte: Fundação Cultural Palmares