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A cidade de Campinas (SP) recebeu, nessa quinta-feira (23), o Circuito Cultura Viva, projeto criado pela Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC/MinC) para mapear demandas de grupos, organizações e artistas de todo o Brasil e construir, de forma participativa, uma agenda em torno da diversidade cultural.
A secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do MinC, Ivana Bentes, realizou uma ampla agenda de mobilização e articulação em torno da recém-regulamentada lei Cultura Viva e de atividades voltadas à cultura digital. Ivana visitou entidades da área cultural e participou de debates com artistas, gestores e fazedores de cultura locais.
A primeira agenda do dia foi uma visita à Estação Cultura de Campinas, localizada na antiga estação ferroviária da cidade, inaugurada em 1872. Ivana Bentes conheceu o processo de gestão compartilhada entre o poder público local, coletivos e Pontos de Cultura em vigor no Laboratório de Produção Cultural da instituição.
“Essa experiência dialoga com nosso projeto de parceria com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para o lançamento de um edital de ocupação de prédios da malha ferroviária”, afirmou a secretária.
Ainda pela manhã, a secretária visitou o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI). Acompanhada da coordenadora da Estação Cultura de Campinas, Maria Cecília Pires de Campos, e de representantes do Ponto de Cultura Nina, Ivana Bentes conheceu uma série de metodologias de trabalho em redes que podem ser aplicadas em projetos da SCDC.
“Essas metodologias são fundamentais para que possa haver um salto na apropriação digital e tecnológica por parte de redes culturais e para a potencialização de ações interministeriais”, destacou Ivana Bentes.
No CTI, a secretária também participou de uma rodada de diálogos sobre o Consórcio Intermunicipal Culturando, que engloba, até o momento, seis cidades da região e cerca de 25 do estado de São Paulo. Trata-se de uma entidade pública que une prefeituras paulistas para pleitear recursos para a área da cultura por meio de projetos e acordos diretos com esferas governamentais e instituições culturais.
O debate também contou com a presença do vereador Gustavo Petta, responsável pelo projeto de lei que implantou a Lei Cultura Viva em Campinas, do secretário municipal de Cultura, Ney Carrasco, de diversos secretários de cultura da região e de representantes da Fundação Banco do Brasil.
Ivana Bentes visitou, ainda, a Casa de Cultura Fazenda Roseira, onde funciona um centro de referência de jongueiros e jongueiras da região Sudeste. É um casarão construído no final do século XIX, que se tornou um equipamento público em 2007 por conta do loteamento da área da antiga Fazenda. É ocupada pela Comunidade Jongo Dito Ribeiro, de Campinas, e por outros grupos, movimentos sociais e religiosos de matrizes africanas que já se organizavam em rede. O jongo, também conhecido por caxambu ou corimá, é uma dança brasileira de origem africana praticada ao som de tambores.
A atividade de encerramento do circuito foi a participação no encontro Pajelança Quilombólica Digital: Territórios Digitais Livres, realizado na Casa de Cultura Tainã. Ivana abordou a Lei Cultura Viva. “Esta nova legislação possibilitou a transformação do Cultura Viva em política de Estado, graças à união dos Pontos de Cultura do país”, destacou a secretária. “Nós partimos da cultura para pensar em saúde, educação e formação. Para isso, temos de trabalhar com uma experiência de cogestão com as políticas públicas”.
Fonte: Assessoria de Comunicação/Ministério da Cultura